Minhas pernas corriam mais rápido do que um dia eu já imaginei ser capaz, a falta de ar tomava conta do meu corpo, esse que implorava para que eu parasse a corrida. Não evito de soltar um palavrão em voz alta ao sentir o meu pé esquerdo molhar assim que piso na grande poça de água que tinha na calçada do ponto de ônibus, a velhinha que estava ali me olhou desgostosa e mediu meu perfil de cima a baixo. Era o que faltava agora. Eu havia esperado minutos, justamente para que eu não chegasse molhada e olha o que acontece, realmente como se eu não duvidasse que isso fosse acontecer. Nada de novo. Revidei a cara feia que a velhinha me mandou e continuei andando até o meu local de trabalho.
Chego em frente as portas de vidro e procuro a chave na minha bolsa, o ambiente não era grande, era apenas um mercado comum de esquina em um bairro de classe média. Geralmente frequentado por crianças (piores que formigas atrás de açúcar), adultos, idosos e raramente por adolescentes. Geralmente, era eu e Temari que cuidava da loja, no entanto ela estava em licença maternidade por ter ganhado neném recentemente; Shikadai era a coisa mais fofa que havia no mundo.
Falando nisso tenho que lembrar de visita-los esse sábado, ela ultimamente vem precisando de muita ajuda visto que ganhou a criança no meio do período da faculdade de Relações Internacionais. Depois de muita embagar com a diretoria, conseguiu fazer com que suas provas fossem aplicadas no fim de semana nos primeiros meses da criança, logo precisava de alguém para ficar com o recém nascido e eu havia me disponibilizado a isso. Se deixasse, aquela mulher teria aquela criança na loja só para não perder nenhum dia de trabalho.
Nesse momento, muitos se perguntam onde estava o pai da criança. Bem, ele trabalhava de fim de semana e em alguns dias úteis. Por ser um segurança começando na profissão, o horário era completamente disperso e, infelizmente, noturno, então ambos os pais revezavam o horário da forma que dava.
Abro a loja e noto que as prateleiras que eu havia recolocado na noite passada estavam perfeitamente arrumadas, vou para detrás da loja e coloco minha bolsa ali no depósito, só puxando meu celular e o colocando na cintura. Meus olhos vagam pelo local meio escuro e encontra o avental pendurado perto dos produtos de reposição. Tiro o meu tênis branco, molhado e cheio de lama, e não consigo evitar de murmurar em frustração e raiva, puxo a sapatilha que sempre levo na bolsa, troco os calçados e vou até a porta da frente virando o cartaz de aberto.
E então fui para a minha posição de costume, ficar um bom tempo aqui no balcão do mercadinho mais um dia, mais um entediante dia da minha vida. Eu estava com o meu cotovelo apoiado na bancada e com a palma da minha mão no rosto, olhei para o horizonte e pensei em tudo o que tenho vivido e em como as coisas pareciam estar virando de cabeça para baixo, além disso ainda tenho que falar com o meu chefe sobre o assunto das folgas até as competições do Declato chegar, já se passou algum tempo e ainda não tive a chance de falar com ele, pois ele esteve viajando e volta hoje se Deus quiser.
O local estava vazio, e apenas o que dava para ouvir era uma música que estava tocando da rádio local, era uma música da Ariana Grande, não era uma artista que eu conhecia bem e nem me dava ao trabalho de conhecer, mas essa música até que é legal.
Estava curiosa sobre a tradução da letra, então abri o Shazan e ele revelou que o nome da música era "Thank You Next" , então busquei pela letra da música e tinha uma parte que era assim:
"Eu pensei que ficaria pra sempre com o Big Sean
Mas nós não combinávamos
Escrevi algumas músicas sobre o Ricky Alvarez
Agora eu as escuto e rio
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Clichê Reverso
FanficEu sou a vadia da escola. A menina padronizada que tem que gostar do capitão do time da atlética, ser a vaca mal amada que trata os nerds como lixo e tenta estragar a vida da menina boazinha com o badboy pica das galáxias do colégio. Bem, essa é a f...