𝗗𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝘁𝗲 | 𝗝𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿

I love you.

Roiê!!!
Escutem com a música, se possível, sem parar :) vai ajudar na experiência da leitura <3

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O verão atingiu aquela parte fria, que escondia mistérios e boas xícaras de café. Tanto Gilboa quanto Taylor cabe a esta descrição.

2 anos depois...

O sol invadiu o quarto, iluminando a face sonolenta da loira, que resmungou e abriu os olhos após alguns segundos. Sorriu enquanto levava o braço para o lado da cama, que se encontra vazio. Franziu o cenho ao se sentar na cama, encarando o espaço vazio da cama. Em passos lentos, logo o encontrou.
Seu noivo estava dançando na cozinha com Melza, a galinha deles, nos braços. Estava preparando o café da manhã, como sempre.

— Bom dia, vida! Dormiu bem? Diz bom dia pra mamãe, Melza! — Ele balançou a galinha e Taylor franziu o cenho antes de revirar os olhos.

— Mamãe é o caralho! Eu estou com fome. — Se aproximou.

— Não xingue perto de Melza, ela ainda é um bebê! — Disse com indignação.

— Eu sou o seu bebê, agora cala a boca e me beija. — Fez um bico.

Joe sorriu, deixando a galinha no chão. Ele puxou Taylor e a beijou.

— Eu adoro seu visual pela manhã. — Murmurou.

Então Taylor se lembrou que apenas usava uma calcinha confortável e uma blusa branca com mangas largas que havia roubado do guarda-roupa de Joseph. "Ele tem roupas muito confortáveis", era sua resposta para quando a questionavam sobre.

— Meu cabelo está uma merda. — Bufou se apoiando no balcão da cozinha.

— Para, eu adoro seus cachinhos. — Ele beijou sua bochecha e ela sorriu fraco.

Durante esses dois anos, optou por deixar seu cabelo natural. Agora ela havia se tornado uma pessoa diferente, pelo menos de como decidiu ser. Ela gostava de pensar que havia voltado a ser ela mesma, aquela garota de botas e chapéu de cowboy, com os cabelos loiros longos e cacheados. Não usava mais nada além de um gloss hidrante nos lábios e protetor solar, havia abandonado as maquiagens pesadas e se refugiado da vida invasiva de Manhattan. Os paparazzis e as manchetes já não a achavam mais interessante, e ela adorou isso.
Gerenciava seu restaurante Happy Savior de longe, mas ainda o visitava quando precisava. Abririam uma filial mais perto de casa em breve, mais perto de Gilboa. Ambos nunca se arrependeram de gastarem todas as economias para comprar aquela casa. Onde tudo começou.

— Eu sei, minha irmã disse que viria me visitar essa semana, mas ela e o vampirinho não deram sinal de vida. Será que ela me esqueceu?

— Impossível, amor. Alex te ama. E ama roubar suas coisas, ela viria só por sua nova roupa que comprou pra ir naquele concerto mesquinho na ópera.

— É, tem razão. — Riu fraco. — Eu vou regar as plantinhas, me chame quando o café estiver pronto, yeah?

— Okay. Beijo. — Ele fez um biquinho engraçado, esperando pelo selinho de Taylor, que demorou lhe entregar por estar admirando seu noivo.

— E tira a Melza de dentro dessa casa! — Proferiu fingindo estar zangada.

No fundo, bem no fundo mesmo, ela adorava aquela galinha tanto quanto Joe.

— Adivinha quem voltou nesse belíssimo dia de verão? Yeah, a mamãe Taylor! — Se agachou até sua plantação.

Acredita que o que mais ama comer é tudo que plantou. Todas as folhas de salsinhas, todas as cebolinhas, todos os tomatinhos, todos os alhos porós, todos os morangos, alfaces e chuchus. Era bom essa vida, longe dos holofotes. Apenas a iluminação do sol e da lua. Apenas danças no meio da noite com o seu noivo, apenas seus atos de amor no lago sendo iluminados pelas estrelas. Era bom estar viva, e pela primeira vez em tempos, se sentiu mais viva do que nunca.