OU ENTÃO NENHUMA

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✅POSTADO NO SPIRIT✅

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CAPÍTULO ÚNICO: OU ENTÃO NENHUM

Kim Taehyung trabalhava como Morte desde os seus doze anos — e já fazia bastante tempo desde essa época. Não era um emprego de sonho e obviamente, não recebia um salário. Era como aquele famoso ditado: "Vamo fazê o quê?". Era algo que passava de geração em geração, percebem? Ele não tinha escolha!

Seu bisavô, por exemplo, fora fadado a trabalhar com aquilo antes mesmo do Big Bang acontecer. Seu avô fora outro no ramo — isso, até extinguir todos os dinossauros à face da terra num ato impensado de fúria; o pobre coitado tinha acabado de perder uma aposta, então, por favor, relevem... Os Kim's não eram lá grande coisa no quesito controlar suas emoções.

Seu pai, por exemplo, gostara tanto do trabalho que quando seu primogênito completou quinze anos, foi logo empurrando as tarefas para cima dele. O que todos desconheciam era o fato de que Kim Seokjin era graduado, mestrado, doutorado — e todos os "ados" possíveis e impossíveis — nas artes do "empurrar o trabalho pra cima dos outros". Era quase como um talento genético. Herdado de sangue para sangue. Kim Seokjin era um verdadeiro gênio e como o todo e bom gênio faria na situação dele, manipulou a tudo e todos, convencendo-os que Kim Taehyung seria a melhor escolha.

Como é óbvio: meter um moleque meio doido das ideias — este que, na época, acreditava fielmente na existência de coelhos na lua — passava bem longe do critério boa ideia "barra" ótima escolha. Pior que não foi mesmo, pelo menos, não no início. Afinal, Taehyung continuaria sendo o único Kim que conseguira o lendário feito de alterar o DNA de 40% da espécie humana durante uma única e mísera crise existencial.

Poxa! O guri não tinha nem passado pela puberdade.

Mas, porém, todavia, contudo e continuando...

Como em todos os trabalhos existentes à face da terra, do universo, do infinito e mais além. O trabalho de Taehyung tinha os seus pesares — como todos os trabalhos também tinham — e esses incluíam sempre: almas que imploravam pelas suas vidas ou então, aqueles que tentavam negociar consigo. Humpf! Como se jujuba e achocolatado fosse uma boa moeda de troca para quebrar as leias da natureza e o ciclo da vida. Chegava até a gargalhar da insignificância de tais clemências.

Todavia lá no topo da lista, como o campeão dos defeitos de trabalhar como morte — ceifador ou o caralho à quatro — os que reinavam eram os gatos. Gatos de todos os tipos, tamanhos, cores e humores; incluindo híbridos de tal espécie. Céus! Kim chegava até a ficar com dor de cabeça ao pensar naqueles mamíferos irritantes.

Aish!

Não era novidade — pelo menos, para os que o conheciam — que Kim Taehyung odiava gatos. Todos os Kim odiavam! Era como uma lei que a "família morte" detestasse felinos e eles tinham as suas razões mais do que bem justificadas. Não passavam de projetinhos do demônio que  apenas sabiam atrapalhar o trabalho dos outros. Argh! Detestava-os com todas as suas forças — e mais algumas — aqueles animaizinhos irritadiços e, por vezes, manhosos, como se já não bastasse as bolas de pelo que largavam por aí sempre que o Kim tentava ir buscar a alma de um. Céus, como os odiava! Era incrível o modo como apenas eles e só eles, o tentavam burlar e enganar com a estória das setes vidas e estava a ponto de ter um derrame só de pensar em um.

E como é claro, entre todos eles — mais conhecido como o cúmulo da irritação de Kim Taehyung —  existia Min Yoongi, o híbrido prepotente e mal educado — da casa 66 que alegava com todas as forças ter nove vidas.

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⏰ Última atualização: Mar 15, 2021 ⏰

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