𝐋𝐔́𝐏𝐔𝐒 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓, 𝐲𝐨𝐨𝐧𝐤𝐨𝐨𝐤.

23. Quando o recomeço está próximo

N/A: Boa leitura! Me deem o feedback! Tanto aqui, quanto no twitter. Gostaria de saber real o que vocês estão achando. Vi muitos comentários de "perfeito" e afins. Poxa gente, complicado né.

Boa leitura! E fiquem com esse capítulo mais corriqueiro.

Skip time; 23:40pm

Eu acordo pelo meu relógio biológico. E de acordo com o relógio na parede, era quase meia-noite. Com um suspiro cansado, observei o teto do meu quarto. Aninhado em mim, Jimin ainda dorme. Ele dorme tão profundamente, que parece não sentir a dor em seu pescoço, causada pela marca.

Meu pescoço ainda queima, e talvez tenha sido pela dor que eu despertei. É normal que isso ocorra, principalmente em marcas recentes. Mas, tão iniciante quanto eu, Jimin também era. Apesar de compreendermos como funciona uma marca, não sabíamos que doeria tanto. Fazê-la não é o problema, o problema é o processo de cicatrização e o pós-marca. Que era o momento em que eu estava vivendo.

Talvez pelo cansaço e pelo sono, Jimin ainda não conseguiu sentir a dor, mas, em breve ele acordaria.

Com calma, me desvencilho de seus braços e deixo um beijo em sua testa. Jimin ronrona baixinho, quase como um gatinho e se aninha nos travesseiros que coloco para que ele agarre. Deitado de bruços, tenho a visão de sua pele leitosa, e das pequenas marcas que deixei por toda sua silhueta. Assim como sei que ele me marcou dos pés à cabeça.

Um sorriso idiota escapa por meus lábios e eu me vejo balançando a cabeça para negar aos pensamentos de horas atrás. Me encontro perdidamente apaixonada por Jimin, ainda mais apaixonada do que já estava e ainda mais perdida por ele do que já estava. Não sei se é possível se apaixonar mais de três vezes, pela mesma pessoa. Mas, Jimin foi capaz de me conquistar mais de três vezes.

Me perco enquanto observo-o dormir. Suas bochechas, apertadas nos travesseiros fofos e com meu cheiro, ficam coradas a cada segundo. Ele ressona baixinho, como um bebê. Parece ser o seu melhor sono, depois de anos. Seus instintos estão mais calmos e devido a marca, tenho certeza que ele se sente mais do que protegido.

Novamente, aquele sorriso idiota se esbanja em meus lábios e eu suspiro. Me levanto com toda cautela da cama. Meu corpo todo dói, assim como minha bunda. Mas, não sou capaz de reclamar, visto que todas essas dores são dores de uma noite incrível. Em passos miúdos, caminho até as peças de roupa de Jimin, coloco-as organizadas sobre a poltrona. Me aproximo da cômoda e tiro de lá, uma calcinha e algo maior para que eu cubra meu corpo.

Tomo todo cuidado para que o tecido da roupa não encoste em minha marca, e puxo o roupão da arara perto da porta. Olho uma última vez para trás e vejo que Jimin não vai acordar tão cedo, então assim, com toda paciência do mundo destravo a porta e saio do quarto com calma.

Não demoro muito para andar a passos calmos pelo corredor. As luzes da sala ainda estão todas acesas, e era de se esperar que eles estivessem acordados. Normalmente, nós três vamos dormir muito tarde. Não me surpreende ver as luzes da cozinha e da sala todas acesas, e os barulhos das panelas.