13 Capitulo

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Jack - Olá linda. - Cumprimenta dando-me um beijo nos lábios, assim que abro a porta de casa.

Ana - Olá Jack, entra. - Respondo tentando não parecer fria.

Jack - Onde andam os meninos? - Preguntou estranhando o silêncio na casa.

Ana - Foram passar o dia com Isa e Martin.

Jack - Isa deveria dar a Martin o filho que ele tanto deseja. - Disse agarrando-se a mim.

Ana - Acho que o homem ainda vai ter que esperar mais uns aninhos. - Digo beijando de leve seus lábios. - Para onde vamos hoje?

Jack - O que achas de irmos passear até a praia e depois almoçávamos por lá? - Por momentos veio a minha memória o lindo final de semana que passei com Alex, Martin e Isa na praia á mais de oito anos atrás. Lembrei os lindos momentos que compartimos em apenas três dias de descontração aproveitando as sensações da amizade e do amor.

Ana - Acho perfeito.

Poucos dias antes de ter os gémeos, encontrei Jack passeando perto da universidade e ficamos conversando durante horas sobre pequenas amenidades. Ele esteve comigo depois do parto e me ajudou com os bebés por vários meses.

Quando as crianças completaram dois anos, ele decidiu aproximar-se e confessar sua paixão por mim e por meus filhos. No momento tive receio mas depois acabei deixando que ele entrasse em meu coração e desde então vivemos uma amizade colorida com direito a mais que preliminares. No entanto, continuo evitando que ele passe demasiado tempo com meus filhos, com o medo continuo que eles criem uma relação demasiado forte e destrua seus corações quando decidir que aquilo que temos não é suficiente.

Ana - Dá-me cinco minutos para me vestir e depois podemos ir. - Digo subindo as escadas de dois em dois.

Vesti rapidinho um vestido branco com algumas flores desenhadas na saia, arranjei meu cabelo com algumas ondas no fundo das costas, fiz uma maquilhagem leve e desci novamente.

Ana - Estou pronta. - Disse saltando o último degrau.

Jack - Uau, estas linda. - Disse beijando meus lábios.

Ana - Obrigada. - Disse acariciando seu rostro com carinho.

Jack - Vamos então. - Disse, puxando-me para a porta. - Vais sem sapatos? - Preguntou olhando para meus pés e fazendo seu melhor sorriso; o sorriso sedutor ao que nenhuma menina era imune, nem mesmo minha filha.

Valentina adorava Jack e muitas vezes tinha-me preguntado se ele era seu pai mas eu sempre acabava desconversando e dizia que era apenas um amigo da mamãe. Desiludir minha filha era o sentimento que mais me doía e saber que muitas crianças riam por ela não ter um pai, despertava minha leoa interior.

O que mais queria era dar um pai para meus filhos mas não queria que fosse um qualquer. Queria dar-lhes um pai verdadeiro: um que os protegeria com a própria vida se fosse necessário; um que cuidaria deles quando estivessem doentes e ficaria acordado quando tivessem pesadelos; um que os amaria incondicionalmente, tal como eles merecem.

ALEX

Passo a manhã dando voltas com o carro pela cidade, perdido em pensamentos. Ana não tinha duvidado ao confirmar que estava saindo para um encontro e a frieza e a indiferença em suas palavras me fez acreditar que era tarde de mais e que ela tinha seguido sua vida mas eu não estava disposto a deixa-la ir.

Tinha ido ao inferno durante oito anos e era um lugar onde não queria voltar. Sabia que mesmo tentando negar, nosso reencontro não lhe tinha sido indiferente e sabia que a chama continuava lá, quase apagada mas ainda permanente. Permanente tal como a pequena tatuagem que agora cobria o lugar onde continuavam enterrados os restos do meu coração.

O perfeito desenho do infinito sendo consumido pelas chamas estava tatuado no meu peito. Tinha feito aquela tatuagem, a mais de sete anos atrás, no dia em que roguei por uma segunda oportunidade mas Ana me negou a possibilidade de ser feliz ao seu lado, em poucos segundos, com uma mensagem fria e impessoal.

Continuava circulando sem um destino concreto até que finalmente cheguei a uma praia quase deserta e decidi dar uma caminhada perto da água. Descalcei-me e mergulhei os pés na gélida água salgada do oceano.

Já tinha passado demasiado tempo desde que abandonei Ana naquela cama de hospital e fui embora com a culpa corroendo meu peito. Agora estava pronto para corrigir meus erros e tinha chegado a hora de correr atrás da mulher que continuava amando desesperadamente.

Se no passado tivesse tido a oportunidade de conhecer a verdade, talvez, teria abdicado de tudo apenas para ver meus filhos crescer. Gostaria de ter assistido ao parto de Ana e sentido as lágrimas de emoção deslizarem por minhas bochechas no momento em que os pegasse pela primeira vez e ouvisse seu agudo choro. Teria amado ver seus primeiros sorrisos, a primeira palavra e o primeiro passo nesta dura realidade. Acredito que, até mesmo mudar suas fraldas e a roupa cheia de vómito teria sido emocionante, pois era a prova que mesmo nos dias de completa escuridão, o sol continuava a nascer.

A luz sempre acabava aparecendo no fundo do túnel.

Me sentei na areia sem me importar com o estrago que a areia húmida faria nas minhas calças de alta-costura e fiquei olhando as ondas banhar a areia branca.

Ao longe vejo um lindo casal de mãos dadas, beijando-se e demostrando o próprio amor um pelo outro. Decido entrar no pequeno restaurante no cimo la pequena colina, apenas para não ter que assistir a mostra pública de amor.

Sento-me, peço uma cerveja e fico olhando o céu mudar de cor para alaranjado.

Sinto alguém sentar-se detrás de mim e presumo que seja o lindo casal da praia pois continuam beijando-se.

Homem – Linda tenho um convite para te fazer.

Mulher – Diz lá. – Sinto um repentino frio que me faz estremecer e logo reconheço a voz da jovem.

Homem – Já passou algum tempo desde que começamos está nossa relação e penso que chegou o memento de seguir em frente e quem sabe programar um futuro juntos. Sei que tens medo pelos meninos mas acredito que já te dei mais que certezas de que é com vocês que quero ficar. – Vejo o ser humano, que neste momento mais odeio, ajoelhar-se a frente da mulher que amo e abrir a pequena caixinha de veludo vermelho com um lindo anel noivado. – Ana aceitas ser minha esposa?

Me levanto transtornado, sentindo raiva, medo e aflição. Olho para Ana que fica pálida quando nota minha presença e sinto mais uma onda de sentimentos mas está vez apenas a desilusão, a deceção e a traição.

Alex – Estava enganado quando acreditei que porventura ainda restasse um pouco de esperança para nós. – Limpo as lágrimas que fluem livremente sem vergonha de confirmar o amor que sinto por esta mulher, ao sentir a possibilidade dela aceitar.

Ana – Alex, eu... - Começa, mas logo para sem saber bem o que dizer.

Alex – Como amigo acho que talvez devesses aceitar e ser feliz mas tenho que ser egoísta e dizer que ainda te amo e estou disposto a lutar por ti se ainda me deres essa oportunidade. Palavras são incapazes de expressar tudo o que estou sentindo neste momento mas sei que se mesmo depois de oito anos ainda nos amamos como no dia em que nos separamos.


Oi leitores,

Peço imensas desculpas por a demora mas surgiram alguns problemas e entre eles: a falta de tempo para escrever e a inspiração. Fiquei um pouco desmotivada e contínuo sem muitas ideias para continuar a história.

Se vocês quiserem dar-me vossa opinião ou alguma ideia do que gostaria que acontecesse nos próximos capítulos podem mandar mensagem.

Trago uma novidade! Para as meninas (e meninos) que moram no Brasil e ainda não tiveram a oportunidade de adquirir seu exemplar de Amar Novamente, ele já está disponível na Libraria Cultura em formato ePub e o livro físico na Livraria Easybooks.

Quem quiser entrar para o grupo do What's app é só deixar o numero.

Votem e comentem :) Isso ajuda os escritores a ter motivação.

Beijinhos,

Diana Mendes

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⏰ Última atualização: Dec 11, 2015 ⏰

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