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Quarta-feira

E graças ao bom pai consegui chegar cedo Rio tenho como descansar e ir ao jogo essa noite ver o Mengão.
Quando cheguei em casa foi uma alegria só, entre Cláudia e Chico, eu não sabia quem estava mais feliz pela minha volta, abracei os dois mas foi coisa rápida porque eu precisava de um banho, assim o fiz e voltei na cozinha só pra comer alguma coisa, peguei meu loirinho e fui para o quarto dormir um pouquinho com ele.

- Ai filho, mamãe sentiu tanta saudade de você - disse apertando ele.

O jeitinho como ele me olhava era surreal, coloquei uma musiquinha, liguei o despertador e dormir.
Acordei assustada com o barulho e fui logo separar roupa, sapato e etc... Fui o banheiro e fiquei uns 20 minutos na banheira, depois lavei meu cabelo e voltei para o quarto, fiz uma maquiagem básica e fiz uma babyliss no cabelo.
Peguei minha carteira, celular e chaves e fui para o carro, antes passei na casa do Everton pra buscar a Marília, quando eu estava quase chegando mandei mensagem para ela me esperar lá na frente.

- Olha que moça obediente - disse dando um abraço de lado nela - Que saudades de você.

- Hanram - disse - Tu briga com o Everton e quem paga o pato sou eu.

- Deixa de ser dramática, cadê o meu neném ?

- Deixei ele com a mamãe.

Dei partida e fomos rumo ao Maracanã, estacionei o carro e peguei minha identificação de familiar, fomos para a área da família e todas as meninas estavam lá, quando elas me viram vieram logo falar comigo.

- Menina como tu some assim sem dar nenhuma explicação? - disse Bruninha.

- Ai gente, eu precisava sumir um pouquinho.

- Mas conta aí, se resolveu com o outrinho?
- Gisellen perguntou.

- Pior que sim, manas - disse - Vocês acreditam que o maluca foi atrás de mim em Cancún ?!

- Não acredito - disse Nina de boca aberta.

- Agora vaiiiii - disse a Marília.

- Não vejo a hora de vir um babygol - disse Bruninha - Já pensaram meninas, vai ser lindoo.

- Tá maluca Bruna ? Repreendido, quero não, obrigada.

Ficamos conversando até o árbitro apitar a partida, o primeiro tempo não foi muito bom os meninos estavam desligados, dava para perceber a inquietação da parte dos "líderes" e o estresse do J.J e para completar a situação abriram o placar, fim de primeiro tempo.
Eles saíram do campo de cabeça baixa e foram para o vestiário, as meninas e eu ficamos conversando sobre o desempenho deles nesse primeiro tempo, vimos os jogadores voltando para o gramado.

Nesse segundo tempo eles passaram muita segurança e foram atrás de fazer gol até que em belo passe de Bruno, Gabriel balançou a rede não me contive e pulei, nisso, a bola continuou rolando e Gabriel tentou fazer mais um, mas o goleiro agarrou ele passou as mãos no rosto que por sinal foi maravilhoso. Jogo vai e jogo vem, Arrascaeta fez o segundo gol e queríamos um terceiro, coisa que não demorou para acontecer e fim de jogo.

Os meninos saíram de campo e depois de algum tempo eu e as meninas descemos à caminho do vestiário, ficamos esperando por eles sentadas em uns banquinhos que tinham lá. Eles começaram a sair, assim que o Arrasca saiu eu corri para abraçá-lo.

- Meu amor - dei um beijo em seu rosto - Que golaço, eu tô orgulhosa hein.

- Gracias mi princesa, saudades de você - disse dando um beijo em cada bochecha.

- Pode ir soltando minha irmã - disse o Everton - A cota de parceiro de time entrando na minha família já esgotou.

- Tem una "excession"?

- Me ganhe Sr. Giorgian - disse Everton nos fazendo rir - Agora larga minha irmã que eu preciso abraça-lá.

- Tampinha eu morri de saudades de você - disse abraçando-o forte - Nunca mais fico tanto tempo sem falar com você.

- Também senti saudades, tampinha - continuou abraçado comigo - Tu tem que me levar em Cancún, só te digo isso.

- Não tenho dinheiro pra isso.

Ficamos mais um tempinho ali, até todos saírem do vestiário, Gabriel um dos últimos à sair e eu não sabia o que fazer, ele veio em nossa direção e falou com todas as meninas e na minha vez me deu um abraço e um beijinho na bochecha.

- Oi gatinha, senti saudades - disse me soltando.

- Sentiu saudades como garota, me viu um dia desses.

- Isso não é verdade - disse me dando um selinho.

- Mas já tá podendo dar beijinho ? - perguntou o Bruno surpreso - Cuidado com o anão de jardim, Gabriel.

- Ele já aceitou que eu faço parte da família dele.

- Faz é? - perguntou arqueando a sobrancelha - Quando tu pedir Mariana em namoro, aí sim eu deixo tu fazer parte.

- Aiii, vamos embora - disse chamando atenção deles - Tô cansada.

Nós já estávamos saindo do Maracanã quando Gabriel me pega no colo, pedi para ele me pôr no chão mas quem disse que ele fez isso, me levou até o estacionamento assim e quando chegou na frente do seu carro me colocou no chão, nos despedimos do povo e ficamos só os dois no estacionando.

- Bora lá pra casa ? - disse me encostando no carro dele.

- Eu não, vai tu lá pra casa.

- Vamô na minha gatinha , nunca foi lá.

- Ai Gabriel - fiz careta.

- Por favor.

- Tá bom, vamos lá em casa pra eu buscar uma roupa e deixar meu carro.

Fomos na minha casa cada um no seu carro, chegando lá estacionei o carro e entrei com Gabriel subimos para o meu quarto e fui direto no closet pegar umas roupas.
Arrumei minhas coisas e fui avisar Cláudia, dei um beijinho no Chico e saímos, deixei meu carro em casa se eu for sair Gabriel que me leve, não mandei me chamar pra dormir lá.

As Batidas de Nossos CoraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora