Loucuras no Universo das Séries

Episódio 12 - Go, go Knighters Force!

Eu acordei naquela bela manhã, o sol ainda começava a raiar mas a data pedia para que eu levantasse cedo, por mais que fosse feriado. Calcei minha pantufa de Darth Vader e ainda com o pijama de Star Wars sai correndo, descendo a escada parei na frente da árvore de natal.

A árvore naquele momento estava recheada de presentes, mas eu sabia que alguns não eram meus pelos desenhos nos embrulhos, os meus eram todos estampados com desenhos infantis, os da minha mãe eram com formatos geométricos que eu tinha começado a aprender no jardim de infância e deveriam ser reforçados no primeiro ano. Os presentes do meu pai eram os mais chatos, apenas uma cor na embalagem.

Comecei a rasgar o primeiro embrulho meu que achei, um boné, fiz uma careta e coloquei de lado, o segundo era melhor, uma caixa com três quebra-cabeças do mesmo tamanho e com número diferente de peças de personagens da Disney. Comecei a ficar impaciente no terceiro presente! BINGO!

Um lindo Clock Force, o instrumento utilizado pelos Knighters Force, que continha suas roupas que servem para proteção e potencialização da força interior de quem a usa para assim poderem lutar contra os terríveis vilões que pretendem dominar todo o universo. Meus olhinhos brilharam e dei um sorriso do tamanho do mundo, nem precisei procurar, pois junto estava um saco que vinha com a roupa do Knighter Roxo, o líder do grupo.

Uma roupa de corpo inteira na cor roxa, e no meio uma listra preta com quadrados com todas as cores da equipe, ou seja Roxo, Dourado, Verde, Prata e Laranja. As cinco cores fundamentais.

-Knighter force em ação! - Invadi o quarto dos meus pais, já devidamente vestido com a minha fantasia e o meu Clock force no braço. subi na cama e comecei a pular.

-Acho que precisamos de um monstro para expulsar esse Knighter da nossa cama. Minha mãe disse cutucando meu pai.

-Já temos um monstrinho pulando em cima da cama, não precisamos de outro! - meu pai me derrubou na cama e começou a me fazer cosquinha. - A não ser que o monstro da risada ataque!

-Nãooo, para pai, para!

... 

Eu acordei, abri os olhos e me sentei. Estava deitado em uma beliche em um quarto com paredes de metais e uma janela que preenchia toda a parede, mostrando o espaço. Viajávamos rápido e eu sentia que alguma coisa me escapava.

Troquei de roupa, pela tradicional camiseta vermelha e calça cinza, tênis vermelho. O clock force no meu braço indicava que eram sete horas e doze minutos da manhã na Terra. Saí no corredor, um espaço amplo, com um carpete branco e paredes metálicas. Virei à direita e fui até o final chegando a uma sala ampla, com uma mesa redonda, onde outros cinco jovens já me aguardavam.

Eram eles Vinícius David, o Knighter roxo, a Letícia Lala, a Knighter Laranja, a Nick Clarissa, a Knighter Dourada, o Matheus Yell, o Knighter verde e por fim, mas não menos importante a Mayara, a Knighter Prata. Conversavam enquanto comiam os mais diversos alimentos. Me sentei e falei em voz alta:

- Bom Dia Astra, por favor me prepare um sucrilhos com leite.

- Seu pedido é uma ordem - O sistema computadorizado da nave falou com uma voz feminina metálica. E logo depois apareceu um prato fundo com o solicitado.

- E aí Luke pronto para voltar para a Terra? - Letícia me falou, dando um sorriso tímido e arrumando alguns fios do seu cabelo preto que teimava em cair na frente do seu rosto.

- Não sei! Quer dizer, estamos a tanto tempo no espaço que tenho medo de não conseguir me adaptar à vida terrena - me senti estranho falando aquilo, como se algo estivesse errado.

-Mas você não pode continuar escapando do seu pai Luke. - Vinícius falou, ele era o líder e naquele momento comia um sanduíche maior do que a sua cabeça. Por viver malhando comia bem mais do que o resto.- É necessário perdoar ele, para se auto perdoar.