04. Cãozinho da guarda

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— O que disse? — A voz de Jungkook ecoa novamente em meus ouvidos e eu me viro em direção aos dois

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— O que disse? — A voz de Jungkook ecoa novamente em meus ouvidos e eu me viro em direção aos dois.

— EU DISSE PARA VOCÊS SAÍREM! SAIAM! — Desta vez, sou eu quem bato minha mão. Sinto pena da porta que recebe um belo furo no meio. Minha mão atravessa a madeira e eu sinto o ardor em meu pulso e metade do meu braço.

Mas, não sou capaz de me preocupar pouco com a dor, eu puxo meu braço dali e abro a porta.

— Saiam, agora. Os dois. — Os olhos de Jungkook brilham em um tom prata forte, assim como os de Yoongi. Os dois estão com raiva, mas, a minha raiva e o meu ódio é ainda mais intenso. — Você conseguiu passar dos limites, conseguiu me desrespeitar. Parabéns, Jungkook. Meus parabéns.

— Precisava contar a ele. — Jungkook para na porta, depois de dizer o óbvio.

— Isso não cabe a você. — Meu corpo vacila, os meus olhos vacilam e minha mão começa a doer. Olho as consequências em meu braço e respiro fundo, vendo que o estrago foi ainda mais feio que o esperado. — Não cabe a você contar as coisas, não cabe a você achar que tem algum tipo de poder sobre a minha vida.

Olho em seus olhos. Ele rosna para mim e eu devolvo-lhe o rosnado. É notável a raiva em nós dois e isso nos faz avançar. Ficamos frente a frente, numa disputa de quem vence quem. Numa disputa clara de dois alfas que se odeiam mutuamente.

— Saiba que você nos desrespeitou primeiro, Yuna. — Alertou. — Sua falta de profissionalismo e comprometimento. Lembre-se que você aceitou isso. Eu não vou tolerar suas atitudes.

— Está mesmo me chamando de irresponsável? Você não conhece um terço de quem eu sou. Lave a sua boca para se voltar a mim com essas palavras. — Eu o alertei, vendo seu sorriso. — Se você não vai tolerar as minhas atitudes, ótimo. Encerre o casamento, quebre esse contrato maldito. — Um sorriso prepotente se esbanja em meus lábios e eu vejo o dele sumir.

— Você é patética. — Eu me entrego aos risos.

— Encerre esse contrato e seguiremos nossas vidas. — Sorrio. Vendo o semblante sério dele. — Oh, deixe-me ver, isso não se trata de sua vontade. Mas sim, das famílias de vocês. Vocês precisam de mim, e sabem disso. Portanto, tenham respeito. Caso contrário, não vai me custar nada encerrar esse maldito casamento e dar as costas para vocês dois.

Antes que Jungkook faça alguma coisa, Yoongi entra no meio e o empurra para fora do quarto.

— Já disse tudo que tinha para dizer, Yuna. — Yoongi finaliza. Seu semblante é ainda mais sério que o meu e ele parece não desejar nenhum um pouco de brincadeiras. — Já chega.

— Controle o seu cãozinho de guarda. — É a última coisa que eu digo e lhe dou as costas. Não perco tempo e vou em direção ao meu banheiro.

Eu não desejo conversar, não desejo ver ninguém. E é isso que eu faço quando me tranco no banheiro e procuro alguma coisa para estancar o sangue que escorre de meus braços e acalmar meu coração que sangra pela dor de lembrar da expressão chateada de Jimin.

𝐋𝐔́𝐏𝐔𝐒 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, 𝐲𝐨𝐨𝐧𝐤𝐨𝐨𝐤.Onde histórias criam vida. Descubra agora