25 (Beatrice/Tris)

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      Eu devia estar vendada, pois não conseguia abrir meus olhos. Na verdade eu não conseguia me mexer e sentia que estava presa a uma cama ou alguma coisa mais confortável.

    Mas de uma coisa eu tinha completa certeza, não estavamos mais na van.

   Isso só podia dizer uma única coisa, já tínhamos chegado na base do Kai. Mas a questão agora era saber onde estávamos e se tínhamos conseguido passar com os ratreadores pelos soldados ou qualquer coisa que o Kai possa ter usado em nós.

    Estava tudo muito quieto, até que escutei passos em algum lugar do meu lado esquerdo, mas o som estava sendo abafado por alguma coisa.

   E essa coisa era a porta que se abriu. Os passos se aproximaram de mim e logo em seguida uma mão retirou uma venda do meu rosto. Ainda bem que a sala estava escuta.

   Um homem alto e mais velho, eu já imaginava quem ele era e na hora senti uma raiva enorme dele.

   --Você deve ser a Beatrice? -ele perguntou, mas eu não respondi.- Eu sou o Kai.

    --Eu sei exatamente quem você é. -falei sendo bem ríspida com ele, sei que não deveria, mas não conseguia evitar.- Onde está o meu irmão e o Theo?

    --Em outra sala. -ele respondeu.- Quero conversar com cada um de vocês a sós.

    --E você já falou com os dois? -perguntei, por perguntar mesmo.

   --Não. Achei que seria educado falar com a dama primeiro.

    --E desde quando você é educado? -disse sendo irônica.- Verdade, nunca. Já que sequestrou a minha mãe e a Shai e falsificou a morte deles. Você não é educado, só um grande filho da puta.

   --E você tem a língua bem afiada, como a sua mãe. -ele se aproximou de mim e pelo seu olhar soube que tinha ido longe demais.- Mas assim como a sua mãe, vai aprender a ter educação.

    --Falando nisso, onde está a minha mãe? -perguntei, sem deixar que a ameaça dele me afetasse.- E o meu pai?

    --Ele não é seu pai. -Kai ficou encomodado com isso.

    --Ele me criou, me amou, então é meu pai. E sempre vai ser, nem você pode mudar isso.

    --ELE NÃO É SEU PAI. -ele estava gritando comigo.- ELE SEQUESTROU VOCÊ.

    --Ainda bem não acha, imagina que inferno teria sido se eu tivesse crescido aqui. -falei.- Mas o mundo dá voltas e eu estou aqui. O que quer de mim?

    --O que eu sempre quis, que você fosse feliz aqui. -ele disse.

    --Eu jamais serei feliz sendo sua prisioneira ou trabalhando para você. -eu falei.- Será que pode me soltar, essas algemas estão me machucando.

    --Não posso. -ele olhou para mim, mas percebi que ele queria o contrário do que dizia.

    --Eu prometo que não vou tentar te machucar ou te matar. Mas minha circulação já está presa e meus braços dormentes.

    Ele sem dizer nada veio até mim e com uma pequena chave e me soltou. Mexi no meu pulso e sentei para ficar mais confortável.

    --Bom, acho que você não vai ter muita escolha, já que ficará aqui por muito tempo. -ele disse indo em direção a porta.- Não tem saída daqui, a não ser que eu queira.

    --Eu quero ver os meus pais. -disse ficando de pé.

    --Eu já disse QUE ELE NÃO É SEU PAI.

   --ENTÃO QUEM É? VOCÊ? -eu perguntei com raiva.

    --SIM. -ele se virou para mim.- EU SOU A PORRA DO SEU PAI.

    Ele saiu da sala e eu me sentei. Não podia ser verdade. Ele não era meu pai ou era?







     E aí, ele é pai dela ou não? O que vocês acham?

    Por favor, me digam o que estão achando. Comentem, para que eu possa saber a opinião de vocês. E desculpa pelo capítulo curto.

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