O-K-AY, eu tô viva.
Eu sei, eu dei uma puta mancada com vocês, eu sinto muito. Acontece é que meu pai estava sob suspeita de um câncer ( o mesmo que levou minha vó ), e ele passou muito mal, há dois meses atrás. Internamos ele, e ele operou. Foram longas semanas. Ai, partiram meu coração e eu fiquei mal, e pra fechar com chave de ouro meu cachorrinho ainda filhote, morreu. Eu não iria expor nada disso aqui, por que quero esse ambiente o mais leve possível pra vocês esquecerem as vidas ai fora e mergulharem nessa estória, porém mereciam saber o que aconteceu - e não que a autora simplemente quis dar o chá de sumiço. AGORA VÃO LER, BOIADA \o/————————
If things go right
Juliette desligou o celular depois da ligação de Carla e saiu correndo deixando uma explicação muito vaga para Bárbara. Pegou um táxi até o seu apartamento, até porque Sarah tinha avisado que estaria lá durante toda a tarde, e no caminho tentou ligar para a amada. A cunhada reclamou que não havia conseguido ter contato com a irmã ou qualquer outra pessoa do escritório, e Juliette teve o mesmo resultado.
Uma parte dela a mandava ficar calma, repetia que estava tudo bem e que a única razão de ninguém atender o telefone era porque as mulheres deveriam estar se divertindo. Simplesmente isso, nada errado. Infelizmente, havia uma parte irracional, que era pura emoção e que impedia que apenas os bons pensamentos tomassem conta, e assim, ela temia que algo estivesse errado.
Saiu correndo do carro, atravessou o hall de entrada com pressa e ficou apertando o botão do último andar repetidamente, mesmo com o elevador em movimento. Quase derrubou a porta de casa e por um minuto se sentiu culpada por uma parte de si vibrar e se sentir aliviada por Sarah estar bem. Com certeza sua expressão não estava nada boa já que a namorada terminou de fazer a pergunta e em menos de um segundo já estava do seu lado.
- Ju o que aconteceu? – Sarah repetiu a pergunta. Juliette estava pálida, com uma expressão apavorada e entrou em casa com uma pressa que deixava claro que algo muito sério havia acontecido.
- Desculpe, não quis assustar você. – Juliette respirou aliviada e abraçou Sarah rapidamente. – E nem atrapalhar vocês. – Sorriu fracamente para as demais mulheres na sala.
- Ok, mas o que aconteceu? Amor, fala comigo. – Sarah foi para a frente de Juliette e segurou seu rosto com as duas mãos. Agora era loira quem estava muito preocupada.
- Eu vou contar, mas eu quero que você sente e me escute primeiro! – A voz da diretora foi de ordem. Sarah não gostou do tom, mas obedeceu. Ela voltou para o seu lugar no sofá, e Kerline deixou o lado da amiga livre para Juliette. A milionária sentou, segurou as mãos da amada e começou a falar. – A Carla me ligou, ela estava tentando falar com vocês, não conseguiu e ficou preocupada. Eu disse que estavam todas aqui e bem.
- Ok, mas você entrou aqui...
- Amor por favor! – Juliette interrompeu a amada rapidamente. Diante do silêncio de Sarah ela continuou. – Carla me ligou porque precisava te avisar sobre o que aconteceu hoje, antes que você visse o noticiário.
Conforme suas palavras foram saindo, a expressão de Sarah foi mudando. E antes que ela perguntasse algo, fizesse alguma conclusão precipitada, Juliette soltou tudo de uma vez.
- Ocorreu um tiroteio entre a polícia e aquela gangue que sua mãe vem tentando prender, alguns policiais ficaram feridos, um deles é a sua mãe. Ela levou um tiro e está em cirurgia. Carla não soube dizer como está a situação dela. E ela já ligou pra Connie e pro Colin, os dois estão indo pra lá.
Juliette terminou de falar e ficou esperando Sarah reagir. Por um minuto a loira ficou estática. Nenhuma reação, nenhum som, absolutamente nada. A diretora apertou suas mãos esperando uma resposta, mas Sarah permanecia em silêncio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era pra ser você - Sariette
FanficSarah Andrade é uma advogada pró-bono de Los Angeles. Juliette Freire vive na sombra do seu sobrenome. Uma morte vai aproximar seus mundo, e o amor que irá nascer nada, nem ninguém poderá destruir. ADAPTAÇÃO