Cap XI

345 30 28
                                    

- Então, vai ficar me olhando? - Sasuke a perguntava com a sua típica cara de tédio,
E Sakura se perguntava,
Onde havia se metido.

- O que quer que eu faça? - Ela perguntava como se fosse óbvio.

- Sei lá... Em que brinquedos você geralmente gosta de ir? Afinal é isso que se faz em um parque de diversões. - Sasuke perguntava para Sakura dando ênfase à "diversão". Ela começou a pestanejar, advertindo que nunca havia ido a um parque antes, "como irei saber em que brinquedo quero ir se nunca fui em nenhum?" Ela lhe perguntou apenas por falar, sabia que ele não faria algo a respeito.

- E como irá saber se não for em nenhum? Ficar aí parada feita idiota não mudará nada. - Queria lhe dar uma resposta por ele ter a chamado de "idiota", mas sabia que aquele era o jeito dele de dizer para ela se divertir, e seria apenas mais um motivo para os dois começarem uma discussão, estava cansada demais de tanta briga então apenas ficou calada e seguiu na direção dos brinquedos, algo nela sabia que ele estava a seguindo.

Sakura nunca imaginara um momento de diversão e lazer ao lado de Sasuke, mas quando viu o que parecia ser um sorriso brotar nos lábios dele enquanto estavam brincando no carrossel, ela pensou que talvez ele tivesse sido abduzido, ou que apenas estava se divertindo mesmo, assim como ela. No começo, Sasuke havia dito que não iria em "brinquedos para crianças", como a roda gigante, carrinho de bate-bate ou o carrossel, mas talvez tenha mudado de ideia. Foram também em brinquedos mais radicais, como a montanha-russa ou o kamikazi, do carrinho de bate-bate até a montanha-russa, foram em todos.

Ou quase.

- Disse que entre todos gostou mais da montanha-russa, mas será que vai à mansão do terror, cherry? - Sasuke perguntou, chamando-lhe pelo apelido que tinha acabado de dar, quando estavam comendo cerejas no espetinho. Sem dúvidas, Sasuke não conhecia muito os gosto de Sakura, a rosada adorava tudo e qualquer coisa ligada ao terror.

O brinquedo fazia jús ao nome, "mansão", literalmente. Contou no mínimo quatro janelas grandes uma em cima da outra enquanto estavam na fila de espera. Entraram com mais três pessoas, um casal apaixonado e um rapaz que parecia entediado. Demorou um pouco até que suas pupilas ficassem dilatadas e sua visão ficasse acostumada com o escuro, o lugar era tão espaçoso quanto ela imaginou, os dois davam passos lentos, cautelosos. Em poucos minutos de caminhada o homem tinha se perdido de sua amada, o que fez com que ela ficasse em pânico, cada passo que davam era celebrado por um grito exageradamente agudo da mulher, Sakura havia perdido as contas de quantas vezes Sasuke tinha a mandado calar a boca.

Segurava o riso em meio ao caos.

O lugar era realmente assustador e ela via a inquietação do moreno, que por conta de seu ego, não se permitia gritar nem um pouquinho.

- Isso foi um susto? - Ela disse quando viu Sasuke recuar ao ouvirem um barulho vindo de dentro do quarto em que iam entrar.

- Deve estar com tanto medo que está vendo coisas. Faz-se de durona na frente dos outros, mas não é isso que vejo.

- Com medo? Não sou eu quem treme sempre que aparece algum fantasminha. - Ela respondeu, rebatendo-o.

- Tremo por que você segura o meu braço. - Vendo que ele não iria dar o braço a torcer, ela decidiu dar passos mais rápidos em outra direção, e ouviu Sasuke perguntar onde ela estava indo, mas quando menos percebeu, já estava perdida.

Tentando achar a saída ou o lugar de onde veio, acabou se perdendo mais, ficou com raiva de si mesma por ter ficado alegre no início com o tamanho do lugar. Tinha subido e descido umas três escadas e um medo acabou percorrendo o seu corpo, o lugar era mais assustador do que ela imaginava, tentou afastar as imagens demoníacas que apareciam em sua mente, tudo em vão. Depois de um tempo se viu agachada, perdida em seus pensamentos, os demônios de seu passado não a deixavam em paz, chorou. Começou a correr, estava assustada demais para ficar parada em algum lugar, correu feito uma louca, tal como era. Uma mão a puxou pelo braço e ela gritou algo que se pareceu com: "me tire daqui", "me tire daqui, por favor," dizia enquanto soluçava, mas a rosada não teve o seu pedido aceito, pois ao invés de alguém a indicar a saída, o que teve foi um abraço, um abraço reconfortante.

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora