Capítulo 32 - Já era!

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Cíntia, com as suas armas em punho gritou para sua irmã se levantar.

— Alice, levanta! Alice!

A implacável não mexeu um dedo e Cíntia se desesperou.

— Caramba! E agora!

Escuridão se aproximou da valente que recuou, tropeçou e caiu sentada derrubando as suas armas.

— Eu me enfraqueci muito derrotando seus irmãos, mas ainda tenho forças para acabar com você.

Arthur ergueu sua mão para lançar um raio em Cíntia que fechou os olhos esperando o ataque, mas o vilão levou um enorme susto ao ser pego pelo pescoço por Benjamim, que deu um largo sorriso e o ergueu do chão.

— Escuridão, você perdeu!

Escuridão tentou lançar um raio em Benjamim, mas não conseguiu erguer o seu braço, ele tentou falar, mas não conseguiu devido o valente segurar o seu pescoço.

— Agora Alice! — Benjamim jogou o vilão na direção da valente implacável que se levantou como um raio e atingiu o seu inimigo com a sua espada de prata.

— Já era! — Alice ergueu o vilão do chão com a sua espada e Benjamim também o atingiu com a sua.

Escuridão explodiu e uma grande névoa negra ficou em seu lugar.

O vilão ressurgiu na frente da igreja de Peniel sob os olhares atônitos de Vanessa e dos valentes que lá estavam.

Arthur se ajoelhou, olhou para a igreja e caiu sem vida ao chão. Brian correu para tentar socorrê-lo, mas não havia mais o que fazer.

No vale, Benjamim e Alice ficaram parados olhando a máscara do vilão que estava no chão, os olhos dela não brilhavam mais e Benjamim decretou.

— Acabou.

Um forte ventou passou pelo vale e as roupas dos valentes voltaram ao normal. Cíntia se levantou e reclamou.

— Você estava fingindo Alice, eu quase morri de medo. Que ódio!

Cíntia continuou reclamando com a sua irmã e Benjamim também quis tirar satisfações.

— Bom, agora que tudo acabou Alice, vamos ter uma conversa séria. Quem é bambu com câimbra?

— Era só brincadeira irmãozinho, você não levou a sério, não é?

Cíntia também reclamou com Benjamin dizendo que se eles tinham um plano que ela devia saber. Os três discutiam asperamente quando escutaram a voz de alguém conhecido.

— Hum, hum.

Os três olharam para traz e viram seu pai sorrindo, junto com ele estava Janet, que deu uma bronca em seus filhos.

— Até quando vocês vão ficar brigando assim que nem crianças!

Como sempre, Alice correu para trás de seu pai que sempre a protegia. Cezar abraçou Alice e parabenizou a Benjamim pela vitória.

— Só ele ganha os parabéns, e eu? A Cíntia tudo bem, não fez nada mesmo. — falou Alice que recebeu um olhar furioso de sua irmã.

— Todos estão de parabéns, agora vamos voltar para Peniel, entrem no carro, rápido.

— Por que a pressa pai, nós vencemos.

— Sim filho, mas temos que resolver um último e grande problema.

Os três jovens entraram na parte de trás do carro e ficaram na mesma posição que ocupavam no carro desde crianças.

Benjamim ficava no banco atrás da sua mãe, Cíntia atrás do seu pai que dirigia e Alice no meio. Apesar do grande tamanho da caçula da família, Cíntia se recusava a sentar-se no meio.

Janet olhou para trás e lembrou-se de quando os três eram crianças. Alice era a menor da família e os seus irmãos queriam ajudá-la a colocar o cinto de segurança, mas ela sempre recusava ajuda.

Alice colocou o cinto, olhou para os seus irmãos e disse.

— Outro dia, eu li na bíblia sobre aquele homem que foi levado em uma maca por quatros amigos para ser curado. Eu pensei que se têm quatro pessoas neste mundo em quem eu posso confiar para me levar a qualquer lugar, se eu não puder, são vocês, minha família. Eu amo muito vocês.

Alice derramou uma lágrima e Cíntia a abraçou. Janet chorou e Benjamim pegou na mão de sua irmã caçula.

— Pode ter certeza que sim mana, conte sempre comigo.

Cezar, com os olhos cheios de lágrimas acelerou para Peniel. Cíntia, como sempre, tentou fazer com que seu pai falasse porque ele não queria que ninguém entrasse na igreja, mas Cezar não respondeu.

O capitão dos valentes lembrou-se da primeira vez em que se encontrou com Escuridão.

— A primeira vez em que vi Arthur foi em um momento muito difícil pra mim, minha vida pessoal estava do avesso e ele tentou convencer-me a ficar do lado dele.

— Eu era jovem e vivia dividido entre a igreja e o mundo, mas jamais aceitei as ofertas dele, e foram várias para que eu me voltasse contra a igreja e o pastor Alexander, irmão dele.

— Então é por isso que ele o odeia tanto.

— Não apenas por isso Alice, mas porque eu sempre o combati e venci porque Deus sempre esteve ao meu lado.

Após alguns minutos, Cezar e sua família chegaram à igreja. O corpo sem vida de Arthur já tinha sido levado por uma ambulância e Vanessa perguntou para o capitão.

— Então tudo acabou? — disse a capitã.

— Ainda não Vanessa, temos um último traidor a serdesmascarado.

Esquadrão dos Valentes - Apocalipse, o fim da sagaOnde histórias criam vida. Descubra agora