CAPÍTULO 1 A HISTÓRIA DE CHRISTIAN WANI

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Foi nas ruas frias de Kyoto, no ano de 2015, que nosso primeiro fantasma nasceu. Eu estava lá, junto a Christian Wani o qual, pobrezinho, estava paralisado, à beira da loucura e a seu lado estava ela... Agatha, com seus olhos completamente vazios, porém com a feição plena. Bom, pelo menos é isso que Christian lembra, no entanto, desde esse fatídico dia, sua vida nunca mais foi a mesma...

            Christian sempre foi uma criança esquisita, não era de falar, se expressar e muito menos brincar, talvez por causa do incidente de 2015 ou porque nunca lhe foi dada a oportunidade de se expressar, mas uma coisa era certa, para todos que conheciam Christian, ele era visto como a encarnação do próprio mal. Motivo esse pelo qual era ignorado por todos os seus familiares, até seus avós, os quais sempre "cuidaram" dele desde seus 3 anos.

No entanto para Christian essa repulsa nunca foi clara, ele não entendia o motivo de não poder sair para brincar com os primos, do porquê tinha que estudar em casa o dia inteiro e porquê seus pais haviam o abandonado. A cada dia que passava ele sentia que estava fadado a ser ignorado.

Os anos se passaram e Christian foi crescendo até se tornar um rapaz alto, de cabelos escuros e lisos, pele clara quase que transparente e olhos marcantes como um lince, nesse período o pobre garoto ainda não entendia o porquê de ser tão privado de uma vida normal. Foi então, ao completar seus dezoito anos, que a verdade começou a desabrochar.

— Christian! — Chamou o Sr. Fayt, avó do garoto — Tenho uma tarefa para lhe pedir, pegue todas as suas coisas e vá embora dessa casa !

A princípio Christian riu, achando que tudo se tratava de uma grande piada de mau gosto, no entanto o sorriso em seus lábios se desmanchou rapidamente ao ver o posicionamento de seu avô.

— Você poderia me explicar qual é a graça? Eu não fui claro o suficiente? Pegue suas tralhas e dê o fora daqui!

— Mas Sufu, eu não compreendo, eu fiz algo de errado? Por favor me diga!

— Não tenho mais nada para dizer, e não me chame de Sufu, pois não sou mais o seu avô. Agora arrume suas coisas e suma da minha casa!

Foi a partir desse momento que um silêncio se instalou no local, o tempo parecia ter parado. Cheio de dúvidas, Christian tentou questionar o Sr. Fayt, porém, antes de que o garoto pudesse falar, o senhor se retirou da sala.

Diante dos fatos, não restava nada para Christian a não ser fazer suas malas.

Ao terminar o serviço Christian foi se despedir de seus avós, mas se deparou com a casa completamente vazia, sem ninguém o garoto se dirigiu até a porta de saída e foi caminhando em direção ao ponto de ônibus. O céu estava cinza e o vento soprava as folhas de cerejeira que haviam ao redor, foi então que um forte cheiro de fumaça começou a se espalhar por todo o ambiente. Christian se virou tentando buscar a origem de tal odor e para sua surpresa a casa de seus avós, num piscar de olhos, estava completamente em chamas, desesperado ele correu em direção a casa que a um a poucos minutos atrás era o seu lar. 

Ao se aproximar novamente do local, para a surpresa de Christian não havia sobrado mais nada, apenas cinzas que se desmanchavam com o leve toque do vento. Aos poucos o garoto foi adentrando no terreno com o coração apertado e com o estômago querendo sair pela boca, mas o que Christian não esperava era encontrar uma carta que se sobressaia dentre todas aquelas cinzas.

Ao se aproximar do misterioso envelope negro, Christian notou que o destinatário da carta era si próprio, mas o que não saia de sua mente era por que? Por que de todas as coisas que haviam na casa somente uma carta havia restado? Pensativo o garoto abriu lentamente a carta até que...

Ao se aproximar do misterioso envelope negro, Christian notou que o destinatário da carta era si próprio, mas o que não saia de sua mente era por que? Por que de todas as coisas que haviam na casa somente uma carta havia restado? Pensativo o garot...

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THE 4 PHANTOMS (os 4 fantasmas )Onde histórias criam vida. Descubra agora