𝗗𝗲𝗹𝗶𝗰𝗮𝘁𝗲 | 𝗝𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿

𝑌𝑜𝑢𝑟 𝑠𝑚𝑖𝑙𝑒 𝑎𝑟𝑒 𝑠𝑜 𝑏𝑒𝑎𝑢𝑡𝑖𝑓𝑢𝑙

Desculpem a demora, estou atolada com algumas coisas da escola, mas obrigada por lerem<3

xx

Um novo dia amanheceu, e Taylor mal acreditou quando olhou em seu celular, 5:24 marcava no aparelho.
Inquieta mexendo-se de um lado para o outro na barraca, decidiu sair. A irmã dormia angelicalmente na barraca, então Taylor saiu.
Com seu moletom quente quase nos joelhos e sua meia quente, na qual a vestiu com uma bota coturno que contrabandeou na mochila. Pegou uma touca e a pôs, seguiu pela trilha de folhas secas. Estava sozinha e não era ruim. Quer dizer, apenas quando a dor invadia seu peito e os pensamentos de "vá embora" surgiam. Tempos de merda, pensou.
Mas de alguma forma a brisa gélida como a própria neve, não lhe incomodou, se sentia até liberta. Estava aquecida e reflexiva.

Caminhando por pelo menos 16 minutos, Taylor achou um lago, um outro lago. E tinha um banco de presente ali.
Ela se sentou e encarou a imensidão. O que ela ideia fazer da vida dela? Qual era o plano? Suspirando provou o celular no bolso do moletom, assim que encontrou ligou para Selena.

—Alô? Taylor, tudo bem? —Sua voz era sonolenta.

—Sim...só queria ver se estava bem. Sinto sua falta. —Sorriu fraco.

A verdade era que desde todo o ocorrido, ela tinha um enorme medo de perder seus amigos, principalmente Selena, que era como sua irmã.

—Também sinto sua falta...eu preciso te contar uma coisa que sempre esqueço! —Selena praticamente gritou. —Conheci um cara.

—Qual? Selena você conhece caras todo dia, especifique por favor.

—Esse é diferente. Estamos saindo há alguns dias, ele até me pagou uma pizza.

—Fico feliz por você Sel, de verdade. Mas se ele quebrar o seu coração me mande o endereço. —Taylor levantou a voz e sentiu o sorriso da amiga pela tela.

—Eu te amo. Se cuida, e por favor, seja menos rabugenta com o povinho daí.

—Povinho, você é muito gentil Selena.—Sorriu e amiga riu fraco.

—Obrigada. Bom dia! —Desligou.

Taylor respirou fundo e resolveu fazer algo que há muito tempo não ousava fazer.
Ela olhou por sua playlist e clicou numa que quase nem ouviu, bom, ao redor de pessoas, pois aquela era sua playlist favorita. "Ask For Love - Mariana Nolasco" ecoou pela cadeira onde o aparelho se encontrava.
Taylor se levantou afastando-se da cadeira, e se posicionando.

Pensou em todos os dias vazios e tristes, um movimento, respirou fundo e pensou na saudade, dois movimentos, olhou firmemente para o céu e pensou em voar até lá.
A cada movimento seus olhos lacrimejavam libertos, estava dançando.
Taylor sorriu sem saber o motivo, estava viva. Neste momento nada mais importava, estava feliz, se sentia viva pela primeira vez em séculos. Lembranças invadiam seus pensamentos a confundindo, era como se ele estivesse ali, lhe observando e lhe dando apoio.

Mas quando parou confusa demais e chacoalhou a cabeça, viu apenas a silhueta de Joe encostado em uma árvore a encarando surpreso. Ela abriu a boca tentando dizer algo ou mentir sobre o que acabara de acontecer, mas estava querendo chorar por de fato ser Joe.

—Você dança muito bem! —O loiro proferiu as palavras, a despertando um gatilho forte de anos. Seus olhos se arregalaram como se estivessem presos em uma lembrança. E ela caiu no choro. —Taylor? Está tudo bem? —Se aproximou preocupado.

—Por que me deixou seu merdinha? —Sussurrou a platinada enquanto lágrimas caíam.

—Hey, está tudo bem? —Perguntou novamente.