Por Amor

a Pergunta

– O que acha de irmos para uma cachoeira aqui perto? – Draco perguntou enquanto Hermione levava sua garrafa de cerveja a boca, Mary e Blaise estavam aos beijos na sala, e Theo e Pansy já haviam sumido.

– Acho uma ótima. – ela sorriu e se levantou. – Vamos?

– Vamos. – ele a puxou.

    Estavam sentados nas pedras da cachoeira, não havia ninguém lá além deles, da tranquilidade, e do barulho das águas descendo e batendo com violencia na pedra. Hermione fechou seus olhos e lembrou da cena horrível de seus filhos mortos, uma lágrima quente desceu de seu rosto, e depois outra e outra.

– ei – Draco chamou sua atenção. – Não chore. – ele a abraçou

– Você não sabe o quão difícil é conviver com isso. – ela passou a ponta dos dedos no rosto encharcado.

– voce vai conseguir. Nós vamos conseguir. – ele olhou para ela, no fundo de seus olhos e o mundo parou naquele momento. Ele sempre teve um grande "crush" Em Hermione na escola. Mas, depois de tudo que aconteceu com eles, ele achou melhor manter em segredo. Ele adorava admirar a linda mulher que Ela é. E quando descobriu sobre Ronald e Ástoria, ele pensou que talvez agora ele poderia revelar seus sentimentos a bruxa cacheada.

– Você não sabe o quão mal eu estou. – Ela deixou mais uma lágrima escapar de seus olhos.
Draco a segurou com suas mãos, as mãos dele estavam suadas. Não, não tão suadas. Elas estavam quentes, e seu estômago tinha borboletas passeando, ele sempre esperou por isso. Hermione o olhava, e a sensação de congelamento no tempo estava mexendo com ele. O barulho da água, o som dos pássaros, a fresta de sol que saia das árvores e brilhava nas claras águas da cachoeira.

Draco sentiu seu coração parar

Ele molhou os lábios, e fixou seus olhos claros no lábios dela, a boca dela molhada e vermelha pela pressão que ela fazia com os dentes quando estava triste. Draco sabia sobre isso. Ele a observou durante a guerra, e a observou durante o baile, ele sempre a observou. Ela mordia os lábios com pressão quando estava em um momento triste, e ele sabia.
   Seu corpo a puxou para frente, fazendo com que ela chegasse mais perto de Draco, ela Umideceu os lábios igual Draco e encarou os lábios dele, a mão dela foi para o pescoço dele e os lábios se juntaram em um baque. O corpo de Draco relaxou, quando suas bocas entraram em contato, ele a puxou pra mais perto. O contato desesperado da língua dos dois, a mão dele agarrou a cintura dela a apertando, e ela puxando seu cabelo, enquanto sua respiração se perdeu com o contato dos lábios de Hermione.
  Quando se separaram ele buscou a respiração enquanto sorria.

  – Me desculpa – ela levou a mão aos lábios, enquanto sorria.

– isso foi ótimo. – ele sorriu pra ela.

– sim– Ela sorriu. – Pode apostar que Sim.

Eles ficaram ali por minutos, e minutos apenas no silêncio e observando a beleza da paisagem.

  – Onde estavam? – Pansy perguntou com um olhar malicioso.

– na cachoeira. – Hermione sorriu olhando para a amiga.

– Você e ele ...? – Perguntou Pansy.

– A gente se beijou. – Ela olhou para Pansy com euforia.

– Eu não acredito. – Pansy abriu a boca e sorriu. – Graças a Merlin vocês irão molhar o biscoito.

– Xiu, sua idiota. – Hermione empurrou Pansy enquanto sorria. – Foi muito bom, parece que nossos corpos precisam um do outro. Temos uma conexão diferente.

– Tesão reprimido. – Hermione fez cara de indignação. – Dês de Hogwarts Mione. O Zabini já pegou ele se tocando e chamando você.

– Vocês nunca me falaram sobre isso. –  ela levantou uma das sobrancelhas

– "Aí mione, como sua buceta é gostosa. ", " vou gozarrr " – Pansy imitou Draco enquanto as duas caiam na gargalhada.

– Pare com isso Parkinson. – Pediu Hermione .

– porque não vai lá em cima dar a ele uma chave de buceta ? – Pansy sorriu.

– Onde você aprende esses vocabulários ? – Perguntou Hermione rindo.

– Aproveita que todos saíram, eu vou sair pra encontrar o Theo. E você ? Você vai lá dar para ele. – ela sorriu mexendo os dedos como Draco já havia feito em seu terceiro ano.
– Eu vou lá em cima, mas não é pra fazer nada do que você está dizendo. – ela se levantou. – Aliás, você e Theo precisam se previnir. Não irá querer um pequeno Nott correndo pela casa. – dito isso ela subiu correndo enquanto Pansy jogava uma almofada do sofá em sua direção.
Ela parou em frente ao quarto, suspirou e abriu a porta.
  Draco estava deitado sem camisa com apenas uma calça, e se ela não tivesse suspirado firme perderia o ar, quando viu a cena. Ele estava brincando com sua varinha. Não, não a varinha que você está pensando. A varinha mágica.

– Hermione ? – ele se assustou fazendo com que a varinha caísse em seu rosto

– preciso falar com você – ela desviou o olhar dele, olhando para qualquer lugar que não fosse ele.

– Senta aqui. – ele bateu na cama, indicando para que ele se sentasse. Ela caminhou até lá e se sentou.  – Pode falar.

Ela encarou os olhos cinzas de Draco

– O que você, Ástoria, Ronald, Harry e Ginny tem em comum com o assassinato de meus filhos?

Continua