4.1 QUARTO DIA DE AULA

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Sthe não me deu detalhes, mas não me preocupei, acabei acordando um pouco tarde, mas não ligava muito

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Sthe não me deu detalhes, mas não me preocupei, acabei acordando um pouco tarde, mas não ligava muito.

Mas pra que eu tinha que acordar cedo mesmo? Nem tinha porque me arrumar, já meu rosto estragava tudo.

Acordei muito mau humorada.

Amarrei o meu cabelo em um coque alto e alguns cabelos rebeldes ficavam se destacando, mas não me importava, aquele uniforme era horroroso mas era muito confortável, não sei como as garotas preferiam saia a uma calça, a liberdade de poder correr era demais e algo que você preferiria caso fosse vítima de bullying. E bem, era oque eu preferia.

Eu nunca me dei muita atenção a tudo que sentia ao lembrar das coisas que fizeram comigo, eu sabia que havia um gatilho emocional e não queria abrir essa ferida.

Tomei o meu café sozinha mais uma vez. Minha mãe sempre sai cedo pra trabalhar e fazer o café pra família Williams.

Não consigo não pensar nesse nome, sem pensar em todas as merdas que sabia sobre essa família e tudo isso em menos de uma semana ali.

Caminhei até o ponto, sem ligar muito pras pessoas ou qualquer coisa. Não me importar já era um ponto forte meu.

Depois de uma demorada viagem de ônibus encontrei Sthe em uma padaria, não que tivesse grana pra comprar pelo menos uma bala, mas eu queria ouvir oque tinha pra dizer.

— Você não vai acreditar no que as Piranhas vão fazer.

— Quem, oque ??? — Me assustou a maneira eufórica como Sthe estava, ela tinha uma convicção única.

— As vezes esqueço que só te conheço há 3 dias, parece uma vida inteira. O Maycon tá vindo aí. Mas vou te contar um pouco sobre a mais vadia da escola.

— Samira Evans não é? Você já me disse algo no primeiro dia.

Então Sthe me contou a sua longa história com a loira, desde criança Sthe tinha a personalidade forte de não abaixar a cabeça pra ninguém.

Eu pelo contrário já me lembrava de ser bem fraca, me trazendo um pequeno flashback.

A água gelada caia em meu rosto, a pressão da água, machucava, pareciam ter muito ódio. Tudo foi coordenado por Patrícia, que me humilhou na frente de toda escola.

Patricia sabia que me magoaria falar de James.

— Ele não é besta não hein, foi em bora e deixou a feia pra trás, afinal quem vai querer ser amigo de uma nerd? Eu jamais iria aceitar isso. Aaah melhor, porque não fazemos a prova aqui?

Ela aumentava a voz chamando todos para assistir e perguntar.

— Vocês seriam amigos dela pessoal? Olha só pra ela, é a derrota total.

Todo mundo me olhava e negava, quanto mais procurava alguém, mais queria fugir dali.

Então eu corri, corri até perder o fôlego, mas não funcionou. Ela me esperava com um balde de água fria e aquela manhã assim como todas no inverno estava gelada assim como a água bateu em mim, me dando um Shok térmico.

O CLICHÊ DA JUREMAOnde histórias criam vida. Descubra agora