Capítulo 33 - Traidor

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Cezar passou pelo portão da igreja acompanhado de Vanessa, Benjamim, Alice e o delegado da cidade, que tinha sido chamado para verificar a ocorrência com Arthur.

Cezar abriu a porta lateral e gritou.

— Onde você está? Saia daí, Arthur morreu, eu sei que foi você quem tentou matar o pastor! Vamos, pare de se esconder seu traidor covarde!

Um homem saiu da secretaria com uma expressão de ódio.

— E então filho, é verdade que você tentou matar o pastor Anderson? — perguntou o delegado.

— É claro que não delegado, na verdade foi Cezar quem mandou atacar o pastor.

— Que ordinário, é mentira! — gritou Alice.

— Calma filha, chegou a hora de provar que foi Eric que tentou matar o nosso pastor.

— Logo após as espadas douradas sumirem, eu desconfiei que alguém da igreja estivesse ajudando Arthur. Eu tentei conversar com o pastor Anderson para investigarmos, mas ele não aceitou.

— Então com a ajuda da família da minha esposa contratei o melhor detetive que o dinheiro poderia comprar e ele descobriu a ligação de Eric com Arthur.

— Eu descobri meu caro, que você não vem de uma família rica como sempre disse, mas sim que o dinheiro que você possui é oriundo de empresas e de negócios envolvendo o nome de Arthur.

— Você é um grande mentiroso Cezar, não tem como provar nada.

— Posso sim Eric, mas para mim basta que seja feita justiça e você pague por tentar matar aquele homem bondoso que o tratava como um filho.

— Você se acha muito esperto Cezar, mas não sabe de nada.

— Sei sim, há como eu sei Eric. Sei que desde o começo, quando Arthur ressurgiu já tinha alguém o ajudando.

— Lembro-me bem que quando fomos resgatar Brian, você deveria ter nos buscado, mas não apareceu. Depois você disse que o carro havia quebrado, mas hoje eu sei que você parou em um posto e ficou fazendo hora por lá.

— Além do fato de você ter dado a ideia de colocarmos Brian e Nicolas para serem os primeiros a ficarem de guarda na igreja no dia da festa. Você fez aquilo para Keila o levar assim que ela terminasse de enfeitar a igreja.

— Há poucos dias eu procurei a Walter e perguntei sobre você, ele já estava com o saco cheio dos planos de vingança de seu tio e contou-me sobre como você o informou sobre os pontos fracos de cada soldado do esquadrão liderado por Benjamim.

— Por isso que Benjamim chegou apenas com Brian ao final da floresta do medo. Você e Arthur armaram tudo para eliminar os valentes atacando-os com os seus maiores medos.

— Depois você ajudou Charles a levar os adolescentes para a cidade perdida quando suas ordens eram para levá-los para a floresta do medo.

— Você ainda roubou as espadas douradas e as entregou para Arthur para que ele desafiasse as valentes.

— Por fim, você ficou na igreja no dia de hoje para recepcionar o seu verdadeiro líder que viria triunfante para Peniel, mas que foi derrotado por jovens, que ao contrário de você, não se venderam.

Eric escutou tudo sem mudar a sua expressão.

— Você tem uma imaginação muito fértil Cezar, mas estou cansado de ouvir sua voz.

O vilão jogou uma granada no chão e uma fumaça branca surgiu tampando a visão de todos que ali estavam. Eric correu para a sala dos músicos e pulou uma janela que dava para um corredor que ficava próximo da rua.

Benjamim e Alice perseguiram o vilão que foi cercado pelos valentes que ali estavam. Eric puxou uma faca e os valentes recuaram. O vilão pulou as grades que separavam a igreja da rua, mas Benjamim pulou as grades, alcançou Eric e o derrubou.

O vilão levantou-se, mas levou um forte empurrão de Alice e bateu o rosto no vidro de um carro, o que o fez sofrer um profundo corte na face.

Mesmo ferido Eric correu e o delegado o mandou parar, mas um carro preto surgiu em alta velocidade e o resgatou. O carro saiu em alta velocidade e seus ocupantes não foram encontrados.

O delegado reclamou com Cezar.

— Os seus filhos foram muito imprudentes, atacaram um homem armado com uma faca! Se ele estivesse com uma arma de fogo poderia matá-los! Eles pensam que são super-heróis por acaso?

Cezar balançou a cabeça fazendo uma careta e pediu desculpas ao delegado.

Dentro do carro, Allan estava no banco de trás com o rosto muito machucado, o lado direito estava quase desfigurado e o seu braço imobilizado. Mesmo ferido Eric se assustou com a aparência do jovem.

— Deu tudo errado Eric, mas consegui evitar que o pegassem.

— Muito obrigado Allan.

— Vamos tratar desses ferimentos, esse corte em seu rosto foi feio, provavelmente vai ficar uma cicatriz.

— Foi Alice, foi ela que causou isso. — contou Eric com a mão no rosto.

Após a fuga de Eric, Cezar reuniu a todos os valentes dentro da igreja e fez uma oração agradecendo a vitória. Ele explicou como havia elaborado o plano para derrotar Arthur e Benjamim se irritou muito.

Esquadrão dos Valentes - Apocalipse, o fim da sagaOnde histórias criam vida. Descubra agora