5 Capitulo

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Oi queridas leitoras, peço imensas desculpas pela demora. Nem sempre é fácil arranjar tempo para escrever e pois vezes as palavras parecem não querer sair.

Boa leitura!


ANAID

Tentei abrir os olhos e a sonolência que anteriormente não me permitia abrir os olhos, tinha desaparecido. A luz forte do sol que entrava pela janela me deixou um pouco atrapalhada mas logo meus olhos se habituaram a claridade.

Abri bem os olhos e reparei que estava em um quarto de hospital e então os acontecimentos daquela manhã voltaram com toda a força lembrando-me de meus bebés deixando-me com o coração nas mãos.

Assim que olhei para os lados encontrei meu irmão e Rosa olhando para um pequeno berço branco com roupas azuis. Tentei levantar-me para olhar meu bebé descansando mas logo meu irmão me impediu.

David - Ana tens que estar calma, não te podes levantar.

Ana - Os meus bebés por favor. - Supliquei apontando para a pequena cama.

David pegou no pequeno ser escondido nos finos cobertores azuis e o colocou em meus braços.

David - Martin e Isa logo vão trazer a pequena Valentina. - Disse ele e logo suspirei de alívio sabendo que minha menina estava bem.

As pessoas costumavam dizer que os bebés recém-nascidos tinham cara de joelho mas não concordava para nada. Meu menino tinha um pequeno rostinho lindo, umas bochechas gordinhas, o cabelo pequeno e de um castanho-escuro e uns grandes olhos verdes. Suas mãos estavam fechadas em pequenos punhos e suas perninhas esticadas enquanto se espreguiçava em meus braços e abria a boca com sono.

Acariciava sua cabecinha quando Martin e Isa entraram no quarto acompanhados da doutora Paula.

Dra. Paula - Como se sente minha paciente preferida?

Ana - Onde esta minha bebé Paula? - Preguntei preocupada assim que reparei que eles não traziam minha princesa.

Dra. Paula - Infelizmente tivemos que a colocar na incubadora. - Disse olhando para as pessoas que estavam no quarto.

O pânico tomou conta de mim com o pensamento de minha pequena bonequinha dentro de uma incubadora sozinha e indefesa.

Ana - O que ela tem?

Dra. Paula - Infelizmente Valentina não teve a sorte de Chris e herdou a doença da tia.

Meu cérebro se ativou assim que ouvi a palavra "doença". O recordo da pequena Magui deitada em uma cama de hospital com todo seu corpo ligado a tubos e diversas agulhas espetadas em seu braço era um autêntico pesadelo. A cara de dor que a pequena fazia cada vez que entrava neste hospital e o rostro cheio de agonia quando não conseguia respirar, eram o maior castigo que poderiam dar para uma mãe. O medo e o pânico que Aitana sentia cada vez que sua filha tinha um ataque sem saber se ela iria aguentar mais um dia. Era como viver constantemente no paraíso, quando a menina acordava no dia seguinte, e no inferno, quando as horas na sala de espera eram intermináveis esperando receber a notícia de que mais una vez a filha tinha sido muito forte.

Me preguntava até que ponto uma criança pode ser forte? Quais as razões que um recém-nascido pode ter para continuar a lutar pela própria vida mesmo não conhecendo nada do mundo exterior?

Quais queres fossem essas razões esperava que minha filha conseguisse encontra-las, pois não estava disposta a deixa-la partir. Pretendia dar a ela todas e cada uma das razões possíveis para ela continuar a lutar por ela mesma mas também por toda a família que já a ama mesmo sem a conhecer.

Ela tinha sobrevivido a um ataque mesmo tendo acabado de nascer. Já era nossa pequena heroína.

ALEX

Tinha dado entrada no hospital a mais de duas horas e até agora só via os doutores entrar, dando uma olhada em minha cartela clinica e saindo com uma cara pensativa, sem responder as minhas preguntas.

Tudo o que aconteceu no jogo, depois do meu lançamento, era muito confuso. Só lembrava de lançar bola para o cesto, ela entrar e depois sentir uma forte dor em meu tornozelo fazendo-me cair ao chão. Nos segundos seguintes, tinha os meus colegas, o treinador e todos os paramédicos disponíveis, a minha volta, socorrendo-me.

Estava deitado em uma branca cama de hospital quando finalmente alguém se dignou a aparecer mas não era a pessoa que estava esperando encontrar.

Aitana - Meu filho. - Disse correndo para me abraçar. - Lamento tanto querido.

Alex - Mãe o que fazes aqui? Esta tudo bem com Magui? - Preguntei preocupada por minha irmã.

Aitana - Está sim. Vim assim que me chamaram do hospital. Lamento tanto não ter estado contigo em todo este tempo. - Disse soluçando enquanto me abraçava.

Alex - Não te preocupes mãe, esta tudo bem. - Afirmei mesmo sentindo uma forte dor em meu peito e tendo maus pressentimentos.

Depois de uma longa espera e de minha mãe ter ido procurar o médico uma dezena de vezes, ele se dignou a aparecer.

Doutor - Como te sentes Alex? - Preguntou analisando mais uma vez a cartela clínica.

Alex - Estou ótimo. Se me derem um par de muletas vou embora agora mesmo. - Disse tirando as mantas para um lado e começando a levantar-me.

Doutor - Infelizmente não vou poder deixar-te ir. Fizemos vários exames e verificamos que perdeste grande parte da sensibilidade do pé e vamos ter que fazer uma cirurgia ao tornozelo.

Alex - Mas ainda tenho vários jogos para jogar este semestre. - Queixei-me.

Doutor - Alex mesmo que a cirurgia corra bem, não há nenhuma possibilidade de que voltes a jogar.

O que será de Alex agora? O que o futuro reserva para a pequena Valentina?

Quem quiser saber mais informações sobre o livro ou receber spoilers anticipados é só deixar o cantacto nos comentários ou me enviem uma mensagem privada que eu adiciono.

Votem e comentem :)

Beijos

Amar para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora