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- Mulher, se acalme!- Me virei para Ana, que revirou os olhos.

- Estou calma.

- Estou vendo mesmo.

Revirei os olhos. Ana estava com Luiza no colo, saímos do elevador no andar em que meu pai estava. Me sentia ainda mais nervosa que no dia anterior, provavelmente minha mãe estaria acordada hoje, e eu particularmente não estava pronta para mais um baque. Bom, talvez dois outros baques. Noah estava sentado ao lado de minha mãe, os três conversavam. Olhei para Ana sorria maliciosamente para mim. Não teríamos sido notadas se não fosse por Luiza, aquela menininha que me aguarde, quando estiver na adolescência farei questão de infernizar sua vida. Nos tornamos o centro da atenção deles, minha mãe estava paralisada.

- Venha querida, junte-se a nós.- Sebastian quebrou o silêncio.

- Oi.- Sorri sem jeito.- Essa é Ana minha babá e amiga.

- Oi.- Sorriu.

- E essa é Luiza, minha... Minha filha.- Os olhos de Alex saltaram dos olhos.

- S-Sua fi-filha?

- Sim.

O silêncio no quarto era incomodo. Quis correr para longe daquele ambiente, e novamente Sebastian quebrou o silêncio.

- Posso segurar?

- Claro, aqui está.- Ana disse, entregando Luiza com cuidado para meu pai.- Cuidado com ela, Luiza adora morder as pessoas.- Meu pai riu.

- Oi pequena, é bom conhecê-la.- Sorri ao vê-los juntos. Minha mãe se rendeu com Luiza, passando a brincar com a bebê também. Ana se juntou aos dois, cobrando as diversas bagunças que Luiza fazia.

- Eles gostaram dela.

- Como não gostar?- ele perguntou. Suas mãos empaçaram minha cintura, o quente de suas mãos me fez suspirar.- Irei ver gabriela.

- Bom sorte.

- Poderia vir comigo.

- Sem chance, é o momento de vocês.

- Por favor coração.

- Não.- Ele bufou, soltando o ar em meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar.

- Eu levo o jantar.

- Me convenceu.- Ele riu.

- Te vejo mais tarde.- Depositou um beijo na curva do meu pescoço.- Até mais senhor e senhora Deinert, foi um prazer revê-los.

- Até mais querido.

- Até mais garoto.

Ana me olhava, a malícia explícita em seu rosto.

[...]

Noah havia me dado o dia de folga, aproveitei o mesmo para passar o dia com meus pais. Ambos amaram Luiza e Ana, o que resultou em um dia inteiro no hospital com diversas histórias sobre minha infância.

- Estou indo agora, Luiza já esta de banho tomado, alimentada e dormindo.

- Obrigada Ana.

- Aproveite bem sua noite.

- Tchau ana.- Ela saiu rindo. Instantes depois o modelo passou pela porta, com sacolas de lanches em suas mãos.

- Esse é seu jantar?

- Era o mais perto daqui.

Peguei um dos lanches que havia nela,começando a comer após me sentar sobre o sofá, Noah fez o mesmo em seguida.

- Como foi?

- Um pouco trágico.

- Por quê?- Deixei o lanche de lado para olha-lo.

- Ficarei sem a xícara de 'você é um super pai'

- Você é patético Noah. Como ele reagiu?

- Ficou bem chocado, mas quis assumir Julian.

- Agora é hora que os Urreas perdem um pouco de dinheiro?- Ele sorriu.

- Sim, porém fique tranquila, Julian ainda participará da sua coleção.

- Esse é o menor dos meus problemas Noah.

- Então, como foi seu dia hoje?

- Fiquei com meus pais no hospital, eles amaram Luiza.

- Que bom, falando nela...

- Dormindo no quarto.

Terminamos nossos  lanches em silêncio, que para mim, era muito bem aceito. Essa era uma das coisas que mais havia na companhia de Noah, conseguíamos ficar confortáveis em qualquer situação.

- Vinho?

- Estou dirigindo.

- Estou te oferecendo uma taça não a garrafa inteira Noah.

- Mesmo assim, eu passo.

- Certo.- Suspirei.- Melhor você ir, está ficando tarde e temos que trabalhar amanhã.

- Pode tirar o dia de folga se quiser coração.

- Mas não quero.

- Não consegue ficar longe de mim não é.

- Creio que seja o contrário, você que não suporta ficar longe de mim.

- Tem razão.

- Sério Noah, melhor você ir.

- Medo de que algo aconteça novamente coração?

- Não, só quero ter uma boa noite de sono Noah, dizem que oito horas é o ideal, e recentemente duas horas está sendo muito para mim.

- Está bem, estou indo.- Sorri para ele. Seus lábios pararam em minha testa.

- Bom noite Noah.

- Boa noite coração.

Observei o rapaz sair do apartamento. Me ajeitei no sofá, adormecendo no mesmo instantes depois.

[...]

- Me diz que o modelo delícia não te deu um bolo!- Me levantei assustada com a voz alta de Ana, que estava parada na ponta do sofá.

- Bom dia para você também Ana.

- Desculpa Sina, não consegui me controle ao ver a senhorita aí, mas então, ele te deu um bolo?

- Não, ele veio.

- E por que dormiu no sofá?

- Achei mais confortável do que levantar e me deitar na cama, não queria acordar Luiza.

A mais velha colocou as mãos sobre o peito.

- Que alívio, pensei que havia levado um bolo do modelo delícia.

- Não

- E como foi a noite?

- Boa, eu acho, nós jantamos e conversamos.

- Sem beijo?!

- Ana!

- Desculpa.

- Sem beijo.

- Estou começando a achar o modelo gostosão um fracasso, podemos partir para outro? Quem é o próximo na fila?

- Não existe uma fila, e se existisse Noah estaria bem longe dela.

- Passe vip para o bonitão?

- Ok, chega.- Levantei do sofá, sentindo todos meus músculos reclamarem.- Estou indo me arrumar para o trabalho.

Ana riu em resposta. Aquela mulher era uma versão piorada de Joalin Loukamaa.

Ok um dos melhores cap de agora. Comentem e deixem a ⭐

De repente Mãe •|• Noart AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora