Para por um ponto final na incessante procura por emprego, ela parou em seu café predileto, seria a única coisa que acalmaria o seu dia.
E ela mal sabia o que aconteceria a seguir.- Sakura! É você, Tenho certeza - Kiba disse logo que viu o reflexo de seu cabelo chamativo no espelho da porta.
- Ah, para, a gente se viu sexta, nem faz tanto tempo assim.
- Não é disso que eu estou falando, Sakura. - Ele disse elevando o olhar para acima da cabeça de Sakura.
"Precisa-se de funcionário para atendimento, currículos devem ser entregues ao gerente".
A direção.- Mentira.
- Ah, sim! É verdade sim amiga! - Kiba disse logo em seguida, tagarelando sobre como seria divertido se os dois trabalhassem juntos, que o café pagava razoavelmente bem e que toda sexta eles fechavam mais cedo para poderem conversar sobre melhorias do mesmo. - Você poderia vir depois da escola, ficaríamos no mesmo turno.
- Não será tão fácil, existem dezenas de candidatos à vaga, e devo olhar o seu currículo antes. - O Sr° Ichiraku, dono do café apareceu os surpreendendo. Der repente, Sakura ficou nervosa, entregou-lhe o currículo e ficou aflita, Ichiraku leu o mesmo bem na sua frente. - Bom, você não tem muita experiência e... É claro que vai trabalhar aqui, Sakura. Você já é de casa, eu já havia pensado em você por que procuro alguém de confiança. Se quiser é claro, poderíamos até fazer um maid café - Ichiraku disse o último período com brilho nos olhos, só faltava sair porpurina pelo nariz.
- Com todo respeito, Sr° Ichiraku, mas Sakura com vestido de babados e maquiagem? - Kiba o perguntou rindo, era mesmo difícil até imaginar.
- Eu só estava pensando alto, mas quem sabe um dia. - Ele disse como se realmente pensasse em algum dia fazer aquilo. Repassaram dados, conversaram bastante e então ficou decidido: Sakura trabalharia meio período, por 5 dias na semana, como todos os adolescentes de sua idade. Quando saísse da escola iria direto para o café, e do café para a academia nos dias que tivesse treino, e só então poderia ir para casa. Ela se perguntou se não seria muito cansativo, mas começou a pensar nas calorias que perderia fazendo todo esse movimento. Ela começaria seu turno na tarde seguinte.
.o00o.
Era segunda-feira, não tinha treino e decidiu faltar aula de novo - essa menina, viu. Durante a noite anterior, a cabeça de vento de Sakura trabalhou tanto que deve ter soltado faíscas, lembrou-se da briga que teve com sua tia dias atrás, em que ela disse para Sakura ir procurar Fugaku se quisesse tanto assim saber da história, e mesmo sabendo que sua tia falou por falar, resolveu seguir seu "conselho", agora só faltava a coragem para encarar Fugaku.
Ao chegar na residência dos Uchihas, seu estômago embrulhou e ela queria ir embora, mas se beliscou para voltar aos objetivos, Fugaku a recebeu como se já a esperasse. Logo ele, um "homem tão ocupado".- Você é meu pai? - Sakura soltou na lata, para ela era "agora ou nunca", mas ficou furiosa ao ouvir os risos de Fugaku, ela queria ser levada à sério.
Às vezes parece que Sakura saiu de uma fanfic, porque é cada história que ela inventa.
- Eu entendo sua "dúvida", mas lhe digo com toda sinceridade do mundo, realmente não sou seu pai. Mas me diga: de onde tiro isso? Sou um homem ocupado, e não tenho tempo para piadinhas de adolescente.
Ela queria gritar. Disse que também era ocupada, e pediu seriedade. O explicou tudo, toda a história, suas dúvidas e até saudades de seu pai. Após tudo isso, ele finalmente pareceu entender a garota.
- Você aceita café, chá ou água? A história vai ser longa. - Ele a perguntou, mas sabia que ela não aceitaria nada. - Eu conheço o Haruno Kizashi há muito tempo, o suficiente para saber até seus segredos mais íntimos. Nós éramos muito amigos desde o primário, e sua mãe era a mais bonita da escola, ou ao menos para nós, eu já te contei isso. - disse a última frase seguida de um longo suspiro.
- E por quê vocês deixaram de se falar? - Fugaku se levantou e ficou um bom tempo olhando para a imensa janela de sua casa, apreciando seu jardim que era mais caro que sua casa toda. Ele havia ficado pensativo, e após outro suspiro, resolveu contar tudo de uma vez. Ele explicou que no ensino médio, a mãe de Sakura havia namorado os dois, eles haviam até brigado por ela algumas vezes, mas no fundo (ou nem tão fundo assim) ele sabia que o amor entre os pais de Sakura era muito grande, por isso não se espantou quando ela anunciou o noivado com ele, "os dois estavam predestinados a ficarem juntos, desde sempre", soltou Fugaku em algum instante da conversa.
- Alguns anos depois que eles se casaram, eu anunciei que iniciaria uma família com Mikoto, eu sempre estudei muito e vim de família boa, por isso dei continuidade ao império dos Uchihas, mas seu pai era um homem simples, tal como sua mãe, e então eu percebi que ela nunca se acostumaria com o ritmo da minha vida, e finalmente toquei minha vida. - Um longo silêncio se fez presente na sala, os dois pareciam digerir tudo que havia sido dito. Principalmente pelo fato de que Sakura sabia que a mãe de Sasuke já havia morrido.
- E como... Minha mãe teve aquele fim? Por que meu pai foi embora, eu... Não sei de nada.
- Bom querida Haruno, sua mãe foi assassinada, e nunca acharam seu assassino. O detalhe foi que seu pai enlouqueceu e partiu, é só isso que eu sei.
- E por que isso aconteceu? Que justiça é essa? E por que ele foi embora? - As lágrimas ameaçaram cair do rosto da rosada.
- Sua mãe era linda, uma mulher maravilhosa. Todos a adoravam, seu carisma não passava despercebido, ninguém entende o motivo do ocorrido e eu não sei de mais nada. - Fugaku tomou um grande gole de chá e prosseguiu - Se eu fosse você, deixava isso para lá.
- Bom, aí já é uma decisão minha. - Sakura soltou.
- Se você persistir, mais tarde aprenderá sobre o quão ruim é querer reviver o passado. - Fugaku disse mudando seu tom de voz, o que fez parecer mais uma ameaça que um conselho.
Sakura não disse mais nada e partiu, ela não se despediu, porque não queria que ele a visse chorar. Parecia que quanto mais ela procurava, menos achava. Pulava dois degráus e caia três, era assim que ela se sentia. Disse para si mesma que iria descobrir a verdade, custe o que custar. Os Uchihas não sabiam, mas a grama da frente de sua casa nunca fora tão molhada por lágrimas como foram naquele instante, no instante em que Haruno saia de sua residência.
.o00o.
Chegou cedo no trabalho, e ficou feliz por isso, pois era seu primeiro dia. Ichiraku a entregou seu uniforme, um conjunto feio de calça cinza e uma camisa com o logotipo da empresa, junto com um simples avental preto. Estava em uma espécie de treinamento, e que bom que ocorreu. Sakura perdeu as contas de quantos pratinhos quebrou, a coitada era desleixada.
- Ah, esse foi um ótimo dia! É tão bom trabalhar com alguém que se gosta. - Dizia Kiba enquanto colocava seu uniforme no armário. - Que bom que você é desastrada, porque antes era só eu.
- Sim, mas ainda estou meio vergonhosa, eu só dei trabalho! - Dizia Sakura pensativa, até se lembrar de seu aniversário. -
Ah, Kiba! Eu havia esquecido, meu aniversário é domingo, você está convidado, não esqueça por favor.- Eu vou, é claro. Obrigado pelo convite. - Dizia Kiba enquanto a dava um abraço, estava na hora de irem. Ao se despedirem, um beijo no rosto de Kiba foi dado por Sakura, selando a amizade dos amigos, mais uma vez.
Quando chegou em sua casa, avistou Akemi vendo TV no sofá e a abraçou, pois havia sentido uma enorme vontade de fazer isso.
Naquele dia, apenas naquele dia,
Havia dormido em paz.
Seus demônios haviam lhe dado um longo,
e apaixonante sossego.___________________
Off autora: esse capítulo foi mais curtinho que o normal. Logo, logo, postarei outro: vem coisa boa por aí...
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Destiny
FanfictionSe você vasculhasse seu interior, perceberia que ela até era uma boa pessoa. Amiga, companheira e simpática. Estava para começar o seu 2° ano no ensino médio e nem sabia o que faria da vida ao terminar o colegial, não tinha sonhos ou ambições, vivia...