Capítulo 36 - Pregação

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Brian, bem nervoso, iniciou sua pregação.

— Eu queria agradecer a Deus por essa oportunidade e ao pastor Anderson pela confiança de estar aqui no púlpito. Também quero agradecer aos líderes dos jovens e ao professor Cezar que sempre me incentivou.

— Quando eu tinha 13 anos recebi um convite para vir a esta igreja. Meus pais me criaram com muito amor, carinho e disciplina, mas eu desconhecia completamente a palavra de Deus.

— Foi naquele momento decisivo da minha vida que um grande amigo me convidou para vir a igreja, e quando falo grande é grande mesmo, tanto no tamanho como no coração. — Brian se referia a Benjamim e apontou para o seu amigo que estava muito feliz sentado ao lado de Amanda.

— Naquele dia, assim como hoje, a igreja estava repleta de jovens. Uma mulher pregava a palavra do Senhor e dizia que fora de Deus não há salvação.

— Meu corpo começou a tremer e ao terminar a pregação ela fez um apelo para que quem quisesse a salvação de sua alma viesse para frente, e eu vim, chorando, tremendo, e sentindo algo inexplicável.

Brian ficou com os olhos marejados de lágrimas, enxugou o rosto e continuou a falar.

— A partir daquele dia, minha vida nunca mais foi a mesma. meu irmão Nicolas se converteu no mesmo dia que eu e pouco tempo depois o meu irmão mais velho.

— Minha mãe voltou para a igreja e por último o meu pai também se converteu. A promessa se cumpriu em minha vida, a promessa que eu e minha casa serviremos ao Senhor.

Naquele momento muitos deram brados glorificando a Deus.

— Algum tempo atrás, eu prometi para meu líder que se fosse pregar e tivesse certeza da minha chamada para ser um pastor eu iria ler a passagem onde está escrito. "conhecereis a verdade a verdade vos libertará", hoje eu cumpro aquela promessa.

Cezar sorriu e balançou a cabeça porque Brian tinha feito aquela promessa para ele.

— Realmente a verdade me libertou. Aos 13 anos eu andava com alguns amigos que logo após a minha conversão passaram a beber e a fumar.

— Alguns deles passaram a usar drogas e eu tentei trazê-los para a igreja, mas infelizmente dois deles não estão mais entre nós, pois morreram em um acidente de carro após uma festa regada a drogas e álcool.

Brian se emocionou com a lembrança de seus amigos mortos e parou de falar por um instante.

— Eu agradeço a Deus todos os dias por fazer parte desta igreja. Por Ele ter me livrado da perdição e ter me mostrado a luz. Deus deseja que todos nos levemos uma vida limpa, digna, vitoriosa, cheio de alegria, prosperidade e amor.

— Agradeço por ele perdoar os meus erros, por ser mais que um pai, mas sim um amigo presente em todos os momentos, um amigo que é poderoso para dar além do que penso ou do que peço.

— Agradeço por eu, um menino pobre que mal tinha um calçado para vestir estar cursando medicina em uma das melhores faculdades do país. Ele é o Deus que abre portas e que tem prazer em abençoar.

Brian falou por vários minutos causando emoção em todos os presentes. Ele contou várias bênçãos que recebeu de Deus e das vitórias que obteve com os valentes. Por fim, ele concluiu.

— Eu quero terminar dizendo que não existe exército sem soldados, hospital sem médicos, escola sem professor e igreja sem cristãos, ou melhor, não existe cristão sem igreja.

— Se alguém deseja se tornar cristão hoje, que venha para frente e tome a melhor decisão da sua vida.

Naquele momento, muitos jovens que ainda não eram evangélicos foram a frente e Cezar pediu para o que presbítero mais velho da igreja orasse por todos.

Antes que todos louvassem a Deus com o famoso cantor que havia sido convidado, Cezar fez mais um convite.

— Eu sei que tem mais pessoas aqui que querem se reconciliar com o Senhor, aonde está a primeira pessoa, venha a frente.

Cezar insistiu e um braço no fundo da igreja se levantou. A pessoa chorava muito e o professor pediu para que ela se aproximasse. Para a surpresa de todos, tratava-se de alguém muito conhecido.

Esquadrão dos Valentes - Apocalipse, o fim da sagaOnde histórias criam vida. Descubra agora