Verdades,
Amargas verdades,
Barulhentas palavras,
Que lhes murchavam
Os corações.Tropeçavam,
Nas verdades
Que os atiravam
Na cova.Funesta sorte,
Presas fáceis:
Oportuna morte.Mentiras,
Aveludadas palavras,
Mentiras adocicadas,
Saíram de suas bocas.
Medusas sedutoras,
Saíram de suas tocas,
Canções tão bem compostas,
Melodiosas ao luar.Com linguajar,
Serpenteavam,
Aos ouvidos tolos.
Aveludadas palavras,
Como nunca ouviram antes,
Os desiludidos por verdades.No ar,
O hálito
Perfumado,
No ar,
Palavras,
Boas palavras,
Que queríamos
Acreditar.Entravam nas tocas,
Morriam sorridentes,
Pois quão melodiosas,
São essas medusas.Quão belas,
As palavras,
Certas palavras,
Nos soam,
Nos tocam,
Nos matam.
Aveludadas,
Como verdades...
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Poesia: Medusa.
Poetry"Entre as milhares de cartas que redijo na mente todos os dias, de todas aquelas palavras que nunca direi por covardia, ou por simplesmente não saber a quem endereçar. De todas as manias e questionamentos da natureza humana que não consigo aceita...