It's all for you

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Com as esperanças completamente renovadas, Juliette agora acreditava ainda mais que estava no caminho certo para provar sua inocência e prender o culpado por matar seu irmão. Sempre detestou Morgan Edge e por conta disso seu pai conseguiu convencê-la a se envolver com as questões do conselho da empresa. Era seu desprezo por Edge que a fazia nunca perder uma reunião e brigar com Washington dia e noite. Tantas foram as batalhas perdidas para o irmão, mas infinitas foram as vitórias contra Edge. Nenhum Freire gostava do homem, então de certa maneira era fácil conquistar as coisas que queriam quando Edge agia de forma oposta à deles. E se por acaso, em algum momento o homem resolvesse apoiar alguma ideia realizada por um Freire, a ideia era alterada na hora. Tantas vezes que Wash cedeu à pressão de Juliette só porque Edge ameaçou apoiar a irmã, tantas vezes que Juliette mudou seu ponto de ataque contra o irmão só porque Edge ameaçava se intrometer.

Agora ali estava ela, com sua vida virada de cabeça para baixo. Tinha semanas que não ia até a sua casa, que estava afastada do seu trabalho, que visitava o hospital de forma discreta e não participava de mais nada que acontecia lá dentro, que até mesmo não falava com a própria mãe. Tudo por conta daquela situação que alguém armou para ela. E pela primeira vez em dias, todos pareciam ter encontrado a luz que precisavam para sair daquela situação de uma vez por todas. Ainda temia pelo que podia acontecer, mas estava tão confiante que enquanto fazia o que Sarah pediu não tirou o sorriso do rosto. Além de mostrar para todos que não era igual ao irmão, ainda acabaria com Morgan Edge, coisa que nem seu pai e nem Wash conseguiram fazer nos anos que comandaram a Freire's.

- Oi Jhon – Foi tirada dos seus devaneios quando o telefone tocou. – Tudo certo? – Ficou em silêncio tempo o suficiente para que todos os outros prestassem atenção nela. – Claro, eu posso ir hoje à noite sim. Ok, tchau.

- Ir aonde, Freire? – Carla perguntou sem deixar o celular da milionária voltar para a mesa.

- Ver minha mãe, ela quer falar comigo. – Juliette respondeu e voltou a prestar atenção no trabalho que fazia.

- E isso é algo esperto de se fazer? – A detetive olhou para o advogado, esperando que ele entendesse que a pergunta era para ele e não para a milionária. Diante do silêncio de todos, ela emendou. – Gilberto.

- É a mãe dela Carla, não dá pra impedir ela de vê-la. – Sabia que a pergunta era para ele, mas estava tentando escapar de respondê-la. Depois que Lilian disse que a filha era capaz de matar o próprio irmão e a polícia usar isso como base para seguir a investigação deles não concordava com a visita, porém, era a mãe da cliente como dizer para ela não ir vê-la?

- É uma péssima ideia. – Carla disse séria optando por não prestar atenção na resposta nada útil do advogado. – Ela ajudou a te colocar nessa situação toda, e você vai vê-la?

- O que acha que ela vai fazer, me matar? – Juliette riu em descrença. – Ela provavelmente quer alguma coisa para a empresa, é a única razão da minha mãe querer falar comigo. E o Jhon vai estar lá, não vou sozinha.

- Eu posso bancar a sua guarda-costas se quiser.

- Agradeço, Srta Andrade, mas é só a minha mãe; não preciso de segurança pra ir falar com ela. – Sorriu. Era impossível não notar com quem Sarah tinha aprendido a ser protetora.

- Ok, você vai sair, Sarah foi fazer algo que não aprovo e não me contou, então pelo menos vamos sair para beber essa noite depois desse encontro com sua mãe. Todo mundo, que tal?

- O que a Sarah foi fazer? – A milionária foi obrigada a perguntar. Pensava que a loira tinha ido atrás do hacker, e tudo bem que Carla não precisava desses detalhes por as coisas serem feitas por baixo dos panos, mas tinha algo a mais no tom das palavras da detetive.

Era pra ser você - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora