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Payton

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Payton

Lilith saiu já faz um bom tempo, já levei diversos baldes de água com cubos de gelo no rosto e corpo.

Lúcifer: bom dia Moormeier - ele aparece com um sorriso maléfico nos lábios e eu o ignoro

Desvio o olhar para o teto escuro cheio de teias de aranha soltando um suspiro.

Lúcifer: eu disse bom dia! - ele diz seco

E eu ignorei - digo encarando a aranha fazer sua humilde teia.

Lúcifer: Lilith te defendeu ontem mas acredite ou não, ela não vai fazer isso sempre. Ela não vai estar aqui todas as vezes - ele diz e eu suspiro

Ta- digo fingindo não dar importância

Lúcifer: ela te soltou ontem?

Pergunta a ela, se é sobre ela a melhor pessoa pra responder é ela mesma  - debocho e Lúcifer me lança um olhar mortífero

Lúcifer: você viu a Agnes ontem não é?!

Talvez - dou de ombros sorrindo de canto - sua filha é gostosa pra caralho viu Lulu

Lúcifer: idiota - ele me acerta um soco no rosto e eu rio debochando - me fala sobre seu pai!

Nunca - digo seco

Lúcifer: quer ficar sem comer? - ele diz e eu engulo seco - você que sabe, ou responde e come ou passe fome

Segunda opção - digo olhando nos olhos do homem que sorri de canto mostrando sua presa afiada

Sua mão vai até meu maxilar começando a dar tapas que aumentavam a força cada vez mais me fazendo virar o rosto e sentir a ardência da palma da sua mão contra a minha bochecha.

Seus dedos prendem meu queixo com força apertando minhas bochechas uma contra a outra fazendo meus olhos marejarem pelo incômodo.

Lúcifer: responde logo! - ele diz e eu fico calado recebendo um soco no nariz

Lúcifer se afasta e um homem de terno lhe entrega uma sopa. O mesmo coloca o prato fundo no chão e estrala os dedos soltando meus pulsos logo prendendo os mesmos atrás das minhas costas.

Lúcifer: coma - ele diz e eu nego - C O M A!

Eu não vou comer assim! Não sou um animal, sou como você. Você não come assim - digo olhando o prato fundo no chão e Lúcifer ri sarcástico

Lúcifer: você nunca será como eu Moormeier, a uma grande diferença entre um homem e um moleque - ele diz com nojo me olhando de cima a baixo

Eu nunca serei como você, sabe por que concordo com isso? - digo e Lúcifer ergue uma sobrancelha cruzando os braços estufando seu peitoral para frente com um ar de deboche

Lúcifer: fale - ele diz desafiador

Eu nunca serei como você porque terei as coisas por mérito próprio e não por ser podre e sujo pegando as coisas dos outros para se sentir melhor ou superior do que alguém - cuspo as palavras em seu rosto que ri sarcástico

Lúcifer: me poupe Moormeier sua índole não é dessa forma justa, ambos sabem disso - ele diz despreocupado pegando um cigarro em seu bolso acendendo o mesmo com a ponta do seu dedo indicador  - quer?

Não - digo sério e Lúcifer sorri maléfico soltando a fumaça fraca

Lúcifer faz aparecer uma cadeira de ferro negra atrás de si. Ele senta na mesma cruzando suas pernas com deboche fumando seu cigarro fedorento. Apenas com o movimento da mão direita o prato fundo cheio de sopa veio parar enfrente aos meus pés sem derramar uma gota de quer.

Lúcifer: coma! - ele ordena e eu finjo não ouvir - COMA ESSA MERDA PAYTON! - ele diz bravo soltando a fumaça

Eu disse não! - digo sério e Lúcifer faz com que o prato flutuasse e eu sentisse como se alguém me enforcasse

O prato fica da altura do meu rosto e o líquido quente é jogado no mesmo me fazendo fechar os olhos com força. Não conseguia mover meu pescoço, eu sentia como se tivesse alguém pisando na minha garganta. Me deixando sem ar.

Sinto o líquido escorrer pelo meu rosto descendo pelo meu pescoço peitoral e abdômen me deixando todo melado. A sensação de enforcamento aumenta cada vez mais. E eu não podia fazer nada.

Lúcifer é muito mais forte que eu, se eu tentasse lhe fazer mal eu receberia em dobro e além do mais, por  algum motivo me sinto fraco aqui.

O mais velho gargalha alto tirando meus pés do chão logo soltando meu corpo com tudo no mesmo. Sinto a sensação de enforcamento passar e meu corpo ficar dolorido.

Abro meus olhos com dificuldade por conta da sopa e olho Lúcifer que sorria maléfico estralando seus dedos me prendendo contra a parede.

Lúcifer: tenha um bom dia Moormeier - ele diz e logo depois desaparece em meio a uma fumaça negra

Mordo meu lábio inferior e olho pra cima tentando buscar forças para não chorar.

Ouço passos vindo na minha direção e logo os gelos e a água fria caírem sobre mim. Sinto um choque térmico mas logo passa assim que meu calor me esquenta.

Eu estou com fome, mas não iria comer como um animal.

Agnes

Eu e minha mãe estamos nos aproximando, devagar. Mas estamos.

Ela é uma mulher forte, tenho orgulho de dizer que fui gerada naquele ventre.

Ela está me ensinando alguns truques com meus poderes. Descobri que tenho asas. Mas não são de plumas como as do Payton.

Lilith: você tem que mentalizar antes de sair batendo as asas por aí - ela diz sentada na ponta da minha cama enquanto eu me olho nos espelho vendo minhas asas

Minhas asas são frias, negras e parecem como a de um dragão. Eu amei elas, mas ao mesmo tempo não acho que ser uma demonia é o que eu quero pra mim.

Como são as suas asas? - digo me virando para a mais velha

Lilith: não tenho asas - ela diz simples

Você usa feitiços ou seus poderes próprios? - questiono curiosa escondendo minhas asas

Lilith: eu sou uma demônia por escolha Agnes, no fundo eu sou uma humana. Aprendi feitiços, me tornei uma feiticeira pelo seu pai. Larguei minha vida, minha família, minha faculdade, tudo para me tornar algo obscuro. Um demônio - ela diz e eu suspiro

Então você é uma demônia feiticeira? - questiono e minha mãe sorri maléfica

Lilith: e é isso que você vai ser, se quiser é claro

Lilith: e é isso que você vai ser, se quiser é claro

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𝐇.𝐄.𝐋.𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora