13. Eu te amo, seu imbecil

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Kageyama:

Quando Kageyama e Hinata voltaram para a pousada, exaustos e praticamente se arrastando, o céu já estava escuro. Eles não conversaram durante o caminho de volta, mas Kageyama não estava preocupado com isso. Porque embora Hinata estivesse quieto, o silêncio em que eles estavam não era mais aquele silêncio constrangedor de antes. Era um silêncio confortável, como se palavras não fossem necessárias.

Kageyama empurrou a porta de entrada da pousada, com Hinata logo atrás. O treinador Ukai estava sentado na sala, e acenou para os meninos assim que os avistou. Com muito esforço, eles andaram até Ukai.

-Vocês demoraram. E parecem cansados. - O treinador comentou.

-Você mandou que fizéssemos as pazes, então fizemos as pazes. - Kageyama respondeu, simplesmente. 

-Tudo bem então, vocês deveriam dormir. Estão horríveis.  - O treinador disse. Os meninos entenderam aquilo como uma dispensa, então eles assentiram e foram em direção à escada.

Ambos usavam os casacos do time, para esconder as marcas no pescoço. Mas eles sabiam que uma hora os companheiros iam acabar percebendo. Eles caminharam pelos corredores, até que chegassem ao quarto que compartilhavam com os amigos. Kageyama abriu a porta, então ele e o ruivo entraram. Todos os outros membros do clube estavam lá, a maioria sentada em seus colchonetes conversando. Eles se viraram para olhar o ruivo e o moreno que haviam chegado.

-Cara, vocês demoraram. - Tanaka disse, se levantando.

-Hmph. Tanto faz. - Kageyama disse, e passou pelo careca. 

-E então, vocês se espancaram ou o quê? - Tanaka perguntou a Hinata. Kageyama olhou para o ruivo, para ver qual seria sua reação, e o ruivo corou um pouco.

- N-não nós só conversamos, e depois limpamos a quadra. - Hinata respondeu, encarando o chão.

Alguns jogadores trocaram olhares entre si, curiosos. Kageyama largou as coisas em um canto do quarto, e depois seguiu em direção à porta. Antes de sair, o moreno disse aos amigos:

-Eu vou tomar banho, talvez eu me atrase para o jantar. - E com isso, Kageyama deixou o quarto.

Hinata: (1ª pessoa)

Assim que Kageyama deixou o quarto, eu suspirei e larguei minhas coisas perto do meu colchonete. Eu sentia os olhares acusatórios de meus companheiros sobre mim, mas eu os ignorei.

-Está tudo bem? - Sugawara me perguntou.

-Sim. Eu acho que sim... - Eu respondi.

Eu me deitei em meu colchonete e tampei os olhos com o antebraço, repassando mentalmente o que havia acontecido. O que aquilo significava? Quer dizer, Kageyama e eu dissemos coisas um para o outro mas o que exatamente aquilo havia sido? Tinha significado algo para Tobio? Ou foi apenas uma maneira de aliviar a tensão que nos pressionava? Porque já havia uma tensão entre nós a um tempo e com o campeonato se aproximando, as coisas ficaram piores. Eu não sabia o que dizer para ele, mas talvez nós não precisássemos falar sobre isso. Eu disse a ele o que sentia, e ele literalmente berrou para mim o que sentia também. E nós transamos. Então é isso, não é? Nós nos gostamos. Talvez eu o ame. É, talvez. 

Mas cara... Me lembrar daquelas coisas fez meu sangue ferver de novo. E eu senti que estava ficando corado. Eu não podia ficar distraído com aquilo, não mesmo. Se eu desse bobeira no campeonato, eu iria pro banco. O problema é que antes eu me distraía pensando sobre o que eu sentia pelo moreno, e sobre o que ele sentia por mim, mas agora eu sei, e isso não ajudou muito. Porque agora vou ficar distraído revivendo as memórias de o que acontece durante essa tarde. Merda.

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☆ ➳𝐀 𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐊𝐚𝐫𝐚𝐬𝐮𝐧𝐨 ☆ ➳ | (ʜɪɴᴀᴛᴀ x ᴋᴀɢᴇʏᴀᴍᴀ)Onde histórias criam vida. Descubra agora