invasão de privacidade

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Luana Specter point of view ________________________________________

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Luana Specter point of view
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Eu sinto todo seu corpo vibrar numa risada enquanto corremos, nossas mãos entrelaçadas e seus pés alguns passos à frente dos meus.

O céu está mais calmo acima de nós, sem mais trovões ou relâmpagos a cada minuto. Eu até posso ver a lua, pouco brilhosa pelas nuvens. Arthur parou assim que chegou na parte de trás do edifício em que estávamos anteriormente.

- porque isso parece algo errado? - eu pergunto baixinho, a ansiedade brotando dos meus pés.

Ele se junta mais a mim com um sorriso bobo no rosto, olhando ao redor.

- talvez seja invasão de privacidade - ele ajeita meu colete com um ar arteiro ao levantar os olhos - vale a pena.

- droga, Arthur - eu resmundo, mas apesar do meu tom de voz duro meu sorriso gigante e os olhos brilhando dizem totalmente ao contrário - onde você está nos metendo?

- você vai ver, minha querida, é incrível.

Eu já não tenho mais preocupações ou coisas do tipo com ele me chamando de minha querida, como se uma simples palavra pudesse mudar meu coração.

Seus dedos apertaram mais os meus e eu me agarrei com a outra mão ao seu braço, coberto pelo pano do terno preto e brilhoso que ele usava. Ele moveu a cabeça de um lado para o outro, inspecionando o local a nossa volta, antes de virar à direita e abrir um portão simples de madeira.

Seus pés voltaram a correr e eu tive que acompanhá-lo, por que, àquela altura, eu não queria mais ficar para trás.

Ao passar pela porta eu pude ver um jardim que se estendia em quase uns noventa metros. Os muros baixos, na altura da minha cintura, cobertos por raízes e outras plantas me permitiu ver todo o outro lado e a vista em minha frente me deixou impressionada.

Milhares e milhares de flores, árvores e plantas. Uma casinha pequena e simples, feita de madeira bruta e pedra, era vista no fundo do jardim, se escondendo diante daquela maravilha que o era. Um lago límpido, que separava o jardim de flores com a pequena floresta de árvores altas, era ocupado por alguns patos e gansos.

Alguns passos à frente de mim, algumas flores já eram vistas; jasmins, margaridas, girassóis, rosas, madressilvas, tulipas e tantas outras várias flores que eu pude identificar em sua maioria. O cheiro de todas elas misturadas era nalseante, porém gostoso o suficiente para que eu pudesse inspirar mais fundo para sentir.

A grama molhada debaixo dos meus tênis me fizeram dar alguns passos para frente, passando pelo caminho de pedra entre as flores. Arthur me dá um puxão atrás de mim, o caminho feito só para uma pessoa.

Seu rosto se afunda na curva do meu pescoço, sorrindo de orelha à orelha. Ele se afastou por um instante, apenas para destribuir mais beijos por toda a extensão e me virar para encontrar minha boca.

𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐝𝐢𝐩𝐢𝐭𝐲 - 𝐋𝐎𝐔𝐃 𝐓𝐇𝐔𝐑𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora