23 (Beatrice/Tris)

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     1 mês depois

   Levou bem mais tempo do que tinha imaginado para criar os localizadores que iríamos usar, pois não era muito fácil arranjar nanotecnologia, muito menos manusear eles, mas tínhamos conseguido.

    Melhor dizendo, eu consegui, já que fiz todo o trabalho difícil, mas dou um pouco de crédito ao Quatro e o Theo.

    Ontem a noite, meu avô ligou para o número que estava no bilhete e eu estava certa, ele pertencia ao Kai. Ao maldito Kai.

    Ele queria se encontrar com Theo, Quatro e eu. Aceitamos o "convide", pois não tínhamos muita opção. Iríamos nos encontrar com seus homens ou quem quer que aparecesse no parque da cidade a meia noite.

     --Esse rastreadores vão funcionar, não vão? -Quatro perguntou, pela milésima vez desde que eu tinha tido a ideia.

   --Alguma vez minhas ideias deram errado? -eu perguntei.

   --Sim. -ele respondeu e eu olhei para ele seria.- Teve aquela vez em que você tentou misturar tinha de cabelo e cloreto de sódio, depois colocou fogo.

   --Ok, sem ser dessa vez? -falei lembrando do dia do acidente.

   --Não. Sem ser essa não teve nenhuma vez.

   --Então sim, vai dar certo. -eu acalmei ele.- Não vai detectar nem se usarem detector de metal. Agora, por favor, para de perguntar e pela primeira vez na vida confie em mim. 

    --Mas eu confio em você.

    --Não é o que está parecendo, Quatro.

    --Eu confio. -ele se sentou ao meu lado no sofá e pegou minha mão.- Eu apenas estou com medo.

    --Eu também estou. -falei sendo sincera.- Mas esse é o único jeito de ter nossos pais de volta. Eu não sei você, mas quero conhecer minha mãe.

   --Eu também quero. -ele falou colocando o rosto entre as mãos.- Mas eu já perdi tantas pessoas e não posso perder mais ninguém. Não sei se aguentaria isso.

   --Você não tem ideia do que é capaz de aguentar. -eu falei e fiz ele me olhar no olhos.- Eu já te vi suportar tanta coisa. Você suportou coisas para que eu jamais tivesse que suportar. E é por isso que eu te amo.

    Eu disse aquilo sem nem pensar ou perceber, mas então eu percebi que eu amava o Quatro sim, mas não como antes. Não como irmãos. Eu o amava de um outro jeito, de um jeito completamente novo.

    --Desculpa não queria ter dito isso. -falei me desculpando e ficando vermelha de vergonha.

    --Não peça. -ele se aproximou de mim e foi a vez dele de me fazer olha-lo.- Porque não tem nada com o que se desculpar. Eu também te amo.

   --Eu sei disso, você me diz essas coisas desde que somos crianças.

   --Não, você não entendeu. -ele disse agora bem perto de mim, eu até podia sentir a sua respiração.- Eu estou completamente apaixonado por você.

    --Como é que é? -eu estava muito surpresa com o que ele tinha dito.

    --Eu me apaixonei por você. -ele falou e eu sentia que prendia a respiração.- No começo pensei que fosse apenas sentimento de irmãos, afinal de contas fomos criados assim, mas agora eu sei que eu amo você e é por isso que estou com medo dessa missão.

    "Não quero perder meu pai, mas acima de tudo não quero perder você. Se eu perder você eu morro também e não estou pronto para isso. Nem um pouco pronto para te perder."

    --Eu também não quero te perder. -eu disse e ele me olhou surpreso.- Porque também me apaixonei por você e não sei o que fazer se eu te perder. Eu não posso e não quero te perder.

    --Você não vai me perder, nunca mais. Isso eu te prometo.

    Então sem que eu esperasse ele tocou no meu rosto e aquele toque me arrepiou muito e minhas pernas ficaram bambas.

    Nossos olhos se cruzaram e minha respiração ficou desregular, como se eu não pudesse respirar.

    Sem que eu pedisse, Quatro me beijou e foi um beijo tão bom, tão forte e quente, ele sabia exatamente o que estava fazendo e isso eu não podia negar. 

    Enquanto nós beijavamos, fomos deitando no sofá e eu sentia meu corpo todo queimar de dentro para fora.

   --Eu quero fazer amor com você. -falei no ouvido dele.

    --Você tem certeza? -ele perguntou.

    --Se você também quiser eu quero. -eu disse.

    --Eu quero muito. -ele disse.- Mas não aqui na sala.

     --Com certeza não aqui na sala.

    Ele pegou a minha mão e fomos para o quarto que estávamos dividindo.

    Quatro trancou a porta e voltamos as nos beijar. Fomos tirando a roupa e depois deitamos na cama para nós tornamos um só.

    Aquela tinha sido a minha primeira vez e eu tinha amado que tivesse sido com o Quatro. Tinha que ser ele, eu só não sabia disso antes.

    Nós fizemos amor por muito tempo e foi algo sensacional e eu fiquei em êxtase por muito tempo.

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