Maturidade

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oi! alimentando vcs com marichat

boa leitura<3

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Não sei descrever os sentimentos que se passaram pela minha mente naquele exato momento, acontece que depois daquelas palavras ele me beijou e tudo o que eu sentia por ele parecia voltar com toda a força, naquele segundo nada importava, nem Lila, nem HawkMoth nem as mentiras bobas que me afastaram dele, tudo era tão... Insignificante.

Não sei quanto tempo ficamos ali, só nos encarando sem dizer uma palavra. Era só chocante sentir tudo aquilo de novo quando achei que estivesse "superando".

Queria poder falar que logo depois nós voltamos imediatamente e tudo foi lindo novamente, mas infelizmente isso não era verdade. Eu entrei em pânico e saí correndo, como uma criancinha que foge do bicho-papão.

Enquanto corria e sentia a brisa diretamente em meu rosto, me sentia aliviada, como se tudo estivesse se encaixando, por mais que a confusão dominasse meus pensamentos.

Diminuí a velocidade assim que me aproximei de casa, era possível já sentir o cheiro de pão fresquinho e croissants diretamente do forno.

-Marinette? Porque está tão ofegante? O que aconteceu?- mamãe trazia uma feição preocupada enquanto amassava a massa de pão.

-Eu resolvi correr até em casa, nada de mais.- tomei um copo de água e tentei acalmar meus nervos, sei que precisava conversar com Adrien sobre o beijo mas agora queria focar na missão HawkMoth.

-Ah Marinette, Lila, sua amiga está esperando no seu quarto, algo sobre um trabalho de física.

Não tínhamos nenhum trabalho de física, se for sobre a missão porque ela não mandou mensagem? Concordei sem dizer nada e subi até meu quarto.

-Finalmente! É urgente, Mari!- Lila me agarrou aflita.- Eu sei quem é HawkMoth, mas não podemos contar ainda para Adrien, ok?

Pronto, pelo menos agora eu tenho a opinião a favor de Lila, o único problema é explicar para Chat.

-É Gabriel Agreste.- eu disse me afastando dos braços dela.- Era o que eu ia contar hoje ás 3 da tarde.- ela pareceu confusa e se sentou no divã.- Sei que não era para eu me envolver com a investigação Agreste, mas não pude evitar.

-Como assim? E as patrulhas? Você tem noção do que fez?- agora sua expressão havia mudado completamente.- Essa sua síndrome de todo o mundo girar ao seu redor já está me incomodando!

-Do que está falando? Eu fiz o que achei melhor para a equipe!- conforme meu tom de voz se erguia tentava abaixa-lo novamente, a última coisa que precisava nesse momento era minha mãe entrando no quarto.- E eu fiz todas as patrulhas, não precisa se preocupar, o meu trabalho eu faço.

-Eu sei que você e sua amiga estão desconfiadas de mim por toda aquela confusão da sua vida amorosa, mas isso não é motivo para duvidar da minha efetividade nas missões.- isso foi como um soco no estômago se quer saber, na minha mente eu estava completamente bem com Lila e Adrien, mas lá no fundo eu tinha realmente essa desconfiança de que Lila iria completar seu trabalho. Não sabia mais o que dizer.- A julgar pelo repentino silêncio eu estava certa. Triste, eu pensei que você fosse madura.

Ela levantou indignada do divã e saiu como Volpina pela varanda sem falar mais nada, me deixando ali parada em choque. Suas palavras realmente me atingiram forte, ninguém nunca me julgou tão profundamente como ela fez.

Meu celular soou com seu toque de mensagem e eu corri para olhar o cursor. Era só Alya perguntando sobre dar uma entrevista como Ladybug para seu blog. Não via mal nenhum em negar então só concordei e combinei quando e onde.

"Você consegue chegar em casa até ás 3:30?"- ALYA

A reunião sobre HawkMoth estava oficialmente cancelada ao meu ver, só iria avisar Adrien.

"Claro! Até lá."- MARINETTE

Olhei por alguns minutos minhas ideias no Pinterest para poder ter novas inspirações de designs e resolvi escrever a mensagem sobre a reunião da missão.

"Adrien, resolvi cancelar hoje ás 3, depois eu explico melhor"

Eu mal havia enviado a mensagem quando ouvi um som de notificação dentro do quarto, me virei rapidamente e dei de cara com Chat Noir balançando seu "rabo" com as mãos.

-Olá Milady, cancelando eventos, huh?

-Eu posso saber o que está fazendo no meu quarto? E desde quando você está parado aí?- ele sorriu de lado e se aproximou com uma feição duvidosa.

-Vim ver o amor da minha vida e estou aqui desde que Lila saiu furiosa, aliás poderia me explicar o que está acontecendo?

Porque ele tem que ser tão galanteador?

-É complicado...- hesitei em contar toda a história para ele, fiquei criando problemas do porque não falar, mas é melhor ouvir de mim, não é?- Ok, eu conto. Eu desobedeci o que foi pedido na reunião passada e acabei investigando sobre a missão Agreste.- parei para olhar sua expressão mas ele não estava aflito.- Você não está furioso comigo?

-Claro que não, já esperava você estar envolvida mesmo. Sei o quão importante isso é para você, eu meio que aprendi na prática lembra?- ele corou e eu ri.

Não sei muito bem o que pensei na hora, só senti uma tremenda vontade de abraça-lo, então como em um estalar de dedos estava envolta em seus braços cobertos pelo couro do uniforme.

-Esse é o motivo dela sair tão alterada?- ele sussurrou entre a respiração.

-Sim, ela acha que eu não confio nela para executar as missões.- não mencionei o fato de eu realmente ter certas desconfianças.

-Bom, em partes ela tem razão, afinal foi decidido que ela tomaria conta disso.- ele suspirou e voltou a falar.- Mas vocês já têm um resultado?- ele disse com receio, como se não quisesse realmente escutar a resposta.

Essa é a parte complicada, mas já estou aliviada por não ter visto duas reações furiosas para mim hoje.

-Uhm... Sim, mas acho melhor contarmos em outro momento quando todos estiverem juntos.

Ele se separou do abraço e me encarou preocupado, como se estivesse com medo de falar.

-É ele, não? Meu pai.

Parece que o oxigênio da sala se esgotou, era difícil respirar e eu dava longos suspiros.

-Sim, é ele.- seus olhos começaram a se encher de lágrimas e eu senti meu coração apertar.

Ele se jogou nos meus braços e me abraçou forte enquanto seu choro aumentava, eu dizia palavras de conforto mas acho que nesse momento só o abraço bastava.



Apenas Uma Noite (parte dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora