5 - Uma viagem a lugar nenhum.

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" — Hawks, eu posso tocar nelas?"

Acordou com um susto. Olhou para os lados mas não viu ninguém por perto, só viu um notebook fechado a sua frente juntamente com um pouco de fumaça que saía de um incenso que estava aceso, o cheiro de canela preencheu as narinas do loiro, que deu uma suspirada e se levantou para tomar água.

Depois de ficar um bom tempo parado olhando para o nada com o copo em suas mãos, o mesmo soltou um suspiro longo seguido de um sorriso triste.

"Então era um sonho... está acontecendo de novo"

Sentiu seu peito de apertar um pouco, porque por mais que fosse difícil de dizer ele queria que o sonho tivesse sido real. Gostaria de ter realmente ter se aproximado da garota, queria poder conversar mais com ela, ver ela chapada, poder dizer sim pra aquela droga de pergunta.

Escutou um barulho vindo do corredor, logo seguido de uma silhueta familiar que estava parada de frente ao espelho arrumando o cabelo.

— O que está fazendo? São cinco da manhã, você deveria estar dormindo! — A olhou meio surpreso por ver a (alta, média, baixa) com roupas elegantes.

Ela vestia uma calça preta seguida de uma blusa social branca juntamente com uma gravata preta e um terno preto. Olhou para baixa vendo os saltos médios da garota na cor preta. Ela estava linda.

— Trabalho. Preciso estar em Tóquio as seis em ponto. Tenho uma reunião que vai durar até as uma provavelmente... — Suspirou cansada depois de acabar de pentear os cabelos (cor do seu cabelo) — Diz pro Yuki que eu deixei meu cartão em cima da cômoda, caso queiram pedir algo pra comer. Ele sabe a senha.

Viu o garoto assentir depois de longos 20 segundos a encarando.

— Ah, e nada de fast-food! O médico disse que ele não pode comer nada desse tipo por enquanto! — Disse assim que estava na porta, respirou fundo e tratou de por o seu melhor sorriso no rosto e abriu a porta indo embora.

Keigo ficou parada enquanto a imagem da garota de terno não saía de sua cabeça. De repente sentiu algo, logo olhando pra baixo.

— Ah puta merda!

30 minutos depois na estação de trem.

S/N se sentia completamente cansada, mas tinha que cumprir com seu trabalho. Afinal, foi o combinado certo?

A garota olhava para a janela, encarando a paisagem completamente perdida nos seus próprios pensamentos. Pensava se algum dia ela realmente encontraria a felicidade, pensava se algum dia poderia sair na rua sem ter que trabalhar, pensava se algum dia poderia viver a vida como ela deveria ser vivida.

Ela sempre acreditou na frase "viva seus dias como se fossem seus últimos", ela sonhava acordada com várias coisa que sempre sonhou em fazer, tais coisas como nadar com peixes, pular de bungee jump, ir a praia com os amigos, ver o por do sol, presenciar uma aurora boreal, contar as estrelas, ver o sol nascer, ler todos os livros que sempre quis sobre diversos temas e talvez, apenas talvez, encontrar a pessoa que faria sua vida ainda mais feliz.

Ela apenas gostaria de ser alguém livre, alguém que possa voar pelo o horizonte sem se preocupar com o amanhã, alguém merece ser feliz.

Mas infelizmente seus desejos foram esmagados pelos seus próprios pais, as pessoas que a deram a vida. Quando disse que iria a Tóquio a trabalho, a garota não mentiu, apenas não disse que o seu trabalho era com seus pais.

Colocou seus fones de ouvido e dando play na sua playlist na qual logo uma melodia começou a preencher os ouvidos da garota.

SugarCrash!

Soltou um riso nasal por conta da "ironia do destino" e apenas continuou a escutara música.

"Everything i do is wrong"

Aparentemente o destino queria mostrar algo pra garota.

"Cept for when i hit the bong"

"Feel good"

"Feeling shitty in my bed"

"Didn't take my fuckin' meds"

Sem perceber muito uma lágrima solitária desceu pela bochecha da (maior, média, menor).

"Hyperpop up in my ears Everything just disappears"

"Don't wanna be someone else"

"Just don't wanna hate my self"

"I juss don't wanna hate my self"

"Instead i wanna feel good"

Tirou rapidamente os fones de ouvido, não gostou do sentimento que apertava seu peito. Apenas limpou seu rosto e desceu do trem assim que ele parou.

Começou a andar em direção ao prédio na qual o seus pais haviam marcado a reunião. Enquanto caminhava, retirou um espelho de sua bolsa retocando um pouco da maquiagem que havia feito, em seguida dando seus melhores sorrisos para parecer mais simpática.

Aqui vamos nós.

Respirou fundo adentrando a sala, dando bom dia a todos que estavam ali presentes, olhou para seus pais que tinham a feição seria, não pareciam nem um pouco interessados na garota.

Depois de uma longa discussão de quase 3 horas, ela conseguiu 4 parcerias que definitivamente fariam a empresa crescer sem parar.

— Obrigado por virem senhores! S/N querida, poderia ficar aqui mais um pouco? — A Sra. Yamazaki perguntou, dando seu melhor sorriso.

A garota apenas assentiu vendo todos os homens saírem da sala, respirou fundo e a trancou. Assim que se virou um tapa forte e ardido foi desferido em seu rosto, por conta dos anéis e da força bruta, resultou em uma pequeno corte em sua bochecha.

— Sinceramente, você é realmente uma vadia. Está abrigando um herói dentro da sua casa?! Você perdeu a cabeça?! Agora vai transar com qualquer cara que você ver na sua frente? Acha que eu não vi você dando em cima do Sr.Ryokishi?! Você quer mesmo virar uma vadiazinha, S/N?! — S/N não tinha palavras, apenas engoliu o nó que se formava em sua garganta e olhou para frente — ME RESPONDA QUANDO E FALAR COM VOCÊ! — Novamente outro tapa.

— Não senhora...

— Querida, não perca seu tempo com... essa garota. Vamos embora! — Ambos saíram da sala a deixando ali.

Sem demora a garota pegou suas coisas e saiu rapidamente do prédio. Ela precisava beber, precisava fumar e beber até não lembrar quem era.

Ela precisava de ajuda o quanto antes.

                                Continua....

o próximo capítulo vai ser bem interessante ksjdodjdo to trabalhando nele já🙈  espero q vcs tenham gostado!!

𝐎𝐍 𝐌𝐘 𝐖𝐀𝐘 - HawksOnde histórias criam vida. Descubra agora