𝗗𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝘁𝗲 | 𝗝𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿

𝐷𝑒𝑣𝑖𝑙'𝑠 𝐷𝑎𝑢𝑔ℎ𝑡𝑒𝑟𝑠

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—Podemos parar novamente para Alex ir ao banheiro? —Joe perguntou à Troyan, que assentiu parando no próximo posto de gasolina.

Era como se todas as emoções de Alex fossem transferidas para Taylor. O que era uma droga, porque a mesma não considerava-se sentimental ou emotiva.
Quando a platinada viu a face vermelha e lágrimas acumuladas nos olhos de sua pérola, ela viajou no tempo para quando tinha 17 anos novamente.

Cansada de ver aquilo, chegou perto da irmã e lhe acolheu de canto, envolvendo seu braço direito e lhe conduzindo para fora, antes pegou sua mochila, e seguiu para o banheiro do posto.
Joe, Kate e Sebastian tentaram limpar a mancha.
No banheiro, Alex permaneceu calada, estava chorando baixo com medo de Taylor gritar com ela.

—Alex? —Taylor chamou e se assustou quando viu medo nos olhos da mais nova. —Vem cá, está tudo bem...—Taylor abriu os braços esperando a mais nova se aninhar nela.

Demorou alguns minutos, mas Alex a abraçou, e chorou bastante. Taylor massageava seus cabelos loiros, na esperança de fazer ela parar de soluçar.
Foi então que Alex proferiu as seguintes palavras...

—Taylor...eu não estou menstruada.

Taylor tinha certeza que estava soltando fogo pelos olhos, e nem se importou com a irmã implorando para ela parar enquanto continuava a andar com fúria para a van.
Ela subiu gritando e assustou a galera, ótimo, era exatamente o que ela queria. Joe tentou falar mas a mesma fez um sinal com a mão para que se calasse, ela se dirigiu especificamente para Gloria, que estava com os olhos arregalados. Taylor sentia seu medo como um cachorro, e ela amava isto.

—OLHA AQUI SUA KENDALL JENNER DE CHERNOBYL, EU FUI MUITO AMIGÁVEL COM VOCÊ. ENTÃO ME OUÇA BEM...SE VOCÊ SE METER COM A ALEX, SAIBA QUE EU VOU TER O PRAZER DE IR PRESA POR TE MATAR SUA OTÁRIA! —Todos estavam horrorizados, ela sentiu os passos de sua irmã e jurava que a mais nova nunca lhe olharia na cara novamente.—ESTÁ AVISADA!

E para a surpresa de Taylor, Alex lhe pegou pela mão com a cara enrubescida e lhe conduziu para o final da van, onde sentaram na primeira vez.
Lá, Alex lhe abraçou tão forte que Taylor sentiu seus órgãos se remexerem. Mas para ser sincera, ela estava pouco se fodendo para isso.

Eles seguiram a viagem silenciosamente, Taylor conseguiu assustar todos, mas um ato peculiar que fez Taylor dar mais pontos para o vampirinho, foi ele ter deixado Gloria no antigo assento e ter ido se sentar com as Swift, ele puxou seu MP3 como se nada tivesse acontecido e de quebra limpou os resquícios de lágrimas na face da mais nova. Taylor sorriu genuinamente, e se sentiu feliz pela irmã.

Taylor sabia que havia períodos escuros, e momentos incontroláveis da mesma, mas ela não se viu em nenhuma situação após a primeira parada no posto de gasolina, onde sem querer descobriu que sua irmã fazia terapia.
Sua mente era bipolar e ela sabia, suas emoções mudavam em instantes e as vezes nem os remédios davam conta. Talvez ela devesse tomar todos de sua prateleira do banheiro e acabar logo com o desgosta que dara em todos, ela não tinha salvação, pensava.
A verdade é que, mais do que Andrea, a mesma era a que mais se cobrava, e acabou se afogando em suas expectativas que fora desilusões. Toda vez que via sua cara estampada nas revistas de fofoca, desejava-se imensamente morrer. Ela sabe que é como um tanque de gasolina e um fósforo. Não se orgulha de seu temperamento, mas não tinha a mínima força de vontade de mudar. Às vezes queria apenas não viver, e não entendia porque faziam disso um problema tão grande.

Já eram por volta das 18:49 quando chegaram, realmente um lugar pacato e tranquilo. Taylor se imaginou morando num lugar desses, seu fim seria deitada embaixo de um arvoredo gigante morrendo de overdose.