5.3 NOAH STANLEY

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Noah Stanley

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Noah Stanley

Nesse momento, estou tentando juntar os fatos que me trouxeram aqui.

O cheiro de mofo, misturado ao que acredito que seja, dejetos humanos estava insuportável. A venda que me puseram tapava os meus olhos, porém por uma pequena fresta dava para olhar o lugar, mas sem sucesso. O lugar estava tão escuro quanto a venda.

Minha cabeça doía e eu tentava me  lembrar, mas vinham apenas, pequenos fragmentos aos poucos.

Me lembro agora da garota de peruca, quem era mesmo? E em um pequeno flash as memórias iam se colocando no lugar.

Lembro-me da garota fugindo do palco ao terminar, ela era peculiar. Tudo me chamava para querer desvenda-la.

Toquei mais duas músicas junto a banda até chegar um guitarrista. Fora do palco ninguém dizia outra coisa, só dela, depois de cantar, a garota misteriosa havia fugido.

Me perguntava oque havia abaixo daquela máscara, sempre gostei de mistérios e naquele momento ela era o mistério que queria desvendar.

Para mim as garotas como sempre vinham, eram loucas para que eu cantasse, sempre. Hoje não era diferente, as garotas gritaram assim que fui entregar a guitarra para o guitarrista novo que havia chegado. Eu não vou negar, me sentia feliz por ter quem torcesse por mim, então cantei. E eu me sentia bem. Eu amava cantar. 

Quando a música terminou resolvi ir ao camarim, para tomar uma água, mas sou puxado assim que entro,  a garota loira estava desesperada, ela queria me beijar a força e parecia estar esperando exatamente para esse momento.

Se oque pensam é que eu teria agarrado ela, bem, eu teria, a garota era linda, mas eu jamais ficaria com uma louca assim, sempre odiei garotas fáceis,  o motivo era o mesmo de sempre: a maioria queria apenas o dinheiro ou simplesmente ter o direito de falar : " Fiquei com Noah Stanley ... " e isso era oque essa garota queria. Apenas status.

Depois de me puxar para perto, desviei o rosto e me afastei, então percebi,  ela estava na festa da casa do Will. Ele não precisava me contar, pra saber oque tinha acontecido. Isso era algo que a maioria da elite sabia.

Já entendendo o recado ela me soltou. O mais engraçado foi a atuação de terceira categoria logo em seguida.

Era forçado a forma como ela queria parecer uma louca drogada, tudo bem que ela é doida, mas a imitação de bêbada era demais. Não consigo me lembrar do que disse enquanto estava lá, visto a minha forte dor de cabeça agora. Mas pelas imagens desconexas na minha mente era apenas mais uma louca querendo me usar.

Lembro me de ficar sozinho novamente arrumando os instrumentos. O camarim era grande para todos os integrantes, junto a ele tinha um closet grande para guardar os instrumentos e pra minha surpresa tinha mais uma louca lá.

O CLICHÊ DA JUREMAOnde histórias criam vida. Descubra agora