Aqui estou eu deitada na cama sozinha com meu filho, o pai dele morreu e eu nem sei como irei dar conta sozinha, eu não estou bem, ele não está bem, eu não sei o que fazer.
Depois que ele dormiu eu fiquei velando o seu sono, a campanhia soou e era uma amiga minha, veio me dar apoio e os seus mais sinceros sentimentos, deixei que ela entrasse, não conversamos quase nada, eu não estava muito afim, mas precisava de uma companhia então ela ficou ali comigo sentada no sofá em silêncio me dando o apoio que eu precisava, até que a campanhia tocou novamente.
-- Posso falar com você um instante?.
-- Eu não posso conversar, eu preciso sair. De fato, daqui a uma hora eu iria trabalhar e minha amiga ficaria com Enzo. Prefiro ir trabalhar do que ficar em casa remoendo.
-- Posso caminhar com você?. Suspiro, entro pego minha bolsa e saio.
Estava um clima estranho, ela parece inquieta, logo eu imaginei que ela iria falar algo relacionado a morte do Dynho é claro, mas não estava a fim de ouvir, enquanto eu aperto o botão para o elevador subir ela se aproxima.
-- Eu tenho que te falar uma coisa. Porque eu sinto que Dynho não estava sozinho naquele roubo e que ela tem alguma coisa haver com isso?.
Isso não sai da minha cabeça, fica martelando o tempo todo.
-- o Dynho devia dinheiro, para alguns caras que estão na prisão, e eles iam machucar você e o Lucca se ele não pagasse. Aí ele pediu minha ajuda, mas alguma coisa deu errado. Sinto muito. Mas o dinheiro ainda está comigo, você pode ficar com ele se quiser. Pode pegar o Lucca e. . . .
Não deixei que terminasse, meus olhos se encheram de lágrimas, eu não iria aguentar segurar, com a palma da mão bem aberta lhe desferi um tapa bem dado em seu rosto e na hora me arrependi amargamente, dói machucar quem a gente ama, dói ser machucado por quem amamos, limpei meu rosto e as lágrimas que insistiam em cair sem olha-la.
-- Achei que você poderia sair daqui se quisesse. . . Eu poderia ir com você. . . Poderia cuidar de vocês. Ela levantou a cabeça rapidamente me olhando e depois olhamos para o elevador que abriu as portas, e havia um cara estranho que nunca vi e tenho certeza de que não era morador, em fim.
-- E-eh disculpa, andar errado. Antes que as portas se fechassem entramos no elevador indo para os fundos Stéfani apertou o botão do estacionamento parando ao lado do cara a minha frente.
Stefani com seu braço direito bem devagar me empurrou mais para o canto do elevador, confuda e sem entender olhei em seus olhos, em câmera lenta veio na minha direção, meu coração acelerado, ela com delicadeza segurou em minha cintura aproximando seu rosto do meu e me beijou, eu retribui, um beijo calmo e lento, mas estava sentindo uma sensação estranha, até que ela cortou o beijo e em questão de segundos eu vi a expressão em seu rosto mudar drasticamente e a sua mandíbula travar, ela olhou para o cara que parecia nos escarar de lado disfarçadamente com um olhar que eu não sabia decifrar.
O cara enfiou a mão esquerda no lado direito de seu palitó e Teté foi para cima agarrando seu braço e pescoço empurrando para frente, batendo com a cabeça do homem na porta do elevador, puxa o cabelo dele o jogando para trás batendo com as costas e depois no chão, eu estava sem entender absolutamente nada, respirando fundo indo de um lado para o outro toda vez que ficavam mais perto de mim, não tinha muito para onde correr dentro de uma caixa de metal.
Depois que ela o jogou no chão e desferiu alguns socos, o cara já estava tonto, sangrando, ela começou a chuta-lo no rosto, a Stéfani estava fora de si, nunca a vi assim, estava começando a ficar com medo querendo sair dali o mais rápido possível, ela pisava sem dó respirando fundo, segurou nas barras de ferro que tinha ali e continuou pisando mais ainda, a cabeça do cara chegou a abrir, quebrou parte do osso, o cérebro chegou a sair para fora, como eu ainda não desmaiei, eu também não sei.
A porta se abriu, assustada com tudo e com ela, sai de costas olhando o cara no chão, até que eu parei e Stéfani também parou se virando para me olhar toda suada e suja de sangue, respiro fundo tentando me recompor, olhando para ela, ela parecia com medo, que nao queria ter feito aquilo pelo menos não na minha frente, as portas do elevador se fecharam, ela ainds de dentro. Fui para o trabalho perdida, o que ela fez ou iria fazer eu não sei.
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-- Eles foram ao meu apartamento Carla!. Como sabiam onde eu morava?.-- Eu disse que falaria com o Gui, eu só queria dizer qu-e v-você não estava interessada no dinheiro, que só fez isso pela garota.
Eu agarrei Carla pelos cabelos e pescoço, eu estava puta da vida, matei um cara a sangue frio na frente da Mi, a garota na qual eu estou me apaixonando, não sei nem se é a palavra certa para eu usar em um momento de fúria como esse.
-- O que foi que você disse a ele?!.
-- NÃO NÃO!!. Pede assustada, com certeza por minha reação, ela também nunca havia me visto nesse estado, nunca brigamos a tal ponto, apenas briguinhas bobas e me doía saber que Carla estava metida nisso.
-- Por acaso você falou a respeito da MIRELLA?!. FALA A VERDADE!. Pergunto aos gritos a enforcando e prensando-a em seu carro.
-- Fica CALMA IRMÃ! FICA CALMA!.
VOCÊ FALOU SOBRE A MIRELLA?. Continuei a gritar
-- Eu só queria que ele soubesse que você entregaria a grana e estaria tudo acabado, só isso!. Como é que eu poderia saber, como é que eu poderia saber isso!?. Certo!?. Me deixa falar com o Gui, ok?. Ela dizia enquanto eu segurava seu rosto com uma das mãos dando um soco em seu peito no final e me afastando.
-- PORQUE VOCÊ SEMPRE TEM QUE ESTRAGAR TUDO CARLA!?
-- Como eu ia saber que tudo ia levar ao Gui?!.
-- Eles vão vir atrás de mim e vai vir atrás de você também! Você entendeu?!. Você tem que ir embora daqui e isso tem que ser agora!. Carla andava de um lado para o outro preocupada, ela sabia que realmente estávamos na merda.
-- Aah meu Deus! Ah meu Deus!
-- Escuta aqui! Escuta Carla!. . . . Você vai embora e não vai voltar nunca mais! Não volte nunca mais! Tento fazer com que pare de andar segurando-a e ela se afasta para eu não encosta-la.
-- O que vai fazer?. Respira fundo tomando fôlego, pergunta preocupada com sua irmã.
-- Eu ainda não sei.
Depois que chegamos a uma conclusão fomos embora, eu precisava pensar no que eu iria fazer daqui para frente.
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Garota Mecânica
FanficStefani é dona da SCar Oficina, a mesma muita das vezes não é hábil com as palavras, mas dirige como uma filha da mãe e além de trabalhar na própria empresa, divide seu tempo sendo dublê em cenas de perseguição e trabalhando como piloto em fuga de a...