Chocolate Willi Wonka.

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Luana point view

As memórias são para mim como páginas de um livro que li à poucos minutos. Me lembro de quando e como nos conhecemos, e me lembro de como paramos de nos conhecer, mas isso é assunto para outra hora. Eu havia acabado de cometer uma pequena burrice, então vamos para essa parte da história.

Garota idiota. Idiota, idiota e idiota!

Minhas mãos trêmulas foram até minha cômoda pegando o potinho de ar para poder respirar sem ataques. Inspirei qualquer coisa que estivesse ali dentro e talvez falte nos meus pulmões. Tentei miseravelmente parar de ficar nervosa pelo ocorrido anterior.

Era impossível.


Era o meu primeiro dia naquela casa, onde fui convidada à participar pelo próprio play hard, e eu já havia quebrado alguma regra insistente mas essencial para a convivência na casa como um todo.

Mas não era algo que eu podia ter controlado, não era como se eu tivesse feito aquilo. Não tive a mínima culpa.

Não posso negar ou omitir uma coisa que é quase normal para a maioria das fãs que a loud tem: eu tinha uma queda por thurzin. Era algo que não passava das câmeras, claro, eu nem mesmo tinha conversado com ele ou conhecido seu verdadeiro eu — entenda que eu não iria conhecer tão cedo — ou ao menos saber como ele era.

E agora estava ali, conhecendo Arthur com meus olhos e talvez, não era como o esperado. Ele não era o príncipe no cavalo branco ou o homem mais perfeito de toda terra. Era só um garotinho.

Antes de ir para a casa fiz uma promessa a mim mesma e a todos meus antepassados que eu não iria agir como uma louca fanática apaixonada. Eu não iria me rebaixar a esse nível.

Mas vejam só, me rebaixei. Valeu, pode aplaudir agora

No momento seguinte ao que eu estava tentando me concentrar e arrumar meu quarto — tenho certeza que milhares de pensamentos sobre ele rodeiam minha cabeça naquele momento — alguém bate na porta me fazendo pulsar pelo susto.

Murmurei um entra quase inaudível antes de ter visto bávara passos abrir minha porta.

Tive a estranha sensação de que a vida não parece real. Talvez não fosse mesmo, pois babi entrar no meu quarto na loud não parecia exatamente normal. Ou talvez parecesse que a vida era justamente isso; real. Eu estava onde deveria estar.

Você tem que agir normalmente, você tem que agir normalmente. Meu subconsiente me alertou mas eu me lembrei de outra pequena coisa

EU NÃO ERA NORMAL.

— hey, Bárbara, fica à vontade. Posso te ajudar? — teria sido perfeito se meu sorriso não tivesse saido que nem o de um piscopata

Se ela reparou, não demostrou.

— só vim saber se você quer ajuda com alguma coisa, pitica — o apelido que ela me deu na época não parecia muito apropriado para alguém menor que eu chamar.

— bom, eu preciso mas... — gesticulei para mim, pro alto da estante, pros livros nas 4 caixas ao meu lado e depois pra ela.

𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐝𝐢𝐩𝐢𝐭𝐲 - 𝐋𝐎𝐔𝐃 𝐓𝐇𝐔𝐑𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora