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[CONCLUÍDA] Seu coração de lúpus me mostrará o caminho.
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Capa por: @torizss
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Quando deito minha cabeça no peito de Jimin, posso ouvir perfeitamente o bater acelerado de seu coração. Sinto suas mãos repousarem em minhas costas, o lençol cobrir nossos corpos nus, suados e satisfeitos.
Não consigo dizer uma palavra, assim como Jimin não o faz. Não é necessário. Aquele silêncio diz mais do que mil palavras. Nossos corpos nus, suados, repletos de marcas, selados por beijos e toques carinhosos; nossos corações batendo acelerados, os sorrisos em nossos rostos.
Acredito que palavras não são capazes de descrever o que sentimos. E é isso que me faz abraçá-lo, e beijar seu peito. Ergo minha cabeça, e olho em sua direção. Jimin sorri, os olhinhos cansados e exaustos. Os lábios inchados pelos beijos intensos e o pescoço marcado por chupões leves e simples mordidas.
Com um sorriso doce em seus lábios, Jimin acaricia minhas bochechas. Eu sei que ele está prestes a cair no sono.
Me aprumo melhor, ao lado dele na cama e o puxo para mais perto de mim. Para que pudéssemos dormir em uma posição mais confortável. Ele se encolhe e se aconchega perto de mim, os olhos ainda mais pequenos.
— Obrigado.
É a única coisa que ele diz antes de fechar os olhos e se entregar ao sono. Seu obrigado me soa ainda mais intenso, quando consigo entender o que ele agradece e porque agradece.
Com um bico em meus lábios, o abraço e descanso minha cabeça em seu peito. Dormimos juntos, agarrados e intensamente satisfeitos.
A paz que sinto em meu peito, é insana de tão boa. Mas, apesar de sentir paz, meu coração de lúpus me informa que será complicado. Que tudo em diante, será complicado.
QUATRO SEMANAS DEPOIS
— Semana que vem vou visitar minha omma. — Jimin diz. Seu semblante é inexplicavelmente feliz. Seus olhinhos ficam pequenos, pela maneira única e linda que ele sorri.
Mas, diferentemente de Jimin, meu coração estava acelerado. Meus nervos a flor da pele, e a vontade de sair gritando estava me consumindo. Faziam quatro semanas, absolutas quatro semanas que eu havia me casado. A festa para unificação e apresentação a mídia seria hoje, mas, acredito que eles não precisam da minha presença.
Posso sentir a frustração de minha mãe, é quase palpável em minhas mãos. Não é como se eu estivesse ligada a ela de forma romântica, mas, as mães alfas sempre sabem como seus filhos estão. É uma ligação que só se quebra com a marca. E agora mesmo, eu sei que ela está me sentindo e sabe como eu me sinto.
Por isso estranho que ela não tenha passado por aquela porta irada, e pronta para me atacar. Ela entende e respeita meu momento. Mesmo sabendo das minhas responsabilidades, eu preciso desse momento. Preciso me acostumar com esse contrato e com a dor que será contar para Jimin.
Estou a quatro semanas escondendo isso dele, e sei que ele ficará chateado com a minha conduta. Assim como sei que ele não vai se envolver comigo. E ter ciência disso, dói.
