a verdade dói

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A respiração faltou no pulmão de Hermione, seu corpo tremeu por completo com tudo que estava acontecendo ali. ela se afastou de Draco e retirou suas mãos do rosto dela. Suspirando como se faltasse ar no planeta, ela sentiu lágrimas traidoras caindo de seus olhos.
O que Draco está dizendo era verdade ?
Molly seria uma grande vadia assim?
Ela entendia bem os motivos de Molly, aliás, sua filha era a protegida dos Weasley's, e Ronald era um amor com a matriarca Weasley.
Hermione se sentou no sofá com força e atordoada, as mãos tremendo, os olhos arregalados. Draco a seguiu e parou em sua frente, agachando para ficar do tamanho dela.

– Não é só isso ! – ele abaixou a cabeça em uma tentativa de esconder as lágrimas que caiam de seu rosto.

– A Molly ,– Hermione ignorou totalmente Draco em sua frente. – Não faz sentido. – as lembranças de seus filhos vieram em sua mente, todos os sorriso, os primeiros passos e a cena dos filhos mortos, rapidamente o cérebro dela trouxe uma lembrança de Molly dizendo que ela era como uma filha para os Weasley's. Isso explicava todas as vezes que Molly se afastou, todas as vezes que não se importou com o que estava acontecendo com ela, ela não convidava mais Hermione para os almoços em sua casa, e nunca mandou uma carta de pêsames. O estômago de Hermione se apertou e ela sentiu vontade de vomitar tudo que havia ingerido no café. Ela olhou para Draco em sua frente e caiu em lágrimas, nunca havia sido forte quando se tratava de seus falecidos filhos. Draco se levantou e sentou perto dela, aconchegando-a plem seu peito e massageando seus cabelos.
A sensação de paz durou alguns minutos antes de Blaise e Pansy aparecerem na sala com olhos arregalados e perguntarem o motivo do chororó. Hermione não conseguiu formular uma frase, toda vez que a palavra saiu de sua boca, ela chorava forte como um bebê com fome.
Draco virou seu rosto para frente enquanto alisava com os dedos os cachos de Hermione, ele sentiu falta disso. A última vez em que tinha feito isso foi na viagem quando ele e ela tiveram sua primeira vez juntos. Mas, não era hora de pensar nisso. Ele sabia que havia tocado em um ponto muito sensível de Hermione... Seus filhos.
  Pansy continuava encarar ao lado de Blaise, eles não entendiam e talvez achassem que o amigo havia contado sobre os pais dela. Ela levantou os olhos enchados para eles;

– Molly – disse entre soluços. –, Ela matou os meninos. Molly torturou e matou todos eles. Eu-eu não sei o que.. – As lágrimas tomaram conta Novamente, mais choro.
Pansy parecia imóvel e Blaise chocado ergueu os olhos para Draco com um tipo de fúria.

– Não faz sentido. – Pansy disse e Draco levantou os olhos para observar-la. – Molly não seria capaz de fazer tudo isso sozinha, Hermione.

Blaise desviou dos olhos de Draco e olhou para a amada, realmente não fazia sentido. Molly depois da guerra se tornou uma casca seca, uma pessoa debilitada e por conta dos remédios que tomava muitas coisas eram impossíveis para ela, Molly passava - as vezes- relembrando aquelas cenas horríveis da guerra.
Para Blaise e Pansy aquilo não fazia nem um sentido, e ainda menos quando Draco os olhou com fúria. Draco estava estranho e havia trocado Hermione pela esposa maníaca, se o melhor amigo mentisse sobre algumas coisas não deixaria Blaise chocado.

– Astória disse a Harry sobre...– Ele engoliu seco, levando os olhos para Hermione. – Ástoria está grávida do Potter e quer dar a ele, proteção.

Pansy trocou olhares com Blaise antes de puxa-lo para o canto da sala e encostar em uma das paredes próximas, se afastando de Draco e Hermione;

– Não faz sentido – ela sussurou.

– Obviamente, Ástoria e Harry....Molly? – Blaise arqueou a sobrancelha.

– eu tenho uma coisa gritando em minha mente, mas não quero ouvir. – Pansy jogou a cabeça para trás.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora