Esquadrão dos Valentes - Apocalipse, o fim da saga

Capítulo 37 - Reconciliações

Akio foi o primeiro a correr e abraçar Charles, mais conhecido como o invejoso, que chorava copiosamente.

Charles pedia desculpas e diante do púlpito foi abraçado por outros jovens. Cezar estava prestes a fazer uma oração pela reconciliação de Charles, mas sentiu de fazer mais um pedido.

— Antes de orar, eu sei que tem mais uma pessoa aqui que deseja se reconciliar com Deus, onde você está?

Uma mão se ergueu e a pessoa demorou a sair de seu lugar, mas quando o fez todos viram que se tratava da mundialmente conhecida Jéssica, a lutadora conhecida como a capitã das trevas.

Ela veio a frente chorando muito e Vanessa e Janet saíram de seus lugares para abraçaram a sua amiga de juventude. Jéssica não falou nada, mas seu olhar e suas lágrimas mostravam que ela estava arrependida.

As valentes saíram do seu lugar e também abraçaram a Jéssica. Cezar fez uma oração de reconciliação para Charles e Jéssica e pediu para que todos voltassem aos seus lugares.

Mara também estava na igreja acompanhada de sua irmã caçula e de Eddie. Pela primeira vez as valentes a viram com os cabelos soltos e Karol ficou surpresa com a sua beleza.

Enquanto Cezar fazia o apelo, Mara pegou na mão de Eddie, encostou a cabeça no ombro dele e comentou.

— É tão bom a gente estar em paz com Deus.

Eddie concordou e completou.

— É verdade, não existe sensação melhor, principalmente quando estamos de bem com Deus e temos a companhia da pessoa que a gente ama.

Finalmente o cantor pegou o microfone e louvou a Deus com toda a igreja. O culto continuou com muita alegria e muita festa. Mario mais uma vez fez chover papel picado sobre a igreja, mas daquela vez com a permissão do pastor.

Antes de terminar o culto Benjamim pegou o seu celular e bateu uma foto da frase que estava na parede em cima da cadeira do pastor. Estava escrito "Somos mais que vencedores".

Keila estava nos fundos da igreja com suas sobrinhas Karen e Graziela. Ela viu Charles e Jéssica se reconciliarem e ficou emocionada, mas logo recobrou sua expressão séria e levantou-se antes do culto terminar.

— Vamos, nosso lugar não é aqui.

A maligna entrou no carro e ficou em silêncio até que Karen fez uma observação.

— Tia, você está mais séria que o normal.

— Estava me lembrando da minha juventude naquela igreja, passei por momentos ruins como a morte do meu pai, mas também me alegrei muito. Foram bons tempos.

— Tia...

Karen parou de falar e Keila a questionou.

— O que foi Karen, fale.

— É que você me criou desde criança, eu cresci vendo você prosperar e se tornar uma mulher muita rica...

Karen parou de falar e Keila perguntou.

— Tudo bem e daí?

— É que vendo suas fotos, principalmente em festas e em recepções, ninguém tem um sorriso tão lindo como o seu.

Keila agradeceu e Karen prosseguiu.

— Mas vendo suas fotos de quando era jovem, eu percebi que seu sorriso era ainda mais bonito e autêntico. Sabe tia, eu acho que você só foi feliz quando era jovem e ia a igreja.

— Você está dizendo que meu sorriso é falso?!

— Não tia, seu sorriso é lindo, mas seus olhos apenas brilhavam quando você era jovem. Veja.

Keila parou o carro já dentro de Betel e olhou para suas fotos de quando era jovem. Ela olhou com carinho e questionou a sua sobrinha.

— Por que você está me falando tudo isso, não me vai dizer que quer que eu volte para a igreja?

Karen ficou quieta e Graziela, sentada no banco de trás tomou a palavra.

— É isso tia, essa semana Karen me levou a uma igreja aqui em Betel e eu entreguei minha vida ao Senhor.

— Como assim?! — questionou Keila completamente pasma.

— Eu prometi que se Amanda voltasse eu iria a igreja agradecer a Deus pela vida dela, eu cumpri a promessa e a Graziela foi comigo.

— Aonde é essa igreja?

— É perto de nossa casa e ainda deve estar aberta, você pode nos levar lá.

Keila movimentou o seu carro e foi até a igreja. Ao chegarem, ela relutou, mas entrou no templo com as suas sobrinhas. O pastor pregou as palavras da bíblia que diziam. "a vossa tristeza se converterá em alegria".

Ao final da pregação a belíssima e alta mulher foi ao púlpito e se ajoelhou lembrando-se das palavras de Karen sobre sua alegria.

Em Peniel, antes de encerrar o culto, Cezar observou que Walter estava na igreja de pé no fundo próximo a porta, ele olhava fixamente para Jéssica e se retirou antes do culto terminar.

Cezar correu para alcançá-lo, mas quando chegou do lado de fora ele já havia ido embora. Benjamim ficou preocupado com o seu pai e correu ao seu encontro.

— O que aconteceu pai?

— Era Walter, ele estava aqui, mas foi embora.

Cezar ficou cabisbaixo e voltou para dentro da igreja na companhia de Benjamim.

Passados alguns dias Amanda visitou sua tia e descobriu que ela tinha se reconciliado com o Senhor. Keila pediu desculpas para Amanda que perdoou a sua tia.

— Você tem notícias da Evelyn? — perguntou Amanda.

— Ela está com os pais na capital, mas se recusa a falar comigo ou com as suas primas, estou pensando em visitá-la, mas acho melhor esperar.

Amanda foi embora depois de passar horas conversando com sua tia e suas primas. Keila ficou sozinha na sala de sua mansão e ficou observando várias fotos das suas sobrinhas, a maioria com Amanda e Karen juntas. Ela sempre admirou como as duas eram unidas e deu um grito.

— Opa?!