Se pudesse mesmo,
ela ficaria para sempre,
com o cheiro dele em si.Acordou mais disposta que o normal, os jogos internos se iniciariam hoje, e Sakura estava doida para correr e queimar calorias - não que realmente precisasse, mas sua cabeça lhe dizia que sim. Estava ansiosa, escolheu com cuidado suas roupas de ginástica e amarrou os cabelos em um rabo de cavalo bem apertado. Logo em seguida, pegou sua mochila e saiu de seu quarto, indo rumo à cozinha. Hinata a esperou pacientemente, vendo-a tomar café da manhã, "muito pouco para alguém que vai mexer as pernas", dizia Hinata enquanto iam em direção a parada de ônibus, Sakura sabia disso, mas não ligava, já até se acostumara.
Era uma caminhada de uns 5 minutos da parada na qual desceram até a escola, Hinata caminhava lentamente, evitando olhar para o rosto das pessoas na rua, era realmente tímida. Mas Sakura avistou um carro preto parado do outro lado da rua, com películas negras que tornavam incapaz de ver quem estava lá dentro, exceto pelo rosto do motorista, que havia deixado sua janela aberta.
- Se prepara pra correr, Hina - falou Sakura sem parar de olhar pro carro. - to vendo um caro muito suspeito, vai que querem nos sequestrar.
- Eles te devolveriam em um minuto - disse Hinata enquanto recuava para trás, mas Sakura apenas riu baixo da piada e continuou encarando a pessoa no volante, que logo deu partida em alguns segundos. Sakura achou tudo muito suspeito, mas acima de tudo: Ela sentia algo de familiar no rosto. Parou pra pensar um pouco e voltou a caminhar, disse a si mesma que talvez tenha sido só impressão.
Quando chegou ao colégio tomou um susto, tinha mais gente do que imaginara. Sempre achou que os alunos da escola prefeririam ficar em casa, dormindo ou maratonando séries ao invés de ir a escola num domingo de manhã. E de fato preferiam, mas os jogos internos da escola Otonokizaka eram um clássico, desde os primeiros anos de fundamento da instituição os adolescentes se acostumaram a competir nesse período do ano.
Também valia nota extra em Educação Física. Mas é claro que não era por isso. Imagina, né pessoal.
Sakura ficou responsável pela corrida com bastão e xadrez, por algum motivo acharam que ela era boa arremessadora e corredora, estavam redondamente enganados. Todas as salas estavam animadas, e a de Sakura não ficava em baixo, o êxtase era evidente, principalmente na área dos meninos, e foi bem na hora em que Sakura estava quase perfurando Naruto com o olhar que Sasuke apareceu, impedindo-a de babar:
- Você deveria ser mais discreta, só cego para não perceber que você tem uma nave nubiana pelo Narutinho.
- Uma nave nubiana? - Ela pergunta ainda sem tirar os olhos do loiro.
- Sim, geralmente as pessoas tem uma pequena queda por alguém, mas você tem uma nave nubiana inteira. - Sasuke dizia zoando com sua cara, muito orgulhoso da analogia a Star Wars que havia acabado de fazer, mas Sakura não ligava, ela apenas se perguntava de onde tinha vindo aquele humor todo no Uchiha. - Bem grandona, com as naves rebeldes do lado de fora. - Ela soltou um, "claro que não", visivelmente meio irritada. Estava sem paciência e saiu de perto de Sasuke, para que ele não continuasse insinuando coisas. Mas bem no fundo, ela se perguntou se realmente ainda gostava de Naruto, tudo parecia muito confuso dentro de si.
Assim que deu início à competição de xadrez, Sakura logo ganhou de seu oponente, foi tão fácil que ela se questionou se realmente escolheram o cara certo para batalhar com ela, ou a rosada apenas era boa mesmo. Entretanto, ela não conseguiu o 1º lugar, mas ficou feliz em ter ficado em 3º, pois xadrez fora um de seus primeiros Hobbies, desde os 10 anos. O difícil mesmo foi a corrida com bastão, por conta dela que a equipe perdeu. Já era acostumada a correr, sempre fazia isso para perder alguns quilos, mas não era rápida, ao menos não como os outros meninos e meninas.
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Destiny
FanfictionSe você vasculhasse seu interior, perceberia que ela até era uma boa pessoa. Amiga, companheira e simpática. Estava para começar o seu 2° ano no ensino médio e nem sabia o que faria da vida ao terminar o colegial, não tinha sonhos ou ambições, vivia...