Ola, estou aprendendo a usar este troço. Sou o esposa do protagonista e estou fuçando aqui nas coisas dele, para tentar acalmar minha mente. Já passamos um ano desde o início da pandemia e nada mudou em São Paulo.
Aliás, mudou. Muita gente perdeu sua vida, inclusive meu marido. Ele faleceu a uma semana, a espera de uma vaga em UTI.
Ele tinha 42 anos, não tinha vícios, nenhuma comorbidade e não estava em nenhuma fila de prioridade de vacinação para Covid. Infelizmente não conseguiu esperar sua vez na fila.
Não sei se era COVID ou se algum efeito colateral daquelas porcaria de vacina que ele tomou. Na semana passada, passou muito mal e em três dias estava internado no hospital da Vila Alpina. Piorou muito e não conseguimos vaga na UTI. Brasil está um caos, UTI's beirando os cem por cento de ocupação em todas as cidades.
Agora é seguir a vida, sem meu marido querido. Estou desempregada e não consegui o auxílio emergencial.
Meu filho ainda chora muito a perda do pai e para piorar, as aulas presenciais nas escolas foram suspensas. Pelo menos na escola, ele se distraia um pouco.
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Sao Paulo sitiada - O diario do Coronavirus
KurzgeschichtenMarço de 2020: O fim está próximo. A maior cidade da América do Sul está parando. Sem comida, sem trabalho, pessoas isoladas, crianças sem escola, caos no sistema de saúde. Acompanhe o diário das aventuras de quem vive o apocalipse de perto, com um...