"- e... Descobri que não tem parentesco com nenhum criminoso, mas que já foi preso por tentativa de homicídio e roubo. Sua morte não foi causada pelo tiro e sim por um infarto, logo após o infarto o bandido atirou, mas ainda não sei o motivo. -
- Talvez algo mais complexo... -"
--Sim, pois, virei noites tentando achar uma resposta e não consigo. Isso obviamente é complexo!--Puxei meus cabelos, enfurecido.
--Tentativa de homicídio...-- torceu os lábios, encarando a papelada sobre a mesa. -- E se esse homem tentou matar algum parente da família do bandido que assaltou o banco? --
--Mas o que o tiro no fim tem haver? E o dinheiro roubado? Os reféns?-- eufórico disse-- Com certeza não é isso, pelo menos não só isso. Ah droga, o que há comigo? -- apoiei meus cotovelos sobre a mesa e afundei meu rosto sobre as mãos, respirando fundo.
Senti suas mãos pousarem em minhas costas, suavemente passando em vai e vem sobre toda sua largura. Me passando conforto, mas não ao ponto de me acalmar por completo.
É isso. Ela me atrapalha a pensar, e a bolar idéias na minha cabeça. Desde que ela "entrou" na minha vida, eu não consigo entrar no meu Palácio mental, pois ela habita 85% da minha mente quase todos os dias.
-- Sherlock-- "Aly" me fez a encarar, vendo sua expressão perplexa parecendo ter descobrido algo.
--Diga logo o que é-- disse cansado de esperar sua resposta que demorou para vir. Vindo apenas quando eu me pronunciei de novo.
-- Você perdeu seu tempo pensando errado. Todos vocês. -- Olhou novamente para os papéis na mesa -- Ele matou por matar, só pra scotland yard perder tempo em algo sem sentido e que não precisa ser dado atenção, pra que ele fizesse todo o plano sem interrupções de policiais e investigadores tolos.-- Ela me olhou com a cara mais ousada e irônica possível, levantando sua sobrancelha e colocando um sorriso de canto leve em seus lábios.
Certo, isso indica que esse comentário era exatamente pra mim e John, já que somos investigadores.
-- Então eles, ou ele, está agindo exatamente agora?--
-- Meu amor, nessa altura eles já fizeram tanto de baixo dos narizes de vocês que nem compensa correr atrás. --
Não. Não. Não. Isso não.
Eu falhei...
[...]
--O que houve Sherlock??--
Mais um objeto era destruído pela minha força. Mal escutava o que John pronunciava.
-- Para Sherlock. Solta isso-- Peguei o telefone, ousando atira-lo na parede. Fazendo sem exitar.
Peguei rapidamente outro item.
-- Não! Meu notebook não! Você sabe que trabalho tanto aqui quanto no hospital com ele. Não faça isso-- implorou.
--John, você não entende... Acabou tudo, eu perdi minha reputação.-- Soltei o objeto das minhas mãos, em um ato de passar as mãos na cabeça que começou a ter uma dor extrema. John pulou rapidamente e pegou seu notebook antes que colidisse ao chão.
--E-Eu sei Sherlock... Acho que... Precisa de tratamento. É só um caso. Não tem o por que morrer de desprezo por isso.-- continuou no chão, checando seu precioso eletrônico.
-- Preciso de... Nicotina. Agora!--
Eu podia sentir que a abstinência me consumia e que se eu não fumasse um cigarro rapidamente, minha mente se desmancharia por completo.
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Sherlock Holmes- Caso Obsessão
Genç KurguLondres | 221 Baker street Homes falhava em pegar no sono todas as noites, pensando no próximo caso que teimava para aparecer e encher suas veias de adrenalina mais uma vez. Isso lhe causava uma grande abstinência. Para ele, resolver casos era como...