Bem vinda de Volta

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Suas mãos tremiam, o frio que percorria sua espinha o fazia querer sair correndo em direção a seu quarto se esconder em baixo de suas cobertas e nunca mais aparecer para o mundo. ele ignorou todos que tentaram contato nos últimos 4 dias, sua mãe sempre colocava sua comida na porta, ele não comia. Estava magro, e o abdômen de quadribol, os anos em que jogou, se transformou em um corpo fino e quase esquelético. Ele não sabia ao certo quando começou a ter ataques de Pânico. Talvez, na quarta série quando seus pais avisaram que o lorde estava de volta. Ou na quinta quando ele teve de receber centenas de comensais em sua casa.
  Quando de fato o Lorde voltou, seus pensamentos foram; " terei de deixá-lo em paz, assim, ele me deixará em paz. " Foi tudo em vão. Ele estava envolvido até o topo. Zabini, Parkinson e Nott também. Os Pais deles se tornaram comensais, e isso os fizeram sair em missões. Menos Parkinson.
  Draco adorava no começo, mas, isso o começou a dar nos nervos quando ele teve de matar uma senhora. Foi o seu primeiro assassinato. Ele teve uma de suas fortes crises de Pânico. Ástoria o ajudou naquela vez.

Ástoria
 
  Ele já sabia que ela seria sua esposa. Ástoria era tão linda, e o apoiava. Isso era excencial em uma mulher na opinião de Draco. E ela era tudo aquilo.
  Aos 19 anos, Draco se já estava formado e cuidando do legado dos Malfoy's. Sempre honrando o nome de seu pai. Aos 20 ele e Ástoria tentaram um filho, Ástoria sangrou muito com a tentativa. Receberam a notícia que ela não poderia ter filhos. A saúde mental dela a partir daí se tornou horrível. Ela era como Ginevra Potter,  uma árvore seca que não daria frutos.
  A Frustração de Astória foi descontada em Draco ao longos dos anos, briga atrás de briga. Ela começou a trai-lo com vários homens, inclusive os homens do ministério. Draco afogava as mágoas bebendo, A vida dele estava de mal a pior, até o dia em que ele reencontrou Hermione naquele bar. Ele sabia que a vida da morena também não estava boa, já que ela havia perdido seus filhos, e estava em um processo de separação. Mas, pra ele talvez fosse bom ela sair para espairecer e esquecer os problemas. Assim como ele, ela tinha muitos.
  Ele havia criado por Hermione uma certa atração no segundo ano. Mas, isso passou no terceiro ano quando ele viu a Morena perdidamente apaixonada pelo Weasley. Quando eles se formaram ela se casou e logo engravidou.

  – Draco? – a voz de sua " Esposa " o tirou de seus pensamentos. – Seus pais estão vindo para o jantar, você já vai descer. Certo? – Ela perguntou.

– Vou. – Draco concordou. – Estou indo.

  Ele colocou seu copo de whisky na mesa de cabeceira ao lado da cama, e caminhou até a porta. Sua vida recomeçaria dali.


  Com as amarras apertadas na perna, ela abriu os olhos e olhou em volta, havia dormido? Estava sonhando? Ela não sabia.

Ela estava viva

Isso era um fato, e ela logo se arrependeu. O lugar era escuro e fedia a mofo e coisas velhas. Ela ouviu barulhos de patinhas caminhando ao redor de onde estava, e ela deduziu serem ratos. Ela tentou sacudir as pernas, mas, não conseguiu. Sua cabeça estava latejando e a dor não parava.

– Hm, você acordou. – A voz de um homem atingiu seus ouvidos, e ela tentou dizer algo. Mas, não conseguiu. – não precisa se esforçar, gatinha. – ele passou as mãos pelas pernas dela. – Eu não machucarei você. Eu nunca faria isso. – ele soltou uma risada aguda e monstruosa que fez todos os ossos do corpo dela se tremerem. – A Ast me deu uma missão. Mas, acho que se eu manter você aqui, seria bem mais produtivo. Não é, Gatinha? – ele gargalhou de novo.

  Ela sentiu a respiração dele em seu pescoço, mas, ela não conseguia vê-lo. Talvez, ele estivesse usando algum feitiço para isso. Talvez não, ele estava usando. A voz também era irreconhecível, ela não conseguia lembrar.

– você era uma menininha tão boa em hogwarts. – Ele disse no pé do ouvido dela. – Eu me lembro de nossas festas na  comunal? – ela fechou os olhos com força.
– você era uma putinha. – A mão dele deslizou pela roupa dela, e ela se encolheu. – não vai se fazer de difícil agora, vai? Não seja uma vadia má.

Ela se encolheu mais ainda com as palavras dele. – Você quer o jeito mais difícil? Tudo bem, eu lhe darei o jeito mais difícil. Crucius.– Ela gemeu com a dor, e puxou as amarras com mais força. – eu poderia acabar com você. Mas, você ainda é minha. E eu não desisto de algo que é meu. Crucius. – ele proferiu de novo, e as lágrimas rolaram dos olhos dela. – Acho que não quero mais brincar com você. – Ele se levantou. – Você é uma menina muito ruim. Ficará sem comida por hoje.

– ele se agachou de volta e retirou as amarras da boca dela. Ela cuspiu em seu rosto embaçado e ele sorriu. – Hm. Isso é um bom sinal.

– O que você fez comigo. – Ela perguntou.

– Você não se lembrará disso quando acabar. – Ele a olhou.

– Você matou o meu...– uma lagrima solitária rodou.

– Você acha que um bebê sobrevive a um Cruciatus, sua vadia? Eu tive o prazer de lhe ver sangrando. Sua traidora de merda. – Ele segurou os cabelos da moça com força.

– Você não pôde...– ela choramingou.

– Eu o fiz. Merlin deve estar cuidando do seu querido filho agora. – Ele soltou a cabeça de Pansy com força a fazendo bater com força na madeira.

– você é um monstro, Theodore Nott. um monstro – Ela gritou quando Ele saiu do lugar abandonado a deixando sozinha. Ela realmente estava sozinha, não havia Zabini e muito menos filho. Seu sonho estava destruído.


O jantar com os pais de Draco estava longe de ser confuso. Os pais dele estavam feliz pela escolha que ele fez em voltar para casa, e Narcisa mais feliz ainda.

– Eu estou tão feliz por vocês.– Narcisa sorriu. – Eu sabia que Você voltaria pra casa, Draco.

– Isso merece uma comemoração. – Lucius sorriu levantando a taça. – Você realmente cresceu.

– eu já tenho 30 anos, não sejam idiotas.– Draco se levantou e ergueu a taça brindando com a sua esposa e seus pais.

– E agora? O que pensam em fazer ? – Narcisa sorriu se sentando elegantemente na cadeira de jantar.

– Queremos tentar novamente ...– Ástoria sorriu.

– Tentar? – Lucius perguntou.

– ter um filho, pai. – Draco tomou a vez. – Eu e Ast achamos melhor termos um filho, nem que tenhamos que usar os métodos trouxa.

– Bom, eu não vejo a hora de ter um netinho. – Narcisa sorriu de novo.

– Logo logo, sogra. Logo, logo. – Ástoria completou com um sorriso no rosto.

O jantar com a família foi mais calmo o possível, e eles se despediram dos pais de Draco e os levaram até a porta. Ástoria sorriu para ele, e ele passou as mãos na cintura dela.

– o que acha de tentarmos o bebê agora? – Ele perguntou no ouvido dela.

– Acho uma ótima ideia. – Ela concordou sorrindo.

  Hermione abriu os olhos, e a primeira coisa que viu foi um quarto. Ela estava em um quarto completamente preto, um homem na porta com vestes escuras estava observando-a. Faltava luz no quarto e ela percebeu isso.

– Bem vinda de volta, Granger. – ela reconheceu o captor. Theodore Nott.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora