6 - Um outro amanhã

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Assim que pisou os pés em casa quase caiu de cara no chão. S/N mal conseguiu abrir a porta, isso demorou 20 minutos até ser feito corretamente.

Confessaria que não havia apenas bebido, mas mal lembrava o que estava fazendo em casa ou como chegou ali. Havia aceitado algumas drogas de uma garota que havia pedido para ficar com a mesma, que não recusou em momento algum.

— Oh, você chegou? Não avisou que demoraria um di- — Keigo te olhou bem, deu um analisada e suspirou indo na sua direção. — O que você usou? S/N você lembra quem eu sou?

— Um cara bem gostoso que tá na minha sala de estar? — Disse dando um sorriso preguiçoso. — Vem cá você é solteiro?

Passou os braços ao redor do pescoço do homem que corou um pouco. Ele te ajudou a caminhar até o seu quarto, tirando seus sapatos e o terno apertado juntamente com a gravata que já estava frouxa. Pegou um copo de água e um remédio para te ajudar a ficar sóbria, colocando em cima do criado mudo.

— Consegue se lembra o que aconteceu? — Você encarava o teto com uma expressão completamente indescritível, era uma mistura de tédio com um vazio inexplicável.

— Eu disse sim.

— O que?

— Eu disse sim. Você ficou nervoso e não deixou eu tocar elas, então eu te apaguei. — O loiro demorou para tentar entender que você falava sobre a noite anterior. Ele corou imediatamente. — Queria ter tocado nelas, parecem ser macias...

— Você pode tocar nelas...

— Ha... nem parece o Hawks que eu via todo dia com um sorriso cínico e... dando em cima de todo mundo... — Disse de forma lenta, enquanto o moreno te encarava. A feição dele foi de envergonhada para triste.

— Não sabia que pensava isso de mim...

— Não penso. Sei o que você sente... Você é mais transparente do que imagina... Sr.Bonitinho.

Você se sentou e bebeu a água que estava no criado mudo a sua esquerda. Depois de secar o copo e tomar um comprimido seu olhar e o do loiro se encontraram, ficaram se olhando por um bom tempo.

Ele não sabia distinguir se você estava sóbria, quase ou ainda sob o efeito do álcool e das drogas.

— Você pode tocar nelas... só... faça devagar. — Ele desviou o olhar, mas assim que voltou pra você viu um brilho em seus olhos. Ele quase morreu por ver você com um olharzinho esperançoso, foi ai que ele soube que você não estava sóbria.

Você esticou sua mão dominante em direção a uma das asas dele, assim que a tocou elas se mexeram levemente fazendo você sorrir. Sentindo a textura macia das penas em sua mão, você ficou fascinada com aquilo continuando a passar à mão por toda a extensão grande, macia e vermelha.

— São lindas...

— O...obrigado — Disse quase num sussurro.

— Não... elas são realmente lindas...

Vocês se encararam novamente e sem perceber começaram a se aproximar. Hawks não sabia o que estava fazendo seu corpo apenas se moveu sem sua permissão, o mesmo com você.

Sem muita paciência você apenas puxou a camiseta do garoto colando ambos os lábios.

Assim que seus lábios se encontraram, você sentiu um choque de eletricidade percorrer seu corpo, você não sabia explicar mas parecia que o vazio dentro de você tinha se completado.

Hawks te afastou segundos depois.

— Não... não quero que esteja inconsciente dos seus atos. Quero que tenha certeza do que está fazendo.

𝐎𝐍 𝐌𝐘 𝐖𝐀𝐘 - HawksOnde histórias criam vida. Descubra agora