𝐵𝑎𝑑 𝐺𝑖𝑟𝑙

225 18 13
                                    

Roiê!!!
Peço que se você é sensível à assuntos como: depressão, automutilação e bullying. Não leia pelo bem de sua saúde mental:)

xx

—Pode pelo menos tentar respirar? —O loiro proferiu encarando uma Taylor emburrada.

—Já não basta ter feito eu me exercitar na grama? —Revirou os olhos.

—Certo, eu vou ligar o som e você pode fazer o que quiser. Mas tem que ser algo que transmita o que quer dizer. —Joe profere e vai até a caixa de som a ligando.

"Stubborn Love by The Lumineers" começou a tocar.

Taylor suspirou e se virou de costas para Joe, não queria seu olhar a atrapalhando. Respirou fundo sentindo a brisa gélida passar entre o jardim grande da mansão, suas roupas de ginástica e seu tênis flexível. Ela começou a esticar os braços, disposta a se abrir sobre o vento, levantou uma perna no ar e soltou uma longa risada. Gostou da sensação, a fez lembrar os velhos tempos de escola. A música a chamou atenção e começou a se movimentar nem tão rápido nem tão devagar, dançava sem nenhum compromisso, chegado a pular como uma líder de torcida, era engraçado mas ela estava se divertindo, esquecendo até de que havia uma pessoa lhe observando.

Mal percebeu quando "Ophelia by The Lumineers" começou a tocar.

Ela estava concentrada demais respirando fundo e rindo de si mesma. Lembrando de que nunca percebeu como o céu era bonito até cinza.
Se agachou na grama se contorcendo e erguendo a cabeça para o vento, o sentindo bater no rosto, gelado e intenso. Sorriu verdadeiramente. Levantou e deu um giro com os braços abertos, sentindo o vento atravessar suas mãos. Aquilo significava que ela estava viva, certo? Ela estava respirando e isso era um bom sinal.

—Scott...venha ver isso! —Andrea chamou da janela enorme de seu quarto. —Nossa menina está dançando novamente! —A mais velha não aguentou e sorriu sem acreditar.

Scott se aproximou da janela vendo Joe de braços cruzados sorrindo vendo a platinada fazer movimentos agora com olhos fechados, levantando braços e pulando sobre a grama verde. O céu cinza agora parecia ter uma beleza a mais para os pais de Taylor, que estavam emocionados ao ver sua filha voltar a dançar após tanto tempo.

"Haven by Novo Amor" começou a tocar, Taylor parou rapidamente e se virou, ficando de frente para a casa e para Joe. Que continha um sorriso enorme. Ele se aproximou da platinada, que engoliu a saliva da garganta, expirou fundo e encarou confusa o loiro. Estava perdida, como se tivesse acabado de acordar.

—Você está bem? Como se sente? —Perguntou já próximo.

—Sinceramente? —Ergueu o olhar o encarando.—Estranha.

—Vai se sentir melhor se fizer isto mais vezes, lhe garanto. Agora...vamos fazer um chá natural para nos mantermos leve.

—June pode fazer...—Taylor andou até um banco e pegou uma toalha de rosto.

—Qual seria a sensação? Precisamos fazer isso, nos conectar. É a próxima coisa que devemos fazer. —A encarou.

—Tudo bem...eu posso tomar um banho quente pelo menos? —Debochou fazendo Joe rir.

—Sim, você pode.

Taylor tomou minando quente rápido de chuveiro, estava reflexiva sobre o que acabara de acontecer. Ela se sentiu outra pessoa no jardim. Ela se sentia...nova. Como se sua versão de anos atrás ainda estivesse ali, aquela garota que costumava sorrir para as borboletas e fechar os olhos ao sentir o aroma do café nas casas vizinhas.
Se achando estúpida, se agasalhou com um moletom quente preto, calça de moletom cinza, meias peludas junto com uma pantufa de gatinho, encarou o cabelo no espelho, havia crescido, fazendo uma diferença de cor entre os fios do couro e das pontas. Pôs uma touca cinza e desceu para a cozinha, encontrando Joe com as ervas em mãos e uma caneca de inox velha. Taylor segurou a risada.

𝗗𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝘁𝗲 | 𝗝𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora