o universo era infinito e eles também

752 55 22
                                    

foi um dia cansativo. as tantas risadas, conversas, beijos e caminhadas cobraram seu preço no final das contas.

foi um dia incrível. as tantas risadas, conversas beijos e caminhadas valeram a pena no final das contas. 

era fevereiro outra vez... o calor aconchegante do fim de madrugada de verão no rio de janeiro, os pés jogados para fora da cama, os mindinhos dados, sendo o único contato que o calor permitiria, o barulho repetitivo do ventilador da simples pousada, o cheiro de maresia sendo trago com o vento, comumente com seu som, as respirações calminhas e sincronizadas e, principalmente, amor vívido entre duas almas.

era fevereiro outra vez, entretanto três anos mais tarde. eles ainda se lembravam com clareza da quase-invasão que resultou em um singelo pedido de namoro, claro que lembravam. é por isso que estavam aqui, afinal, viajando por quase três meses com a tão adorada estrela, a kombi que o casal comprou junto antes dessa viagem. foram quase três meses totalmente desligados do mundo exterior. 

eles não poderiam estar mais felizes.

adoravam o trabalho que tinham em conjunto, mas depois de conversarem por algumas semanas com playhard, eles decidiram tirar um tempo para si, afinal, arthur esteve na loud desde os treze anos, e agora, já estava com vinte e nesses seis anos nunca havia tirado férias prolongadas. eles não tinham um prazo para voltarem, então foi estipulado mentalmente pelo menos um ano para o casal.

o relógio na parede de madeira escura da pequena suíte marcava quatro e vinte da manhã e arthur não consiguia conter o sorriso de aparecer no canto dos lábios ao contemplar aquele majestoso momento em que ele pode ver sua amada dormir. ele tinha mesmo o hábito de acordar entre as tantas horas para observar luana repousar com o rosto sereno e inchados entretanto, hoje ele acordou com outros fins em mente. seus lábios percorreram por toda a face dela e seu corpo se moveu lentamente até estar completamente por cima dela; suas mãos esguias acariciando seu rosto e ajeitando fios de cabelos crespos que grudaram por conta do suor. um resmungo saiu baixinho dos lábios grossos da menor e uma curta risada saiu dos lábios do mais novo. 

beijos e mais beijinhos eram depositados em luana para que ela despertasse, e não que ela não estivesse, mas adorava receber carinho de arthur. 

━ vamos, querida...━ sussurrou no pé do ouvida da garota, levando uma corrente de energia e arrepios para a mesma ━ eu sei que você está acordada

━ o que é, caralho? ━ arthur sorriu em resposta, pois viu a viu apertar os lábios para confidenciar o sorriso que queria sair. ela adorava acordar assim

alguns minutos de chamego mais tarde, eles já estavam de pé e arrumados para o que quer que arthur planejasse fazer. luana contava sobre o sonho maluco que tivera enquanto arthur ouvia tudo atentamente, ao entrelaçar de mãos, eles tiveram a impressão de que só havia eles no mundo inteiro e, de fato, não tinham muitas pessoas na praia do farol ás cinco da manhã de uma terça-feira. eles andavam com os pés descalços na areia fria da praia, em contraste com seus corpos quentes. o dia já estava nascendo e a coloração azul intenso já se fazia presente no céu acima de suas cabeças. 

águas claras, céu azul, pé na areia, mentes vazias e coração cheio. eles eram uma só alma em conjunto com a natureza e o amor desses dois jovens parecia mais forte que tudo agora. eles nem imaginavam o que fariam se perdessem um ao outro, não.  

━ supondo que eu te perguntasse se você quer ter um filho comigo... qual seria a sua resposta? ━ arthur balançou seus braços exageradamente, os fazendo ir para trás e para frente em completa ansiedade. não era de hoje que essa ideia sondava seus pensamento ━ assim, só supondo, querida.

𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐝𝐢𝐩𝐢𝐭𝐲 - 𝐋𝐎𝐔𝐃 𝐓𝐇𝐔𝐑𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora