26(Tobias/Quatro)

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     Agora era definitivo, nós já tínhamos chegado, mas a única pergunta que eu me fazia era, onde está tudo mundo?

    Estava tudo muito escuro e eu estava amarrado a alguma coisa, pelo meu palpite, uma cama.

    Meu pulso estava dormente e eu já não sentia mais meus braços, ou seja, estava sem circulação sanguínea. Mas eu não estava nem ligando para isso. Eu só queria saber onde estava a minha namorada e o meu pai? Será que eles estavam bem?

     Provavelmente, sim. Kai não iria trazer todos aqui para nos matar ou traria? Já nem sei o que esperar dele.

    Enquanto eu tentava me mexer e me soltar das algemas, tudo o que conseguia era me machucar, me lembrei de uma coisa. Será que tínhamos conseguido entrar com os rastreadores?

    Se ainda estou aqui, a resposta é sim, mas é difícil saber com 100% de certeza.

    Eu ouvi um barulho e a porta se abriu. Escutei quando alguém se aproximou de mim e retirou algo do meu rosto. Agora entendi porque estava tão escuro.

    Era difícil dizer quem estava ali, pois a sala estava escura, mas pelo pouco de luz que entrava pude perceber que era um homem.

   --Olá Tobias, eu sou o Kai. -eu deveria ter adivinhado quem ele era, só podia ser ele.- Será que eu posso te chamar de Quatro?

    --Não. -soltou, sem nenhum medo do que poderia acontecer.- Onde está o meu pai e a minha irmã? -perguntei, mas não queria que ele soubesse que eu e a Tris estávamos juntos.

    --Eles estão bem, você pode ficar calmo. -ele se aproximou de mim e me soltou.- Vai ficar mais confortável assim.

    --Obrigado. -ele está aprontando algo, pois estava sendo gentil.- O que você quer de mim?

    --Quero apenas ter uma conversa e se possível, civilizada. -ele pegou uma cadeira e sentou na minha frente.- Você está disposto?

    --A parte da conversa sim. -me sentei na beira da cama.- Agora a parte do civilizado vai depender do assunto.

    --Quero que você faça parte do meu exército, como meu general. -ele falou e eu fiquei surpreso.

    --Você só pode estar brincando, não é mesmo? -falei, sorrindo.

    --Eu pareço estar brincando? -ele estava realmente sério.- Quero você ao meu lado.

    --Por que? -eu queria saber.

    --Essa é uma ótima pergunta. -ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro.- Porque eu vi você nascer. Porque queria ter te criado como meu filho. Porque gosto da sua mãe. Será que preciso continuar?

    --Não. Mas não acredito nas suas respostas, porque se ela fossem verdadeiras você jamais teria sequestrado a minha mãe. Jamais teria falsificado a morte dela.

    --Entendo que você esteja com raiva, é completamente compreensível, mas preciso que entenda que tudo o que eu fiz foi porque gosto da sua mãe e de você.

    Ele é realmente um cara completamente maluco e pirado. Realmente acredita no que está dizendo?

    --Olha, se você quer a minha confiança, vai ter que parar de mentir. -falei, ficando de pé e olhando bem nos olhos dele.- Por que você sequestrou minha mãe e a amiga dela? Por que você me quer aqui?

    --Vingança. -ele falou, dessa vez sendo verdadeiro.- Seus pais e aquela vadia da Erika tiraram tudo de mim e eu comecei a me vingar deles no dia em que sequestrei elas.

    --E como isso termina?

    --Quando você e a sua irmãzinha se juntarem a mim. É assim que termina.

    Ao ouvir aquilo eu tive certeza que jamais iria sair daqui e se tentasse fugir acabaria dentro de um saco preto. Só tinha um jeito de sair e ficar vivo ao mesmo tempo.

   Ou ficar vivo por tempo suficiente para que a polícia ou o FBI possam nos ajudar a sair daqui.

    --Tudo bem eu aceito. -respondi, torcendo para dar certo.

    --Aceita o que? -ele não tinha entendido.

    --Aceito fazer parte do seu exército, como General. -respondi a pergunta.

    --Isso é maravilhoso. -ele respondeu, bem feliz.- Mas espero que entenda que até ganhar a minha confiança você terá que ficar aqui e quando sair terá que ser acompanhado.

    --Se esse for o preço eu irei pagar. Mas quero fazer um peq0ueno pedido.

    --Eu já sei o que vai pedi. -ele falou indo em direção a porta.- Mais tarde deixarei você ver seus amigos.

    --Obrigado, senhor. Sou muito grato.

    Ele me deu um sorriso e saiu do quarto, que estava mais para cela e trancou a porta.

    Eu iria ajudar o Kai, apenas para no momento certo, trai-lo e salvar as pessoas com quem eu me importo.

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