𝗗𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝘁𝗲 | 𝗝𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿

𝐶𝑢𝑟𝑖𝑜𝑢𝑠 𝑡𝑖𝑚𝑒

•Leia as notas finais, é importante<3

xx

No dia seguinte, Taylor e Joe saíram para caminhar pelo campo externo da casa, e juntos compartilharam algumas coisas presas nas gargantas.
De repente ele não se tornou tão chato assim para Taylor, e ela não se tornou tão grossa para Joe. Ambos apenas estavam quebrados, mas lidando com isto de jeitos diferentes. E eles sabiam disso.

Taylor odiava estar nesta posição, sentindo os olhares amargos de Mandy, que pareciam que lhe enforcaria a qualquer momento.
Por alguns dias foi mágico, Joe a fez acreditar que havia mais coisas belas além de sua bolha protetora.

Mas no sexto dia isso não bastou.

Taylor precisava gritar, ela estava confusa, frustrada, triste e com raiva, tudo ao mesmo tempo. E ninguém conseguia lidar com ela assim. Ela precisava de um bar, de álcool para dormir e acordar sem se lembrar de nada no dia seguinte.
Nem completou as atividades do cronograma, estava louca para ir embora. Mal saiu do quarto, o que preocupou Joe. Taylor precisava voltar para casa e completar seu ritual de insuficiência semanal.

Ela sabia que isso aconteceria, mas torcia para que não nesta excursão.

—Taylor? —Ouviu batidas na porta e a voz preocupada de Joe. —Alex saiu com os outros para curtir o último dia, estávamos pensando em montar a roda novamente. Está tudo bem? Não saiu do quarto...

—Por mim tanto faz...e não se preocupe comigo. —Resmungou.

—Abra a porta. —Pediu esperançoso.

Taylor bufou, estava horrível. Seus cabelos bagunçados e crescidos, já estavam quase encostando em seus ombros, e a raiz precisando ser retocada. Seus olhos estavam manchados com o lápis de olho perto e seu pijama largo estava amarrotado em seu corpo.
Estava com pouca disposição, e isso incluía mover um músculo para abrir a porta para Joe.
Mas ela se esforçou e levantou, resmungando ao sentir o chão gelado através da meia.

Ela destrancou a porta e deu de cara com Joe, todo esbelto à frente da porta. Revirou os olhos e deu espaço para ele entrar, fechando a porta em seguida.

—Certo, está com preguiça de se mover hoje? E ontem? —Ele se sentou na cama de Alex e ela se jogou na sua.

—Ontem foi um erro. —Resmungou coçando os olhos. Parecia uma criança.

—Sério? Porque pelo que me lembro você gargalhou bastante naquele dia...—Ele lhe encarou com a expressão leve.—Ficar feliz não deveria ser um problema Taylor.

—Acabou a sessão de terapia? Eu já te disse que não sou uma de suas alunas! Me deixe ficar no meu mundo triste e sem cor por favor. —Se sentou reta e fechando os olhos respirando fundo. Estava esgotada.

—Por que está tão...largada? —Questionou.

—Essa sou eu Joe. —Bufou e lhe encarou determinada. —Há dias que eu estou menos chata e outras não. Há dias que eu não quero ver a luz do sol e muito menos das lâmpadas do meu quarto. Há dias que eu não quero andar, abrir os olhos ou respirar. Tá bom pra você? —Enrugou a face, estava farta. Nunca se explicou para ninguém, nem mesmo sua família.

—Taylor...por que se fere tanto assim? Parece que você tem medo de sorrir ou de ficar feliz com algo. —Joe se levanta e vai até sua cama. —Você se priva da vida...por que? —A questionou.

Devia contar pra ele? Ela mal o conhecia! E amanhã iriam embora.
De fato se divertiu nos últimos dias, mas não o confiaria algo tão...profundo de sua vida.