ANAID
Tinha-se passado uma semana desde a primeira audição no tribunal e ainda continuávamos todos chocados com o comportamento egoísta de Alex. Comportara-se como um verdadeiro tirano.
No momento em que ele acabou seu interrogatório, o Juiz encerrou a sessão e foi embora. Alex apertou a mão do diretor do hospital e dos membros importantes que faziam parte deste e também foi embora e eu fiquei estática, ainda sentada atrás do balcão de interrogatório, com o meu pequeno que soluçava em meus braços e pedia desculpa.
Foi Aitana quem pegou no neto, ainda chorando, e o levou embora junto com sua prima Magui e eu sai depois de muita insistência do meu irmão e de Martin.
Depois de uma semana continuava tão destruída como no momento em que Alex me olhou com raiva em seus olhos. Podia ver a sua mágoa em cada suspiro de desespero e no seu maxilar tenso.
Sinto a cabeça peluda de Leo roçar as minhas pernas e depois seu corpo pesado deitar-se aos meus pés.
O meu pequeno Leo estava começando a envelhecer e a cada dia seu corpo parecia ficar mais pesado. Já não é mais o pequeno cachorro de pelo claro e que amava brincar, roubar e roer os sapatos e cuidava de meus bebés dando-lhes todo o amor que um ser vivo pode dar.
O peludo, como Martin costumava chama-lo por sua grande quantidade de pelo, sempre fora fiel a própria raça demostrando ser um animal amável, carinhoso, paciente, compreensivo e incrivelmente inteligente.
Adorava presenciar o momento em que ele ia velar o sono de Chris e Vale, quando eles ainda eram bebés. Entrava devagar no quarto, tentando ao máximo não fazer barulho para não acorda-los, e então se deitava no tapete peludo cheio de peluches e brinquedos e dormia com um olho aberto e o outro fechado
Agora media mais de meio metro, pesava cerca de trinta e cinco quilogramas, tinha nove anos e ainda continuava sendo o meu fiel companheiro e o melhor amigo de meus filhos.
Acaricio sua grande cabeça peluda e lhe indico o espaço vazio ao meu lado no sofá. Ele se levanta lentamente e tenta subir no sofá, a primeira vez sem êxito, mas acaba conseguindo sozinho. Deita sua cabeça em minhas pernas e ficamos ali em uma conversa silenciosa até Vale e Chris voltarem de seu passeio com Isa e Martin.
Vejo os meus dois terremotos entrar correndo pela porta da entrada e se atirarem para o sofá. Christian me abraça com forma mas Valentina se atira para cima de Leo e ele dá-lhe umas lambidelas em sua pequena bochecha rosada.
Ana - Valentina faz cuidado com o Leo. Ele já não é mais um cachorro.
Vale - Desculpa mamãe. - Disse ainda abraçando o amigo.
Ana -E eu não tenho direito a um abraço? - Pregunto fazendo beicinho.
Vale - Claro mamã. - Disse lançando-se para cima de Chris e de mim e abraçando-nos com força. - Amo-te muito mamãe.
Chris - Eu também te amo muito mamã.
Ana - E eu amo vocês, meus pequenos tesouros.
ALEX
Uma semana depois da primeira audiência continuava tão surpreendido como no mesmo dia. Mas a mágoa e a raiva só faziam que aumentar a cada segundo que vinha a minha memória o momento em que descobri que Ana tinha não só um filho mas dois.
Um lindo menino de oito anos que era a exata figura da mãe.
Oito anos longe dela.
Oito anos achando que me amava.
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Amar para Sempre
RomanceEla já não è mais uma menina assustada com medo do passado, agora è uma jovem mulher com muita força e que faria de tudo pelo bem estar de seus filhos. Ele è, hoje, um grande advogado com uma vida firme e com muitas mulheres passando por sua cama ma...