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Gabriel On

Mariana Sampaio Garcez Ribeiro o que essa mulher tá fazendo comigo, Gabriel Barbosa baladeiro, pegador e agora está aqui admirando uma menina que chegou um dias na minha vida. Mas é como dizem "não é o tempo e sim a pessoa", o jeito como ela me olha, como sorri pra mim é inexplicável só que isso me deixa com medo por ser diferente de tudo que já vivi nesses anos, o único relacionamento intenso que vivi foi com a Rafaella e não senti um porcento do que venho sentindo.
Sinto que posso ser eu mesmo, me sinto livre pra voar que eu volto sem precisar pegarem na minha mão e pedirem, eu só sei que nesse momento uns medos que eu tenho é de magoá-la, fazê-la sofrer, ela por ser "durona" acaba sendo frágil demais e o menor deslize possa fazer com que ela se desmonte inteira e caso eu faça isso vão vou me desculpar, por saber que ela está sentindo algo assim como eu e também por saber que o irmão dela mataria por ela, me pesa na consciência, mas eu sinto que é ela, é ela quem eu quero na minha vida.

Fiquei observando-a até cair no sono, durante a madrugada senti que ela estava agitada e quente, isso começou a me incomodar até que eu acordei.
Me sentei na cama sem fazer movimentos bruscos, liguei o abajur e toquei no pescoço dela vi que ela realmente estava quente e suando, para não deixá-la ficar mal resolvi acordá-la para dar um remédio, sei lá.

- Mariana - disse baixinho pegando em seu rosto.

- Oi, Gabi - disse ofegante.

- Acho que cê tá com febre, gatinha.

- Hãn ? Não, gatinho - disse - Eu tô com muito frio isso sim, vem deitar.

- Não, eu tenho certeza que cê não tá bem - disse se levantando - Vou ali pegar o termômetro pra gente ver isso.

- Não precisa - disse para mim.

Fui até o armário de remédio e peguei o termômetro e peguei água para ela, voltei para o quarto e ela estava sentada abraçando as pernas, coloquei o termômetro debaixo do braço dela e esperamos, quando vi a temperatura me assustei, pois, ela estava queimando em frente.

- Mariana, cê tá queimando, cara.

- Gabi, eu tô me sentindo um pouquinho mal.

- Quer ir no hospital ? - disse me sentando ao lado dela.

- Não, me dá um remédio que já já passa.

- Beleza, mas se não passar a gente vai no hospital e não adianta falar que não quer ir.

- Tá bom.

Busquei o remédio para ela e entreguei fazendo-a tomar todo e pense numa menina chata pra tomar remédio cara.
Deitei e fiz com que ela se ajeitasse no meu peito para ela descansar, coisa que não aconteceu já que ela estava inquieta demais, até falar que tá sentindo muita moleza no corpo e resolveu ir no banheiro lavar o rosto. Ela estava demorando então achei melhor ir ver se estava tudo bem, quando abri a porta ela estava sentada ao lado do vaso chorando, fui até a mesma e me agachei, segurei seu rosto à fazendo olhar para mim.

- O que minha gatinha ? Me diz o que cê tá sentindo pra eu poder tentar te ajudar.

- Eu não tô bem, Gabi - disse chorando - Meu corpo tá doendo, mole, sei lá.

- Vem, levanta - disse pegando em duas mãos - Bora trocar de roupa, vamos no hospital, cê não vai ficar passando mal aqui até de manhã não.

Fui no closet pegar uma roupa pra mim e pegar o vestido dela que estava na bolsa, ajudei ela se trocar e peguei minha carteira e a dela, passei no quarto do Fabinho para avisar ele que estava saindo pra depois ele não ficar pirando atrás de mim. Fomos no hospital da barra que é o mais próximo do meu condomínio, chegando lá não demorou para sermos atendidos a enfermeira veio nos chamar para fazer a triagem e levá-la até o médico.
Quando chegamos lá o Dr. começou às examiná-la e mandou chamar a enfermeira novamente, levaram Mariana para fazer uns exames e fiquei esperando ela voltar, uns 20 minutos depois ela voltou e ficou sentada comigo em uma salinha reservada pra não ter algazarra, o Dr. nós chamou novamente na sala dele e começou a ler os exames.

- Então dona Mariana, vendo aqui os seus exames consta que você está com malária.

- Ah não, Dr. - disse manhosa.

- É dona Mariana, mas não é nada que não podemos tratar - disse receitando uns antibióticos - Você vai tomar esses remédios certinhos de 12 em 12horas, nem um minuto há mais e nem há menos.

- Tá né, tenho que tomar mesmo.

Pegamos o receituário e saímos indo direto em uma farmácia 24horas, Mariana foi o caminho todo reclamando por causa dos remédios.

- Não quero tomar, Gabriel - disse - Não gosto de remédio.

- Mas cê não tem que gostar, cara é só tomar e se tu fica reclamando muito te deixo na minha casa até tu se recuperar.

Deixei ela no carro e fui comprar os remédios, olha, se pagar os luxos que a Mariana tá acostumada for igual o preço desses antibióticos ai de mim se não marcar gol. Entrando no carro fui logo abrindo a caixinha e a garrafinha para ela tomar a primeira pílula.
Voltamos para casa já era por volta de umas 4horas, trocamos de roupa e nos deitamos, não deu nem tempo de dar boa noite, pois, ela já estava dormindo quando eu voltei.

Ai, essa menina tá me fazendo cuidar dela, onde que eu me imaginei assim, pelo menos na minha cabeça ia ser só uma ficada e olha como eu tô agora, ô senhor porque fizestes isso comigo hein, logo agora que eu não queria nada sério com ninguém, queria só curtir mas pelo visto vou ter que cancelar esse rolê.

As Batidas de Nossos CoraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora