But I've got you to keep me warm

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Sarah andava de um lado para o outro com a caneta batendo na mão. Tentava acalmar sua respiração, mas não estava com muita sorte. Nos quatro dias seguintes à prisão de Juliette, a única coisa que conseguiram foi um positivo das digitais da milionária na arma do crime, o que não colabora com a defesa deles apesar de ambos os advogados terem notado uma enorme falha naquela prova. Para piorar, todos já tinham revirado os computadores da Freire's de todos os jeitos possíveis, lido e relido todas as coisas e encontrado nada que indicasse alguém que tivesse um motivo sólido para matar Washington e eles poderem ir atrás. Nada. Estavam na estaca zero há quatro dias. A frustração estava estampada na cara de todos, talvez mais ainda de Juliette que ficava remoendo se não deveria ter aproveitado a oportunidade de acabar com aquele caso mais cedo.

Sarah deu um grito e jogou a caneta com raiva contra o quadro de suspeitos que eles montaram. O objeto balançou e precisou que Juliette o segurasse para não cair.

- Sério? A única coisa que vai conseguir com isso é derrubar essa merda na cabeça de alguém! – Ralhou com a loira. Paciência era outra coisa que faltava para todos.

- Não é possível! Washington era um bandido, um criminoso, como é que não encontramos nenhuma pista por menor que seja para descobrir alguém que o quisesse morto! – Sarah explodiu. – O tempo está contra nós e mesmo com a chave do universo nas mãos, não conseguimos nada!

- Talvez nós precisamos daquele seu amigo hacker. – Camila sugeriu, tirando seus óculos e respirando fundo. Estava exausta de equilibrar seu trabalho no hospital com as leituras de e-mails e documentos e não encontrar nada.

- Não dá. Não posso entregar essa chave pra um hacker, posso expor a Freire's inteira. – Juliette falou impaciente com a amiga. Também estava exausta, além de preocupada e sem dormir direito por duas noites. A data do seu julgamento fora marcada para poucas semanas e eles estavam ali, fixados em pesquisas que não levavam ninguém a lugar nenhum.

- É válido, até porque ninguém lembrou de levar em consideração que Washington Freire era um gênio da tecnologia, o que significa uma grande probabilidade de ele ter criado essa chave, e obviamente uma forma de se esconder dela. – Gil comentou aumentando a expressão de decepção de todas.

- Esquece essa pesquisa. – Carla disse e ficou em pé. Fechou seu notebook, o de Lumena e de Juliette. Fez o sinal para Camila fizesse o mesmo no dela e no de Gil. – Nós estamos presos e sem saber pra onde ir, então vamos brincar de teorias.

- Você disse a palavra brincar? – Gil indagou também expressando frustração na fala.

- Sim, nunca brincaram de "Detetive" quando eram crianças? Todo mundo tem um suspeito inicial, vamos seguir isso. – Carla foi até o quadro de suspeitos, apagou todos os nomes que estavam ali apesar dos sons de surpresas de todos e apontou para Juliette. – Alguém pegou uma arma, passou por uma festa de alta segurança, entrou no elevador privado e apagou as gravações das câmeras de segurança sem deixar rastro, matou seu irmão a sangue frio. Quem faria isso? Não precisamos do motivo agora, precisamos do suspeito!

Juliette ficou pensando em alguém e nenhum nome de fato veio em sua mente, então chutou alguém genérico:

- Um ex-funcionário. – Deu de ombros enquanto Carla escrevia o que ela havia dito no quadro. Olhou para Camila indicando a vez da médica.

- Uma amante abandonada.

- Acho que um funcionário descontente pode ser um bom suspeito. – Gil falou em seguida da namorada, acertando que era a sua vez.

- Acho que os dois perfis são bons, mas ainda fico com algum funcionário atual. Assim é mais fácil entrar na empresa no meio de uma festa e passar pela segurança. – Lumena disse. Era impossível falar um suspeito e não pensar no seu motivo ou como ele fez aquilo.

Era pra ser você - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora