Máscaras

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oi, é um capítulo bem pequeno pra eu começar a me adaptar a postar mais vezes, quinta sai o próximo<3

boa leitura

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Teorias sobre quem seriam os famosos heróis começaram a se intensificar com o tempo, principalmente com a resolução do caso Agreste.

A entrevista com Nadia Chamack foi adiada para essa noite, assim ela poderia dar cobertura de todos os detalhes do caso, claro que a audiência vai amar escutar de primeira mão sobre tudo, mas os oficiais da polícia disseram para manter específicos fatos em segredo, levando em consideração o resto da família Agreste.

-Mari? Ainda tá nervosa com a entrevista?- eu não estava nervosa com a entrevista, tive que mentir sobre isso para Adrien, eu na verdade estava ansiosa com toda a mudança na vida dele, sabe ele se mudou com a tia fazem três dias e ainda não disse nada sobre.

-Não, só pensando na morte da bezerra.- escondo com uma risada a preocupação, mas ele não parecia nem um pouco convencido. Levanta uma sobrancelha para mim e cruza os braços.- Tá legal, não queria trazer esse assunto em questão de novo mas você não se manifestou sobre a sua tia e eu tô começando a ficar preocupada.

Ele ri e suaviza a expressão, como se fosse uma grande bobagem, em minha defesa eu achava que era um problemão para ele falar sobre a família, ok?

-Nossa todo esse suspense por isso?- Adrien se senta ao meu lado e abraça meus ombros bem forte.- Não se preocupa, Mari, tia Amelie é muito doce, mil vezes melhor do que meu pai, com quem eu vivi a vida inteira.

Um grande peso foi tirado das minhas costas, sabe eu quem comecei com a acusação de Gabriel, eu sei que foi a decisão certa para Paris, mas as vezes me pergunto se Adrien me culpa por estragar a adolescência dele.

-E pode me perguntar qualquer coisa, Marinette.- ele vem mais perto e começa um beijo suave, tirando o braço do meu ombro para alcançar meu rosto com as mãos, o beijo vai se movendo até o lóbulo da minha orelha, onde ele sussurra de leve.- Melhor ir se preparando pois temos 30 minutos até a entrevista, princesa.

Sorrio quando ele deixa um último beijo na minha bochecha e se levanta fazendo uma reverência ao sair pela porta do quarto. Com seu pai na prisão ele tem passado todas as tardes em casa, agora ele finalmente tem a liberdade de vir aqui quando quer e tem tirado bom proveito disso.

Não tem muito como eu me arrumar para a entrevista já que eu vou de Ladybug, mas eu tinha alguns planos de respostas de acordo com o tema da pergunta da Nadia, coisas como "Não posso compartilhar tudo sobre, mas garanto aos parisienses que tudo foi feito na medida do possível!" ou "Isso vai com experiências da minha vida civil e você sabe que identidade é muito difícil de ser dita assim..." e blá, blá, blá.

Meu celular vibra com o nome de Alya no visor.

-Mari! Lila está nesse momento na minha casa reclamando que não consegue fazer a entrevista porque...- a sua voz distancia do celular aos poucos.- Porque mesmo? Ah sim ela disse que a família está insistindo em uma viagem de última hora e eles vão sair em 20 minutos.

Ouço uma movimentação e a voz da Lila fica mais clara no meu ouvido.

-Me dá esse telefone. Mari, meus pais acabaram de avisar sobre ir para a cidade dos meus avós nesse final de semana e eu tentei pedir para passar na sua casa mas eles disseram que era muito longe, ia tentar ir até a casa da tia do Adrien mas agora ele praticamente vive na sua casa então lembrei da Alya. Enfim, eu não sei o que fazer!

-Calma, mas porque não ligou diretamente para mim?

-A família Rossi tem uma restrição sobre celulares em viagens, principalmente em viagens para visitar os parentes.

-Tem certeza que não pode dizer que tinha um trabalho para terminar na minha casa agora?

-Ás sete horas da noite? Me diz que ser humano faz um trabalho em grupo na casa de amigos essa hora?

-Ok tem razão isso é um problema.- tiro alguns segundos para pensar mas suspiro sem nenhuma solução.- E o que vamos fazer?

-Que tal uma ilusão minha que fica no carro enquanto eu fico na entrevista?- ela diz como se tivesse acabado de descobrir a América.

-Mas e se você precisar responder algo para seus pais? Ou até mesmo e se alguém sem querer esbarrar na ilusão?

Um silêncio é aparente de ambos os lados da chamada, até que uma ideia magicamente aparece na minha mente.

-Lila, coloca a ligação em viva-voz.- ela diz que sim com um "uhum" e consigo escutar mais ruídos do que antes.- Alya, você não se importaria em ser uma heroína por um dia não é?

Uma agitação e alguns gritinhos respondem a minha pergunta.

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-Caramba como isso é apertado!

-Imagina lutar nesse uniforme, é o puro inferno!- Chat, eu e "Rena Rouge" (o nome que Alya escolheu para substituir Volpina) estávamos pulando pelos telhados até o estúdio da Nadia.

-Como se adaptou tão rápido a pular sob os prédios?- Alya parecia fazer isso há anos com a facilidade que se movimentava.

-Ah por favor, gravei e assisti todas as lutas que vocês tiveram, eu sou profissional nisso.

Causou uma gargalhada em todos enquanto lembrávamos dela comentando tudo sobre cada luta, o Ladyblog teve por fim uma utilidade muito importante, nunca pensei que fosse dizer isso  mas tenho que admitir.




Apenas Uma Noite (parte dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora