Capítulo 8 - Encontros

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— O que você quer agora Arthur, e pare de tentar me assustar, aliás, você podia ligar ao invés de aparecer assim.

O vilão estava cercado por uma névoa negra e falou.

— Vejo que você convocou seus esquadrões Cezar, não tem medo daqueles jovens se machucarem ou perderem a vida por uma causa perdida.

— Acredito que quem luta por uma causa perdida é você Arthur. Errar uma vez é aceitável, mas duas vezes é burrice, não tem como você vencer.

— Veremos meu caro, tem muitas surpresas o aguardando.

— Quem luta ao lado de Deus não pode ser confundindo ou envergonhado, nenhuma surpresa sua poderá me afetar.

— E quanto a jovem Amanda, tem notícias dela?

— Não Arthur, você tem algo a ver com o sumiço dela?

— Prezado, eu não faria nada de mal a sobrinha de maior colaboradora, ela não regressou da dimensão espiritual e você sabe disso.

— Sim, mas não faz sentido ela ter ficado lá.

— Também acho, mas já a procurei até na dimensão das trevas e não a encontrei, infelizmente seu filho terá que procurar outra amada.

— Eu tenho certeza que ela voltará.

— Não tenho tanta certeza meu caro, mas o motivo da minha vinda é anunciar que em breve vou atacar.

— Pode vir, estamos prontos, como sempre.

Escuridão riu muito e Cezar o lembrou.

— Lembre-se do que eu disse há trinta anos Arthur, que se você tentasse atacar a igreja outra vez eu o derrotaria de forma ainda mais humilhante.

— Agora o meu plano é perfeito meu caro, não tem como você vencer.

— Somente Deus é perfeito Arthur, você por sinal falha em tudo o que faz. O bom é que agora eu vou apenas assistir você ser derrotado.

— Você está muito confiante Cezar, se eu fosse você tomaria cuidado com a probidade das pessoas que estão ao seu lado.

— Eu confio apenas em Deus Arthur, e creio que Ele me dará a vitória.

Escuridão soltou uma grande gargalhada e desapareceu deixando o professor sozinho.

Naquela mesma tarde, Jéssica, a capitã das trevas visitou sua mãe em Peniel. Ela a encontrou em uma casa que tinha comprado devido a fortuna que tinha acumulado como lutadora profissional. Ela mantinha a casa mobiliada e a usava sempre que queria ver sua mãe.

Desde que se mudou para a capital, ainda jovem, Jéssica nunca mais voltou a entrar na casa onde havia crescido porque não queria ver o seu pai.

Após rever sua mãe, Jéssica passou em frente a igreja de Peniel onde os jovens ensaiavam, ela viu Karol ir embora sozinha e desceu do carro gritando.

— Ei loira idiota, espere aí! — Jéssica correu atrás de Karol, que desesperada fugiu sabendo que se fosse pega seria trucidada.

Naquele momento, Akio era puxado para uma viela escura por um velho conhecido.

— Seu Charles! O que o senhor quer?

Charles colocou a mão na boca de Akio e sussurrou.

— Fale mais baixo seu idiota.

Akio se desvencilhou de Charles e o ouviu.

— Vim avisar que Escuridão vai invadir esta cidade com um grande exército, ele vai destruir a igreja e quem estiver em seu caminho, portanto, saia daquele esquadrão ridículo enquanto é tempo.

— Mas seu Charles, nosso pastor e o Cezar dizem que não existe chance de perdermos, nós estamos do lado vencedor.

— Uma ova seu cara de tacho, você está do lado que vai virar uma panqueca! — Charles deu um croque em Akio que reclamou de dor.

— Sinto muito desapontá-lo seu Charles, mas vou lutar junto com os meus amigos, e se tiver que perder que seja ao lado deles.

— Não diga que eu não o avisei moleque chato.

— Por que o senhor veio me avisar? Acho que no fundo o senhor não é mau, e o fato de ter vindo me avisar comprova isso.

— Eu o proíbo de contar para alguém que eu vim conversar com você, mas eu lhe devia isso porque você tentou me ajudar na cidade perdida. — lembrou-se Charles.

Enquanto isso, Jéssica perseguia Karol pelas ruas desertas de Peniel, já que se tratava de um domingo. Após uma breve perseguição a capitã das trevas cercou Karol na entrada de um prédio que estava fechado.

— Eu tinha certeza que me vingaria de você na batalha final, mas não vou precisa esperar. Vou te dar uma surra agora pelo que aconteceu no vale da perdição e na ilha da idolatria. E não adianta jogar nenhuma pedrinha dessa vez.

Karol gritou por socorro e Tifany, que também estava no ensaio apareceu. Ela tinha visto as duas correndo e as perseguiu. Jéssica sabia que ela era filha de sua maior inimiga e avisou.

— Vou deixar você pra depois Karol, não posso perder a chance de trucidar uma das filhas de Vanessa.

Tifany se preparou para enfrentar Jéssica quando Janet, Samantha e Elizabeth também chegaram ao local. As três se colocaram a frente de Karol e Janet cumprimentou Jéssica.

— Olá Jéssica, há muitos anos que eu não a vejo e quando nos encontramos vejo você ameaçando minha sobrinha e a filha da Vanessa.

Jéssica ficou sem reação ao ver Janet porque elas foram as melhores amigas desde a infância até a juventude.

— Janet, eu não sei o que dizer. — Jéssica ficou com os olhos marejados de lágrimas e correu para longe dali.

— Mas que poderosa sua tia hein Karol, botou a Jéssica para correr sem mover um músculo. — comentou Elizabeth.

— No fundo ela tem um bom coração, mas foi criada em meio a muita violência e ódio, se ela tivesse buscado mais a Deus sua vida seria diferente.

— Deve ser bem lá no fundo mesmo tia, se vocês não tivessem aparecido ela ia me partir em mil pedaços.

Tifany fez sinal que achava Jéssica uma pessoa perigosa e que ficou com vontade de ver Karol apanhar, quem sabe se com umas sacudidas na cabeça ela não ficasse mais inteligente.

Karol, utilizando-se da linguagem de sinais disse para Tifany.

— Para o seu governo Tifany, eu passei de ano na escola com média nove.

Janet mandou as meninas entrarem no carro e as levou para suas casas, mas quanto chegou a sua casa encontrou Cezar triste porque ele tinha acabado de saber da morte de um grande amigo.

Esquadrão dos Valentes - Apocalipse, o fim da sagaOnde histórias criam vida. Descubra agora